quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O Que Faço Se Não Tenho Mais a Alegria em Deus Que Deveria Ter?



A você, que talvez tenha perdido a Alegria (o fruto do Espírito) de seu ser, ou então está esfriando na fé, renove seus votos e sua alegria pelo amor e o júbilo em Cristo!

"Sacia-nos com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias" - Salmos 90:14

Por Gabriel Ferraz

domingo, 25 de dezembro de 2011

Boas Festas!


Ainda que todos saibam que o Natal é uma data mais comercial que espiritual, é inevitável conter o clima de festa que envolve a população. Por todos os lados, as ruas ficam enfeitadas e ganham novas luzes; centros comerciais e lojas permanecem lotados; as pessoas, quase que hipnotizadas, saem às compras e planejam suas festas.

Entretanto, nós, enquanto povo de Deus, não podemos nos esquecer do verdadeiro sentido do Natal, que é o nascimento do Nosso Salvador. Devemos aproveitar cada dia na Terra para celebrar nossa vida em Cristo.

Portanto, meu amado leitor, aproveite a oportunidade para celebrar ao Senhor com toda a sua força. Lembre-se de que o povo de Deus sempre foi reconhecido pelas muitas festas que fazia: “Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre; andará, ó Senhor, na luz da tua face."  (Salmo 89.15).

Boas festas!
Por Rev. Leandro Machado

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Natal!


"Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor
(Lucas 2:11)

Acredite aconteceu!!! O imensurável amor que se revelou na simplicidade de uma humilde manjedoura. Para quem conhece Deus, e tem com ele um relacionamento, um compromisso de vida, esta data do Natal (seja ela real ou não), deve ser vista por nós como a prova de um amor imensurável, por Ele um dia ter-nos criado, e amado com amor eterno. Ele preparou um jardim, um pedacinho do Céu aqui na terra, um lugar maravilhoso, e ainda Santo, onde as delicias de frutíferas arvores eram para seu alimento. Um lugar criado pelos dedos de Deus. Você pode imaginar com que carinho e grande amor Deus criou este lugar?

Mas, o homem por seu orgulho em querer ser igual a Deus, se livrar da sujeição do seu criador, ele deu ouvido ao diabo, e assim, trocou a dádiva do presente do glorioso jardim do Éden, por uma enganosa, falsa, e maligna promessa que o diabo fez, e assim, caiu em pecado afastando-se do seu criador. Mas, o amor de Deus ele é verdadeiro profundo eterno, ele poderia ter destruído essa criatura infiel, desobediente, e ter criado outra sem pecado.

Contudo, esse amor é incompreensível, divino e gracioso, extrapola a nossa capacidade humana de entender. Ele disse: “Da semente da mulher virá um que esmagará a cabeça da serpente” (Gênesis 3-15). Você pode entender o que prometia Deus por causa do amor a sua criatura? Qual era o tamanho do preço a ser pago? Qual o limite da sua humilhação? Até onde chegou o Criador por causa do pecado do homem? Você pode entender o quanto custou a tua Salvação? Por favor pare aqui! Reflita! Pense! NEle que um dia viria a este mundo se entregaria para morrer numa cruz, e que se humilharia a tal ponto de se fazer criatura, para morrer por essa criatura, e assim restaurá-la, reerguê-la, refazê-la, lavando o seu pecado no seu sangue vertido naquela até então maldita Cruz, para assim satisfazer a sua justiça..

Sua promessa foi cumprida. Ele veio e nasceu um dia em Belém da Judéia, data esta da nossa comemoração, do nosso jubilo, da nossa alegria, e da nossa eterna gratidão por este amor tão antigo, e tão presente, que nos aquece, que nos da alento, razão e sentido para viver na esperança de reaver o nosso paraíso que um dia fora perdido. E, por tamanho amor, cumpriu a sua missão de resgate, pagando o preço do nosso odioso pecado. Ele, vitorioso, rompendo as cadeias da morte, triunfante subiu a glória, e foi preparar-nos lugar, agora para nunca mais perder, mais para que nós possamos ficar com ele por toda a eternidade no gozo eterno.

Que esta noite, seja só de gratidão por nosso Deus que tem um amor fiel, extremado e pede que nós o amemos assim como ele nos amou. Que haja envolvimento, compromisso, renúncia. E que seu amor e santidade seja a transparência viva e refletida em nossos corações, e em nossas ações e atitudes, para glorificação do seu Santo Nome. No entanto, se Deus em seu agir extrapolou a nossa limitada capacidade de compreender seu amor, de igual modo também o é a sua justiça . Disse Jesus: “Quem crê no filho tem vida eterna; o que todavia se mantém rebelde contra o filho não Vera a vida, mais sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3-36).

Que nesta noite de Natal, a nossa razão seja só para agradecer a Deus pelo presente recebido, e por tudo o que ele nos fez, pelo seu nascimento na humilhação de uma manjedoura, pela gloriosa e divina passagem por este mundo, e pela redenção feita na cruz infamante do calvário. Se o seu nascimento é para nós razão de festa, de alegria, de vitória, a sua ressurreição redentora, é o glorioso passaporte pago, selado, e carimbado com o Seu precioso sangue, para a vida eterna, o qual graciosamente ele nos outorgou, para que vivamos com ele harmoniosamente no cumprimento da sua palavra.

A Ele seja toda a gloria, honra, poder, majestade para sempre, Amém!

Por Eneas Cândido de Lara

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte VII)


Este é o nosso último artigo sobre esta série especial e abençoada sobre a vida de José. O capítulo de hoje é uma avaliação sobre a vida deste homem que confiou e esperou em Deus e alcançou a vitória. Porém, estas palavras que escreverei aqui não serão minhas, mas de Gordon Lindsay, do também último capítulo do livro José e Seus Irmãos, publicado pela Graça Editorial. Antes de mais nada, faço uma menção especial não só a este livro, mas também a José: primeiro-ministro, de William M. Taylor (sem publicação em português) e a Bíblia, minha principal fonte de estudos para preparar esta série. 

Antes de mais nada, agradeço a Deus, em primeiro lugar, por dar me capacidade de reproduzir esta série durante estes sete dias. Agradeço também a você, querido leitor, que nos dá força para continuar este trabalho.

Uma avaliação sobre a vida de José - A história de José, na verdade, é a história da família de Jacó. Até que José fosse mencionado no texto bíblico, a narrativa se concentrara em Jacó. A partir do momento em que José entrou em cena, tornou-se o protagonista, ao redor do qual o pai e os irmão desenpenharam papéis secundários - o que já fora previsto nos sonhos de José (Gênesis 37:9).

A história de José tem um charme especial e é um forte apelo para a juventude. Personagem algum apareceu, na literatura humana e na sagrada, com caráter mais nobre, exceto o próprio Cristo. Desde cedo, José parece ter tido um grande senso de propósito. Seu caráter e suas inclinações contrastavam nitidamente com a de seus irmãos, o que foi a raiz das sérias diferenças entre eles. 

José, em sua juventude, demonstrou certa precocidade. Mas ele demonstrou também falta de sabedoria ao compartilhar com os irmãos os sonhos que Deus lhe dera, os quais tinham um óbvio significado. José não percebeu que, ao contar os sonhos, talvez parecesse egoísta, o que resultaria em uma inimizade cada vez mais profunda entre ele e seus irmãos.

A firmeza que José tinha diante das adversidades era o mais notável traço do seu caráter. Embora a atitude cruel dos irmãos de vendê-lo como escravo para os israelitas tenha causado a José profunda angústia na alma, podemos vê-lo apenas temporariamente deprimido pelo evento. Seu espírito era dotado de notável flexibilidade; adaptou-se às novas circunstâncias, crendo que Deus ainda estava no controle. Embora fosse um homem de emoções profundas, José não era dado a mudanças de humor. Sua fé manteve-se firme e forte e, quando surgiam as oportunidades, José sempre esteve pronto para agarrá-las.

Outro importante traço do caráter de José era a sua confiabilidade. As pessoas sempre podiam depender dele e nele confiar. Quando Potifar dava uma tarefa para o jovem escravo, percebia que ele sempre a realizava bem. José, gradualmente, recebeu mais responsabilidade, pois sempre trabalhava de forma diligente. Além disso, Potifar notou que, por causa dele, a própria casa prosperava. No final, Potifar encarregou de José todos os assuntos da casa. 

Difamado pela perversa mulher de seu senhor, José foi lançado na prisão e colocado a ferros. Ainda assim, mesmo na masmorra, encontrou o favor do carcereiro. José não gastava seu tempo criando problemas nem fazendo planos de fuga, mas cuidava em fazer bem todas as tarefas que lhe davam. Logo o carceireiro lhe confiaria todas as coisas na prisão.

Quando o copeiro-mor e o padeiro-mor foram presos, ficaram sobre a responsabilidade de José. O interesse que ele demonstrou no bem-estar deles fez com que lhe relatassem os sonhos que tiveram e que os perturbavam, os quais apenas José foi capaz de interpretar. Por obra da providência, finalmente, ele foi chamado para estar diante do Faraó, e acabou exaltado à posição de primeiro-ministro do Egito.

Quando se tornou governador de todo o Egito, José monstrou a mesma fidelidade e diligência na maneira de executar suas grandes responsabilidades. Administrou durante o período de fome com grande sabedoria e, evidentemente, José se tornou altamente estimado pela casa do Faraó durante toda sua vida no Egito.

A exaltação de José não o modificou - Poucas pessoas poderiam suportar a responsabilidade de uma prosperidade repentina. José foi um exemplo de homem que poderia passar tanto pela prosperidade quanto pela adversidade com a mesma atitude.

A súbita exaltação de José, elevado a uma posição de supremo poder, representaria grande perigo para muitos homens. Muitas pessoas, ao alcançar o poder, tornam-se irresponsáveis e até mesmo cruéis em sua conduta. Outras seguem pelo caminho do orgulho e da auto-exaltação. José, entretanto, manteve os pés no chão. Sua integridade brilhou em todas as variadas situações que foi desafiado a enfrentar.

Talvez outra pessoa fosse tentada a revelar prematuramente sua identidade aos irmãos, devido ao desejo de ver o efeito que sua posição elevada teria sobre eles. Embora José fosse humano e sentisse satisfação no sucesso que Deus lhe dava, era cuidadoso em dar a Ele toda a glória. Sua principal preocupação foi assegurar o verdadeiro arrependimento dos irmãos para que a verdadeira reconciliação também pudesse ser operada.

Outra qualidade notável de José era sua consciência da providência divina. Ele aprendeu a ver a mão de Deus em todas as circunstâncias. Quando se revelou aos irmãos, arrancou o amargo ferrão da auto-condenação deles, dizendo: "Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós" (Gênesis 45:5). Durante toda sua conversa com os irmãos, José enfatizou o propósito de que Deus o enviara ao Egito para preservar a posteridade de Israel. "Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus" (Gênesis 45:8).

A grande verdade da providência de Deus para o destino humano era a estrela que guiava José pela vida. Sua convicção da presença do Senhor sustentou-o ao longo dos anos de adversidade. A grande fé que José possuía lhe deu coragem para resistir às tentações, mesmo custando-lhe anos de prisão.

Um segredo primordial na vida de José foi seu constante reconhecimento da presença de Deus. Como seria maravilhoso se cada cristão descobrisse tal segredo! [...]

