quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte III)


Já estamos no terceiro capítulo do nosso especial sobre a história de José. Continuando da parte da nomeação do Faraó para que José se tornasse governador do Egito, é bom citar mais um pouco sobre a "cerimônia" de nomeação. O Faraó ainda deu mais presentes para José, além daquele que seria o seu cargo de altíssima posição.

Durante este momento em que José é colocado como o novo governador do Egito (ou Adon, como realmente se chama este cargo), o Faraó tira o anel de seu dedo e o põe no dele; o veste com roupas de linho fino e coloca nele um colar de ouro. Além disso, dá lhe como mulher Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om (Gênesis 41:45)

E assim seguiu José para governar o Egito, já com seus trinta anos de idade; e o fez com excelência. Durante os sete anos de fartura que se seguiram, José preparou o país guardando os mantimentos do campo nas cidades até que viessem os sete anos de fome, para que o Egito não sofresse nenhuma consequência.

Assim que chegaram os anos de fome, todos os países ao redor do Egito passavam necessidades, enquanto que o Egito não, e assim José vendeu aos países e aos egípcios os mantimentos que ele havia armazenado. José vendia os mandimentos diretamente aos que vinham comprar. Quem quisesse comprar algo ia falar diretamente a José, e é aí que nós entramos na parte mais importante desta terceira parte do nosso estudo.

Os irmãos de José vão ao Egito - Jacó, que habitava em Canaã, (que ocupava todo o Israel de hoje, parte da Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria) ficou sabendo que havia comida no Egito, e por isso enviou seus filhos, menos Benjamim (temendo que lhe acontecesse algo), para que comprassem trigo porque já passavam fome. E chegando lá, foram a José para comprar o trigo, porém eles não reconheceram à José, mas José sim.

José foi frio com eles e os acusou de serem espias, porém eles negaram, dizendo que eram varões de retidão e que eram doze irmãos, mas que o menor estava com o pai, e que eram servos de José. Mas era tudo um plano de José, pois ele queria saber se seus irmãos haviam se arrependido do que outrora fizeram com ele. José buscava uma oportunidade para a reconciliação, mas primeiro queria testá-los. Ele tomou uma atitude hostil perante a seus irmãos; e alguns o questionariam sobre isso, mas ele agiu com sabedoria.

José continuou falando duramente com eles, e por isso, controlando suas emoções, disse lhes: "É o que vos tenho dito, dizendo que sois espias. Nisto sereis provados: pela vida de Faraó, não saireis daqui senão quando vosso irmão mais novo vier aqui. Enviai um dentre vós, que traga vosso irmão, mas vós ficareis presos, a fim de serem provadas as vossas palavras, se há verdade convosco; e, se não, pela vida de Faraó, vós sois espias. E pô-los juntos em guarda três dias" (Gênesis 42:14-17).

José os manteve presos por três dias, porém ao terceiro dia, revogou sua primeira decisão, e então mandou que todos fossem, mas que um ficasse na prisão - ao invés de ir só um buscar a Benjamim (Gênesis 42:18-20).

José falava com os irmãos por meio de um intérprete, mas ele entendia tudo o que diziam. Supondo que José não os entendesse e que aquele assunto não o interesasse, seus irmãos conversaram entre si, lembrando do erro que haviam cometido contra ele, dizendo que eram culpados acerca daquilo que haviam feito, e que por não terem ouvido a angústia da alma de José, esta angústia estava vindo sobre eles. Agora, eram eles que sofriam esta angústia. 

Rúben tentara salvar José, por isso parecia se sentir mais culpado ainda, pois não havia impedido aquilo de acontecer: "E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino? Mas não ouvistes; por isso agora é requerido de nós o seu sangue" (Gênesis 42:22) José se sentiu tão afetado por aquela confissão que teve de se retirar para extravasar suas emoções.

Depois ele voltou e escolheu a Simeão para ficar preso enquanto que os outros fossem buscar a Benjamim. José queria saber como eles o tratavam. Ele ainda queria deixá-los mais aflitos. José ordenou a um dos seus servos que, ao encher os sacos de mantimentos que os irmãos levariam, ele recolocasse o dinheiro que havia sido dado como pagamento devolta nos sacos. Ao saírem dali, um deles abriu o seu saco para dar pasto ao seu jumento, e ao descobrir o dinheiro, um novo pavor tomou conta dele e de seus irmãos. E disseram: "que é isto que Deus nos fez?" (Gênesis 42:28b).

Os irmãos foram informar ao pai o que aconteceu e o que José os ordenara, pois estavam mais que assustados, e já não daria para esconder nada de seu pai. Jacó, ao ouvir e ver aquilo tudo ficou triste demais e temeroso pelo que podia ainda a acontecer. Ele declarou: "Então, Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-me desfilhado; José já não existe e Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim! Todas estas coisas vieram sobre mim" (Gênesis 42:36).

Rúben, então, propôs ao seu pai que se ele não trouxesse Benjamin a salvo, Jacó poderia matar a seus dois filhos (v. 37) Porém Jacó manteve sua posição quanto a não deixar que Benjamim fosse. Até aí, o assunto foi dado como encerrado.

Continua...
Por Gabriel Ferraz

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente!