Quando li, mais uma vez, este capítulo 37 de Ezequiel, entrei em pânico - vale cheio de ossos descarnados e desconjuntados, ossos secos e sem carne e uma pergunta tremenda: - "filho do homem, poderão viver estes ossos?"
Já li muitas vezes este capítulo. Já meditei e reflecti sobre as mensagens sobressalientes, mas, desta vez, fiquei amedrontado com a ideia de que o Senhor me queria dizer algo, mais a mim próprio, e àqueles a quem normalmente me dirijo. Que seria? Que mensagem? Que revelação?...
O texto tem uma mensagem para Israel do tempo do profeta Ezequiel, mas também tem algo de muito especial para o Israel dos nossos dias, para o povo de Deus deste tempo. Que será? Para o povo de então, disperso, fraco, sem ordem, havia a profecia de que, mesmo parecendo impossível, Deus tornaria a juntar, a dar carne, nervos, pele e vida àqueles ossos, apresentando-os como o povo que tinha uma missão para cumprir. Essa missão seria cumprida porque o Espírito do Senhor viria sobre aqueles ossos, dar-lhes-ia poder e vida e a terra conheceria que Deus é Salvador, no envio do Messias, que viria por meio daquele povo.
Para nós, hoje, aqueles ossos representam os crentes que estão mortos, desmotivados, em choque uns com os outros - mortos - não fazendo a Obra de Deus, que precisa ser feita. É por nós, os salvos, que ela terá de ser feita! Não estejamos à espera de legiões de anjos ou de milagres especiais. Somos nós que, no poder do Espírito Santo, temos de levar o Evangelho a toda a criatura, para que viva em Cristo e por Cristo Jesus.
Nós fomos salvos, revivificados de entre os mortos, para levarmos a mensagem de vida aos perdidos.
Que grande oportunidade para nós podermos ser usados pelo Espírito Santo de Deus para darmos a vida eterna, em Jesus, a todo o mundo.
Por José Luís Valério