[...] Em seu coração, José já tinha perdoado seus irmãos há muito tempo. No entanto, percebeu que, para que seu perdão fosse apreciado, seus irmãos precisariam entender a extensão do pecado que cometeram. Eles precisariam experimentar um pouco do sofrimento que tão maliciosamente infligiram a outros. Quando chegaram ao ponto em que odiaram seus antigos caminhos e entenderam que não tinham pecado apenas contra o irmão, mas também contra os céus, então a afeição de José pôde ser derramada sobre eles.

Realmente a conversão atingira tão profundamente o coração dos irmãos que foi muito difícil conseguirem perdoar a si mesmos, quando José lhes disse: "Não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos" (Gênesis 45:5).

José foi um extraordinário estadista e possuía uma habilidade incomum para conquistar a confiança dos outros. Embora tenha sido capaz de interpretar de forma convincente os sonhos do Faraó, parece estranho que o rei, tão rápido, tenha sido movido a dar-lhe tamanha autoridade.

Ainda mais notável foi o fato de que José não abusou do seu poder, mas conduziu-se com tanta sabedoria no desempenho dos complexos negócios da nação, que, 25 anos mais tarde, muito tempo depois de a fome ter terminado, ainda teria a confiança total do Faraó e de todo o povo egípcio. Sem dúvida, José manteve uma posição de honra e de influência no Egito até o final de sua vida.

Por Gabriel Ferraz

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte VI)


Hoje, continuamos a nossa série. Da parte em que paramos, ou seja, da partida, ou melhor, da decisão de Jacó de ver o filho que havia sumido, iniciamos o nosso sexto capítulo da série sobre a história de José, o homem que confiou em Deus.

Ao chegarem ao pai, os filhos de Jacó, irmãos de José, devem ter lhe contado tudo o que haviam feito contra o irmão, porém, como vemos, Jacó estava tão feliz com a volta de José que seu espírito reavivou, perdoou-lhes e ele seguiu para ir de encontro com o filho amado.

Antes de partir, primeiramente Jacó oferceu sacrifícios a Deus, em agradecimento, e então subiu no seu carro (ou sua carroça) para ir até Gósen, sua nova morada no Egito. A noite, Deus falou a ele em visões, dizendo: "Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação. E descerei contigo ao Egito e certamente te farei tornar a subir; e José porá a sua mão sobre os teus olhos" (Gênesis 46:2-4).

Chegando perto do Egito, Jacó colocou Judá na frente da caravana, para que ele mostrasse a terra de Gósen. Tendo chegado a caravana, José saltou de sua carruagem e foi chorar nos braços do pai. Depois de um bom tempo, - todos muito emocionados - Jacó disse ao filho: "Morra eu agora, pois já tenho visto o teu rosto, que ainda vives" (Gênesis 46:30).

Logo após, José anunciou aos irmãos que seriam levados ao encontro com o Faraó, e eles deviam lhe informar que eram pastores de ovelhas. Como os egípcios consideravam os pastores de ovelhas uma abominação, eles seriam separados e encaminhados a um local longe da contaminação do pecado. Eles chegaram ao Faraó e lhe disseram tudo isso, além de perguntá-lo se poderiam habitar na terra de Gósen, que José havia escolhido para eles.

O Faraó, sem dúvida, o permitiu, pois tinha muita consideração por José e seu Deus. Além disso, o Faraó informou a José que, se ele achasse que algum dos irmãos estivesse qualificado, poderia colocá-lo no comando dos rebanhos reais.

Um encontro memorável - Após a conversa com os irmãos, José chamou a seu pai e o apresentou ao Faraó, com grande alegria. Ali, então acontecia o encontro mais memorável e mais impressionante da história - não só a de José, mas do mundo todo. Encontravam-se ali, os homens mais abençoados e capacitados por Deus. O mais poderoso monarca da época (o Faraó), o estadista mais capacitado daquele tempo, o qual administrara o Egito com competência sem igual - em meio a tenebrosa crise de fome (José), e o herdeiro das promessas feitas por Deus a Abraão e Isaque (Jacó), ali juntos. Depois disso, não houve reunião mais impressionante.

Jacó se apresentou ao Faraó sem esconder seu Deus, o abençoando no início e no fim da entrevista. Ele não negou sua fé, muito pelo contrário, a manifestou tomando-a como canal de bem-estar, pedindo o favo do Deus altíssimo.

Os últimos dias de Jacó - Jacó viveu na terra do Egito durante dezessete anos - tendo morrido com a idade de cento e quarenta e sete anos. Estando ele ainda enfermo, José foi informado disto, e levou consigo seus dois filhos, Efraim e Manassés.

Jacó lembrou de suas experiências em Betel e da promessa que Deus lhe fizera, dando a ele e à sua descendência a terra de Canaã como possessão perpétua. Além disso, pediu que Efraim e Manassés recebessem o direito a primogenitura que Rubem perdera, sendo colocados como seus filhos. Lembrou se de Raquel e sua morte.

Vendo que haviam duas pessoas na sala, e não conseguindo vê-las pois sua vista já estava fraca, perguntou a José, que prontamente respondeu que eram seus filhos. Jacó, então, os abençoou, cruzando as mãos de modo que pudesse colocar a mão direita sobre Efraim e a esquerda sobre Manassés: "E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia; O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra" (Gênesis 48:15-16).

José, porém, pecebeu que seu pai colocara a mão errada na cabeça errada, já que a direita era preservada ao primogênito, que era Manassés. Jacó, assim, respondeu: "Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações" (Gênesis 48:19).

Depois Jacó chamou seus filhos e lhes abençoou. Não vamos citá-las pois já não há mais espaço para tal, já que só nos falta mais um artigo para terminarmos esta série.

