Ester era uma jovem judia, órfã e que fora educada por seu tio Mardoqueu, durante o cativeiro de Judá, nos tempos do rei Assuero.
Foi a candidata vencedora no concurso para suceder à rainha Vasti, destituída do seu cargo por discordar das orgias praticadas no palácio real. Nem sempre é fácil e barato ser honesto. A Vasti custou-lhe a coroa de rainha dos medo-persas, e sabe-se lá que mais.
Ester, pela sua beleza, modéstia e carácter, acabou por ser escolhida para esse cargo. É que o Senhor Deus tinha uma tarefa muito especial para ela. Ester soube ser fiel no pouco, quando órfã e à subsistência do tio, como também soube ser fiel no muito, quando, já rainha, ousou desafiar a autoridade do rei Assuero, indo à sua presença sem ser chamada. Ela não podia deixar perecer o seu povo às mãos do assassino invejoso Hamam, o agagita, proscrito pelo próprio Deus (Êxodo 17:8-16; I Samuel 15:32-33). Ester disse: se morrer, morri (Ester 4:16c). Mais importa obedecer a Deus que agradar aos homens, deve ser o lema da vida dos crentes, salvos por Jesus.
Ester foi fiel à orientação dada por seu tio Mardoqueu e livrou o seu povo de uma morte certa. Não foi uma opção fácil a de Ester, mas ela fez o que qualquer filhinho de Deus, fiel, fará.
Assim como Mardoqueu esperava de Ester fidelidade e acção, assim Deus espera, de Seus filhos, trabalho, fidelidade e busca dos interesses do Seu Reino antes de todas as coisas. "Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça e todas as outras coisas vos serão acrescentadas" (Mateus 6:36)
Por José Luiz Valério