segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Examine-se, pois, o Homem a si Mesmo

Em um cenáculo, na noite anterior da qual Ele se tornaria o sacrifício pelos pecados do mundo, Jesus celebrou a páscoa com seus fiéis discípulos. Foi durante esta última refeição que Jesus celebrara, que Ele instituiu este momento de comunhão, que aguardamos com expectativa a cada semana.

Mateus, Marcos, Lucas e Paulo nos dizem que, enquanto estavam comendo a refeição pascal, Jesus tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos discípulos, e disse: "Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado."

O que muitas vezes passa despercebido é que, antes de oferecer a cada um deles o pedaço de pão que representa o seu corpo; e antes de lhes oferecer a bebida do copo que claramente representa o seu sangue e o sangue da nova aliança, Jesus mandou que cada homem passasse um período de tempo em auto-exame. Ele fez isso através de um comunicado que perturbou a todos; cada um deles. Eis o que disse naquela frase: "Em verdade eu vos digo que um de vós me trairá." Marcos registra que eles começaram a entristecer-se e a dizer a Jesus: um de cada vez: "Será que eu?" E em seguida, outro perguntava: "Será que eu?"

À medida em que entrarmos em comunhão a cada semana, um momento de auto-exame deve ocorrer tal como sucedeu na época. O apóstolo Paulo estava bem ciente de que era para ser um tempo de examinação pessoal, que devemos fazer antes de participarmos do corpo e do sangue de nosso Salvador. Ele diz para a congregação de Corinto, que um homem deve examinar a si mesmo antes que coma do pão e beba do cálice. A igreja de Corinto mostrava desrespeito por este momento de comunhão. Seus pensamentos e motivos não estavam onde deveriam estar. Estes cristãos não estavam discernindo o corpo do Senhor. Paulo tinha de lembrar-lhes que quando comeram o pão e beberam o cálice, eles estavam mostrando a morte de Jesus até o seu retorno. Ele advertiu-lhes que quando comiam e bebiam de uma maneira indigna, eles estavam comendo e bebendo juízo sobre si mesmos.

A palavra trair, que Jesus usou; no grego significa "entregar-se", ou "dar mais", que foi exatamente o que Judas fez com o beijo que deu em Jesus. E ele ainda estava chamando Jesus de "Mestre" o tempo todo.

Mas estamos em momentos diferentes do de Judas? Meu dicionário Oxford, define a palavra "trair" como desleal (a outra pessoa, e etc.). Quando a oportunidade de nos arrependermos perante ao Senhor vem ao nosso coração, às vezes olhamos em volta e pensamos que talvez em uma outra hora ou em outro lugar esta oração de arrependimento seria mais adequada; e então deixamos essa oportunidade passar por nós. Isso meus caros irmãos, é uma traição. A palavra de Deus diz que devemos pregar a palavra, esteja em tempo ou fora de tempo de pregá-la (2 Timóteo 4:2)... deixe-me fazê-lo entender melhor... quando é conveniente e mesmo quando não é conveniente. As almas estão indo para uma eternidade sem Cristo, porque milhões de cristãos não estão dispostos a levar a palavra de Deus aos corações perdidos.

Enquanto nós nos sentamos à espera das bandejas para entrarmos em comunhão com Deus; a cada Santa Ceia, devemos passar algum tempo em um auto-exame, e estar sempre dispostos, durante este tempo de examinação, a fazer esta pergunta: "Mestre, eu lhe traí na semana passada?"

Por Stan Butler

3 comentários:

  1. Olá irmão Gabriel, sempre é bom passar por aqui. Esse post e'muito oportuno, nuns tempos aonde tem Santa Ceia de todo jeito: é a santa ceia da conquista, dos empresários, do carro novo, da casa própria - só não tem a Santa Ceia do auto-exame, instituída pelo próprio Cristo. Paciência, né? Que Deus continue abençoando a sua vida!

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  2. Pois é, Irmão Marcelo,
    É o que tem acontecido, infelizmente. A Santa Ceia, além de ser um momento da bela recordação do amor de Deus por nós, deve ser feita em santidade, para que não bebamos juízo sobre nós mesmos. Vamos orar por aqueles que tem necessitado de terem seus olhos abertos, e também à aqueles que procuram a paz, porém insistem em não procurá-la em Deus. A Alegria do Senhor é a nossa força!

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