Jacó, após os abençoar, pediu que os filhos os sepultasse em um lugar especial, a terra de Canaã, junto a seus pais: "Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu" (Gênesis 49:29). Logo após dar suas instruções quanto a seu sepultamento, Jacó morreu. José, naquele momento, se lançou ao pai e chorou no seu leito. Ao final pediu que Jacó fosse embalsamado, e assim ele o fez, e o pai foi sepultado em Canaã.

À cerimônia de sepultamento, todos os sevos de José, seus irmãos e a casa de Faraó compareceram. Fora um momento de grande emoção, e todos choraram durante sete dias. Após o luto, todos retornaram, e seus irmãos, vendo a morte do pai, pensaram que José - agora - os puniria. Pensaram que fora a presença do pai que lhes mantinha vivos. José, no entanto, negou aos irmãos: "E José lhes disse: Não temais; porventura estou eu em lugar de Deus? Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles" (Gênesis 50:19-21)

A morte de José - Após aquilo, seus irmãos se acalmaram e se alegraram, e todos viveram juntos em harmonia até a morte de José. A palavra de Deus diz que José viu os filhos de Efraim até a terceira geração e também os filhos de Manassés. No seu leito de morte, disse aos irmãos: "Eu morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra à terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó. E José fez jurar os filhos de Israel, dizendo: Certamente vos visitará Deus, e fareis transportar os meus ossos daqui" (Gênesis 50:24-25)

E assim José morreu e foi embalsamado e sepultado no Egito. Quatrocentos anos mais tarde, quando os israelitas deixaram o Egito rumo a terra prometida, levaram consigo os ossos de José (Êxodo 13:19).

Continua...
Por Gabriel Ferraz

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte V)


Continuamos da parte em que foi achado o copo de prata de José no saco de Benjamim. Pois bem, eles seguiram para chegar a cidade para se desculparem ao irmão, e assim a Bíblia relata uma das mais belas súplicas, dada por Judá. Este é o quinto capítulo da nossa série sobre José, o homem que confiou em Deus.

A humilde súplica de Judá - Judá era o quarto filho de Léia, primeira esposa de Jacó. Ele fora um dos principais responsáveis pelo crime de vender seu próprio irmão, porém, Deus havia operado uma transformação na vida dele. Como disse Gordon Lindsay, no livro José e Seus Irmãos (Graça Editorial): "Com um passádo péssimo, a consciência de Judá não devia lhe dar descanso".

Judá era, pelo que se pode observar, um dos que mais lamentava pelo pecado que haviam cometido. Por, isso, no capítulo 44 do versículo 16 ao 34 de Gênesis, ele faz um apelo à José, demonstrando imensa beleza, verdade e emoção:
"E disse-lhes José: Que é isto que fizestes? Não sabeis vós que um homem como eu pode, muito bem, adivinhar?  Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o copo. Mas ele disse: Longe de mim que eu tal faça; o homem em cuja mão o copo foi achado, esse será meu servo; porém vós, subi em paz para vosso pai. Então Judá se chegou a ele, e disse: Ai! senhor meu, deixa, peço-te, o teu servo dizer uma palavra aos ouvidos de meu senhor, e não se acenda a tua ira contra o teu servo; porque tu és como Faraó. Meu senhor perguntou a seus servos, dizendo: Tendes vós pai, ou irmão? E dissemos a meu senhor: Temos um velho pai, e um filho da sua velhice, o mais novo, cujo irmão é morto; e só ele ficou de sua mãe, e seu pai o ama. Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos sobre ele. E nós dissemos a meu senhor: Aquele moço não poderá deixar a seu pai; se deixar a seu pai, este morrerá. Então tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais vereis a minha face. E aconteceu que, subindo nós a teu servo meu pai, e contando-lhe as palavras de meu senhor, Disse nosso pai: Voltai, comprai-nos um pouco de mantimento. E nós dissemos: Não poderemos descer; mas, se nosso irmão menor for conosco, desceremos; pois não poderemos ver a face do homem se este nosso irmão menor não estiver conosco. Então disse-nos teu servo, meu pai: Vós sabeis que minha mulher me deu dois filhos; E um ausentou-se de mim, e eu disse: Certamente foi despedaçado, e não o tenho visto até agora; Se agora também tirardes a este da minha face, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas cãs com aflição à sepultura. Agora, pois, indo eu a teu servo, meu pai, e o moço não indo conosco, como a sua alma está ligada com a alma dele, Acontecerá que, vendo ele que o moço ali não está, morrerá; e teus servos farão descer as cãs de teu servo, nosso pai, com tristeza à sepultura. Porque teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar para ti, serei culpado para com meu pai por todos os dias. Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos. Porque, como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai." (Gênesis 44:15-34)
José dá-se a conhecer a seus irmãos - José, ouvindo aquilo tudo, não pode suportar. Ele vira que seus irmãos haviam se arrependido, e que aquele era o momento de se revelar a eles! Imensamente comovido e abalado pelas palavras que Judá dissera, ele ordenou que todos os que estavam alí saíssem, deixando-o a sós com seus irmãos.

Antes de conseguir dizer alguma coisa, José extravasou todas as suas emoções, e com força chorou, de tal forma que todos o ouviram (além de seus irmãos) e todos os empregados de sua casa também. Seus irmãos estavam pasmos! Mas eles ainda veriam e ouviriam coisa mais impressionante ainda!

E então acontece o que seus irmãos jamais imaginariam. José, se contendo, diz: "Eu sou José. Vive ainda meu pai?" (Gênesis 45:3a)

Seus irmãos não puderam responder, era como se José se levantasse da sepultura para julgá-los. Ele, porém, pediu que seus irmãos chegassem perto dele e os explicou que tudo aquilo que havia acontecido era uma providência de Deus (Gênesis 45:4-8).

Ele lhes disse, então, o que deveriam fazer. Passados dois anos de fome, ainda restariam cinco, por isso ele avisou que deveriam retornar diretamente ao seu pai, e avisá-lo de que José retornara, e que Deus o havia ajudado e posto como senhor em toda terra do Egito. Eles então deveriam vir ao Egito, juntar tudo e partir para lá, para uma área que ele havia preparado em Gósen, para toda a família.

Após ter dado estas instruções, José abraçou a Benjamim, e depois a todos os seus irmãos e chorou com eles (Gênesis 45:14-15)

O Faraó ficou sabendo da boa nova, e assim ele e seus servos se alegraram. Ele repetiu o convite de José e enviou carros para que tudo fosse transportado até a nova casa. José deu uma advertência aos irmãos, para que, quando partissem, não contendessem pelo caminho.

Jacó também fica sabendo da notícia - Eles seguiram de volta até Canaã para se encontrarem com o pai, que vendo a caravana, provavelmente deve ter saído de sua casa e aguardado ansiosamente. Chegando a Jacó, seus irmãos revelaram-lhe que José estava vivo, que era regente do Egito e disseram tudo que ele havia lhes dito.

Jacó quase desmaiou, mas ao ver todos aqueles carros que José enviara para levá-lo, se renovou e se alegrou profundamente. Com grande emoção e euforia, exclamou: "Basta; ainda vive meu filho José; eu irei e o verei antes que eu morra" (Gênesis 45:28)

Continua...
Por Gabriel Ferraz

sábado, 17 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte IV)


Até aquele momento, Jacó se recusava a deixar que Benjamim fosse levado por seus irmãos até o Egito, temendo que ele o perdesse, assim como acontecera com José (Gênesis 42:38). É desta parte que começamos o nosso quarto capítulo da história de José, o homem que confiou em Deus.

Jacó havia dado o assunto por encerrado. Não queria que os seus filhos levassem a Benjamim para que ele perdesse o outro filho mais amado, da esposa mais amada. Mas a situação da fome se agravava ainda mais em  toda a terra, e era necessário que os irmãos fossem buscar mais comida, para que eles não morressem.

Já havia acabado toda a comida que adquiriram, por isso, Jacó chamou a seus filhos e os pediu que fossem comprar mais mantimento. Judá, protestou ao pai, o relembrando: "Fortemente nos protestou aquele varão, dizendo: Não vereis a minha face, se vosso irmão não vier convosco" (Gênesis 43:3). Ele enfatizou: "Se enviares conosco o nosso irmão, desceremos e te compraremos alimento; mas se não o enviares, não desceremos, porquanto aquele varão nos disse: Não vereis a minha face, se vosso irmão não vier convosco" (Gênesis 43:4-5).

Aquele mesmo sentimento de pavor tomou conta de Jacó, que ficou ainda mais desesperado. Ele, nervoso e irado - digamos assim - questionou a seus filhos porque o haviam feito tal mal, dizendo que haviam um outro irmão. Eles lhe disseram que o homem os havia perguntado sobre sua família, se o pai deles ainda estava vivo e se tinham mais um irmão; e eles o responderam. Também indignados, disseram: "Podíamos nós saber que ele diria: Trazei vosso irmão?" (Gênesis 43:7b)

Jacó teve de se render. Ele então permitiu que Benjamim fosse levado, mas pediu para que seus filhos levassem um  presente para José: um pouco de bálsamo, mel, especiarias, mirra, terebinto (uma pequena árvore de flores vermelhas e de forte odor resinoso) e amêndoas. Também disse para levarem o dinheiro que haviam encontrado nos sacos em porção dobrada. Por fim, rendido, lamentou: "e eu, se for desfilhado, desfilhado ficarei" (Gênesis 43:14b).

Os irmãos de José jantam com ele - Eles, então, seguiram até o Egito, para levarem os presentes e devolverem o dinheiro a José. Chegando lá, José viu que Benjamim estava com eles, e por isso mandou que seus servos matassem um animal e preparassem tudo para um banquete que ele daria ao meio-dia. Eles então foram levados até a casa de José.

Eles ficaram apavorados! Pensaram que iram ser julgados e condenados a serem escravos! Por isso, chegando à porta da casa de José, pararam e disseram ao administrador que haviam encontrado o dinheiro com que haviam pago o alimento dentro de seus sacos, que iram lhe devolver o dobro e que não sabiam quem tinha posto o dinheiro de volta.

O administrador os acalmou, dizendo que Deus havia lhes dado um tesouro, e que ele havia recebido o dinheiro com que eles pagaram os mantimentos. Simeão, que estava preso, foi solto e levado a eles. Eles, mais tranquilos, mas ainda temerosos, entraram na casa, lavaram os pés, e seus jumentos receberam pasto. Os servos de José, então, foram preparar o banquete, e os irmãos ficaram o esperando.

José, ao meio-dia, chega-se aos irmãos e pergunta-lhes como estão, e também como estava seu pai: "Vosso pai, o velho de quem falastes, está bem? Ainda vive? E eles disseram: Bem está o teu servo, nosso pai vive ainda" (Gênesis 43:27-28) Os irmãos abaixaram a cabeça e se inclinaram perante à José.

José viu a Benjamim, e perguntou se era ele mesmo, e o abençoou. Mas uma vez, José não aguentou, se emocionou mais uma vez, e foi se retirar para chorar. Sem querer mostrar - ainda - que era ele, e sem  querer revelar sua emoção, ele lavou o rosto rapidamente e voltou para a sala, pedindo que servissem o pão. E serviram o pão, mas separado dos egípcios, pois eles consideravam um sacrilégio.

José os pôs na mesa por ordem de idade, o que deixou seus irmãos perplexos. Logo depois, José teve uma ideia e separou as porções de cada um. Para ver como tratavam a Benjamim, ele colocou, dentre todos os irmãos, cinco vezes mais na porção de Benjamim. Para sua surpresa e alegria, seus irmãos não se indignaram; muito pelo contrário! Eles festejaram e se alegraram, e aproveitaram de tudo.

Ao final do banquete, José pediu novamente ao seu servo para que enchesse o saco de cada um e colocasse o dinheiro de volta na boca de cada saco. Desta vez, porém, ele mandou que colocasse o seu copo de prata no saco de Benjamim. E assim ele obedeceu.

Saindo eles dali, e não estando muito longe, José rapidamente chamou a seu servo mais uma vez e pediu que ele corresse atrás deles, acusando-os de terem roubado o copo de prata de seu senhor. Ele obedeceu e rapidamente chegou a eles, o acusando. Os irmãos de José negaram tudo: "Longe estejam teus servos de fazerem semelhante coisa" (Gênesis 44:7b).

E, sem saberem daquilo, disseram: "Aquele dos teus servos, com quem for achado [o cálice], morra; e ainda nós seremos escravos do meu senhor" (Gênesis 44:9). Cada um abriu seu saco, e lá no saco de Benjamim estava o copo. Eles rasgaram as vestes, e humilhados voltaram à cidade para se explicarem à José.

Continua...
Por Gabriel Ferraz

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte III)


Já estamos no terceiro capítulo do nosso especial sobre a história de José. Continuando da parte da nomeação do Faraó para que José se tornasse governador do Egito, é bom citar mais um pouco sobre a "cerimônia" de nomeação. O Faraó ainda deu mais presentes para José, além daquele que seria o seu cargo de altíssima posição.

Durante este momento em que José é colocado como o novo governador do Egito (ou Adon, como realmente se chama este cargo), o Faraó tira o anel de seu dedo e o põe no dele; o veste com roupas de linho fino e coloca nele um colar de ouro. Além disso, dá lhe como mulher Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om (Gênesis 41:45)

E assim seguiu José para governar o Egito, já com seus trinta anos de idade; e o fez com excelência. Durante os sete anos de fartura que se seguiram, José preparou o país guardando os mantimentos do campo nas cidades até que viessem os sete anos de fome, para que o Egito não sofresse nenhuma consequência.

Assim que chegaram os anos de fome, todos os países ao redor do Egito passavam necessidades, enquanto que o Egito não, e assim José vendeu aos países e aos egípcios os mantimentos que ele havia armazenado. José vendia os mandimentos diretamente aos que vinham comprar. Quem quisesse comprar algo ia falar diretamente a José, e é aí que nós entramos na parte mais importante desta terceira parte do nosso estudo.

Os irmãos de José vão ao Egito - Jacó, que habitava em Canaã, (que ocupava todo o Israel de hoje, parte da Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria) ficou sabendo que havia comida no Egito, e por isso enviou seus filhos, menos Benjamim (temendo que lhe acontecesse algo), para que comprassem trigo porque já passavam fome. E chegando lá, foram a José para comprar o trigo, porém eles não reconheceram à José, mas José sim.

José foi frio com eles e os acusou de serem espias, porém eles negaram, dizendo que eram varões de retidão e que eram doze irmãos, mas que o menor estava com o pai, e que eram servos de José. Mas era tudo um plano de José, pois ele queria saber se seus irmãos haviam se arrependido do que outrora fizeram com ele. José buscava uma oportunidade para a reconciliação, mas primeiro queria testá-los. Ele tomou uma atitude hostil perante a seus irmãos; e alguns o questionariam sobre isso, mas ele agiu com sabedoria.

José continuou falando duramente com eles, e por isso, controlando suas emoções, disse lhes: "É o que vos tenho dito, dizendo que sois espias. Nisto sereis provados: pela vida de Faraó, não saireis daqui senão quando vosso irmão mais novo vier aqui. Enviai um dentre vós, que traga vosso irmão, mas vós ficareis presos, a fim de serem provadas as vossas palavras, se há verdade convosco; e, se não, pela vida de Faraó, vós sois espias. E pô-los juntos em guarda três dias" (Gênesis 42:14-17).

José os manteve presos por três dias, porém ao terceiro dia, revogou sua primeira decisão, e então mandou que todos fossem, mas que um ficasse na prisão - ao invés de ir só um buscar a Benjamim (Gênesis 42:18-20).

José falava com os irmãos por meio de um intérprete, mas ele entendia tudo o que diziam. Supondo que José não os entendesse e que aquele assunto não o interesasse, seus irmãos conversaram entre si, lembrando do erro que haviam cometido contra ele, dizendo que eram culpados acerca daquilo que haviam feito, e que por não terem ouvido a angústia da alma de José, esta angústia estava vindo sobre eles. Agora, eram eles que sofriam esta angústia. 

Rúben tentara salvar José, por isso parecia se sentir mais culpado ainda, pois não havia impedido aquilo de acontecer: "E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino? Mas não ouvistes; por isso agora é requerido de nós o seu sangue" (Gênesis 42:22) José se sentiu tão afetado por aquela confissão que teve de se retirar para extravasar suas emoções.

Depois ele voltou e escolheu a Simeão para ficar preso enquanto que os outros fossem buscar a Benjamim. José queria saber como eles o tratavam. Ele ainda queria deixá-los mais aflitos. José ordenou a um dos seus servos que, ao encher os sacos de mantimentos que os irmãos levariam, ele recolocasse o dinheiro que havia sido dado como pagamento devolta nos sacos. Ao saírem dali, um deles abriu o seu saco para dar pasto ao seu jumento, e ao descobrir o dinheiro, um novo pavor tomou conta dele e de seus irmãos. E disseram: "que é isto que Deus nos fez?" (Gênesis 42:28b).

Os irmãos foram informar ao pai o que aconteceu e o que José os ordenara, pois estavam mais que assustados, e já não daria para esconder nada de seu pai. Jacó, ao ouvir e ver aquilo tudo ficou triste demais e temeroso pelo que podia ainda a acontecer. Ele declarou: "Então, Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-me desfilhado; José já não existe e Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim! Todas estas coisas vieram sobre mim" (Gênesis 42:36).

Rúben, então, propôs ao seu pai que se ele não trouxesse Benjamin a salvo, Jacó poderia matar a seus dois filhos (v. 37) Porém Jacó manteve sua posição quanto a não deixar que Benjamim fosse. Até aí, o assunto foi dado como encerrado.

Continua...
Por Gabriel Ferraz

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus (Parte II)


Paramos no ponto em que ocorre o banquete dado por Faraó, onde o copeiro é restaurado ao seu cargo, o padeiro é sentenciado à morte e o mesmo copeiro esquece de falar ao Faraó sobre José e a ajuda que ele havia lhe prestado.

Enfim, passam-se dois anos após o banquete que foi dado e então chega o momento de José. É quando o Faraó começa a ter sonhos, e é aí que nós começamos este segundo capítulo da nossa série especial: José, o homem que confiou em Deus.

Os sonhos do Faraó - E então acontece que o Faraó do Egito começa a ter uns sonhos estranhos. Eram realmente muito estranhos, porque ele sonhou o mesmo tipo de sonho mais de uma vez na mesma noite, conforme dizem as Escrituras (Gênesis 41:5a) Foi o mesmo tipo de sonho, mas não o mesmo sonho.

No primeiro sonho, o Faraó estava junto ao rio Nilo, de pé, frente à ele. E do rio começaram a sair sete vacas, bonitas, gordas e saudáveis, que começaram a pastar entre os juncos (que se parece muito com um mato alto, só que com sementes e que cresce somente nas proximidades - ou por cima - de rios). E então, depois daquelas vacas bonitas e gordas, subiam atrás delas mais vacas, porém magras, muito feias (feias mesmo!) e obviamente nada saudáveis. E essas vacas começaram a comer as vacas gordas, mas o interessante é que elas, depois de terem deixado só os ossos, permaneciam feias e magras.

E então o Faraó acordou; e depois ele voltou a dormir, mas os sonhos ainda o perturbavam. No segundo sono, ele via sete espigas de milho que brotavam, cheias de milho e muito boas. Após estas, vinham sete espigas ruins, miúdas e queimadas do vento oriental, que começaram a comer as espigas boas. Aí então, o Faraó acordou, perturbado, e mandou chamar aos sábios e adivinhos do Egito para que eles interpretassem os seus sonhos, mas ninguém; contando ele os seus sonhos, soube os interpretar.

Bom, aí é que o copeiro-mor se lembra de José e diz ao Faraó que, enquanto ele esteve preso, teve uns sonhos estranhos também, e sabia que José podia ajudá-lo, pois havia interpretado o seu sonho com sabedoria. Ainda esperançoso, o Faraó mandou que chamassem a José; e o tiraram da cova, barbearam, e o fizeram vestir uma roupa melhor.

Chegando lá, o Faraó o diz: "Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas. E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó" (Gênesis 41:15 e 16).

Então José explicou que seu sonho, embora diferente, era o mesmo, e que Deus havia revelado o que Ele havia de fazer. Ele mostrou que as tanto as sete espigas quanto as sete vacas significavam sete anos, e que as espigas boas significavam sete anos de fartura e as ruins sete anos de fome, assim como as vacas.

José explicou que Deus havia repetido o sonho duas vezes porque Ele havia pressa em fazer o que  determinara. Por isso, ele orientou ao Faraó: "Portanto, Faraó previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito. Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de fartura, E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome" (Gênesis 41:33-3).

Faraó nomeia José como governador do Egito - O Faraó ficou abismado com a sabedoria de José, e disse: "Acharíamos um homem como este em quem haja o Espírito de Deus?" (Gênesis 41:38). Ele o elogiou e disse que não havia homem mais sábio que José em toda a terra!

O Faraó então pôs José como o governador de seu povo e disse que somente no trono ele seria maior que José! (Gênesis 41:40b) Veja que os sonhos que José tivera na infância, em que Deus mostrava que ele seria dominador sobre os povos, se cumpriram de forma sobrenatural! José podia ter desistido de sua vida muito antes que isso acontecesse, mas permaneceu fiel e confiante no que Deus havia lhe mostrado há tanto tempo atrás.

É o que muitos não fazem hoje. Recebem uma promessa ou querem que uma cura provenha de Deus, mas por ansiedade e por falta de fé largam tudo e perdem a promessa. Amigo, se Deus tem um tesouro separado para você, espere em Deus com paciência, pois no tempo certo virá!

"Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e o mais ele fará."
Salmos 37:5
Continua... 
Por Gabriel Ferraz

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

José, o Homem que Confiou em Deus


Este é o primeiro capítulo desta série que estou preparando, durante esta semana, sobre José. Esta é uma história de superação, fé, confiança e espera em Deus. José foi um homem fiel, que tinha paz e amor em seu coração, e que, principalmente, fazia a vontade de Deus. É um exemplo, por isso, coloco aqui, a primeira parte da história sobre José, o homem que confiou em Deus.

José era o filho caçula de Jacó e Raquel. Era, apesar de não ser o filho primogênito (mas o primeiro filho de Raquel, mulher que mais amava), o filho mais amado do pai. Pelo fato de ser o filho preferido de Jacó, seus irmãos sentiam inveja dele. Isto piorou quando, após ter ganhado um túnica belíssima dada pelo pai, José contou a seus irmãos uns sonhos em que era revelado sendo superior, como rei e dominador sobre eles. Seus irmãos se irritaram e zombaram dele, mas depois José esqueceu

José é vendido por seus irmãos - Passados um tempo, seus irmãos foram apascentar o rebanho de seu pai, e Jacó pediu que José fosse ver como eles estavam. Ainda irritados com José, e vendo-o chegar perto de onde estavam, seus irmãos conspiraram contra ele, para o matar. Rúben, filho primogênito de Jacó, pediu para que o irmão não fosse morto, propondo então o jogá-lo em uma cova vazia para que ele se virasse para sair dalí. Chegando José ao campo onde estavam cuidando do rebanho, seus irmãos o pegaram e tiraram a túnica que ele havia ganhado do pai e o jogaram na cova. Passando por ali uns comerciantes de escravos, Judá, quarto filho de Jacó, propôs vendê-lo àqueles comerciantes, e assim o fizeram, pelo preço de vinte moedas de prata (Gênesis 37:3-28).
Depois de tudo isso, mataram um cordeiro e colocaram o sangue na túnica de José. Quando chegaram em casa, apresentaram a túnica ao pai e disseram a ele que o irmão havia sido atacado por uma besta-fera que o matou! Veja que coisa!

Então, os comerciantes de escravos o levaram ao Egito, onde foi comprado por Potifar, que era capitão da guarda do faraó. José era um excelente escravo, fiel à Potifar e trabalhador, que servia muito bem, obedecendo todas as ordens dadas a ele. Potifar foi delegando a José todas as responsabilidades de sua casa, porque via que ele o fazia prosperar.

José é preso - E aconteceu que, sendo José formoso, a mulher de Potifar começou a lhe tentar para ser seu amante, persuadindo-o diariamente. Como José era temente a Deus, sempre recusou. Certo dia, ela tentou o agarrar, arrancando dele suas vestes, porém José saiu correndo e lá as deixou. Logo, irritada com o fato, a mulher acusou José de tentar deitar-se com ela à Potifar, que o colocou na prisão.

O Senhor Deus, porém, estava com José, e por isso deu graça aos olhos do carcereiro que, assim como Potifar percebeu, cumpria todas as suas tarefas de modo exemplar. Logo o carcereiro lhe confiou todas as tarefas e os presos que estavam ali às mãos de José.

José interpreta dois sonhos na prisão - Passando um tempo, logo chegou a prisão o padeiro e o copeiro-mor do Faraó, que por pecarem contra ele, os encarceirou. Depois, os dois empregados tiveram um sonho, na mesma noite, cada um com um significado paticular. Por não saberem o significado de seus sonhos, aquilo os preocupou e então se entristeceram.

No dia seguinte, José chegou aos oficiais do Faraó e reparou na tristeza dos dois: "Então perguntou aos eunucos de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor, dizendo: Por que estão, hoje, tristes os vossos semblantes?" (Gênesis 40:7) E eles então apresentaram o problema à José, que prontamente respondeu: "Não são de Deus as interpretações? Contai-mo, peço-vos" (Gênesis 40:8b)

O primeiro a contar seu sonho foi o copeiro, que no sonho, à sua frente; via uma videira que tinha três ramos. A videira então, começava a brotar, e a florescer, e em cachos apareciam as uvas, que iam amadurecendo. E o copeiro segurava uma taça, que era a do Faraó. E então ele pegava as uvas e as espremia na taça, dando nas mãos do Faraó a sua taça, com o suco.

José então deu a interpretação do sonho do copeiro, mostrando que os três ramos da videira são três dias, dentro dos quais o Faraó exultaria e restauraria o copeiro-mor ao seu trabalho, e ele então serviria a taça ao Faraó, como costumava fazer.

Terminando de revelar ao copeiro-mor o seu sonho, José disse-lhe: "Porém lembra-te de mim, quando te for bem; e rogo-te que uses comigo de compaixão, e que faças menção de mim a Faraó, e faze-me sair desta casa;" (Gênesis 40:14).

Então havia chegado a vez do padeiro-mor contar o seu sonho. O padeiro então disse que havia três cestos brancos sobre sua cabeça, e no cesto mais alto havia os manjares do Faraó, obra das mãos de um padeiro. E havia aves sobre aquele cesto, e elas comiam tudo o que havia lá.

José explicou que os três cestos, assim como os três ramos da videira do sonho do copeiro significavam três dias. Porém, dentro desses três dias; diferentemente do sonho do copeiro, o Faraó não restauraria o padeiro ao seu trabalho. José explicou que o Faraó o colocaria pendurado no madeiro para o enforcar e então as aves o comeriam a partir da sua cabeça.

E ocorreu que, dentro de três dias, o Faraó preparou um banquete para comemorar seu aniversário, e ao banquete chamou os dois, o copeiro e o padeiro. E no meio do banquete, onde estavam todos os seus servos, o Faraó levatou a cabeça dos dois sobre todos que estavam ali presentes, e ao copeiro-mor retomou ao seu posto e ao padeiro-mor mandou enforcar, assim como José havia interpretado.

Lembra-se de que José havia dito ao copeiro para que ele falasse sobre ele ao Faraó? Pois bem, o copeiro se esqueceu de falar de José para o Faraó, e se esqueceu mesmo, porque depois do banquete se passaram dois anos! (Gênesis 40:23; 41:1)

Continua...
Por Gabriel Ferraz

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quando Parecer que Deus nos Abandonou...


No livro dos Salmos, capítulo 118, Davi louva a Deus por livrá-lo de muitos inimigos. Mas, o texto que me chamou a atenção está nos versículos 5-14.

Davi começa nos dando instruções sobre o que fazer quando o mal se levanta contra nós. Ele diz: "Invoquei o Senhor na angústia, e o Senhor me ouviu e me pôs num lugar seguro" (Salmo 118.5). 

Quando invocamos a Deus com a confiança de que Ele é por nós, não há lutas, problemas ou dificuldades que não possamos vencer. 

No versículo 6, ele diz: "O Senhor está comigo, não temerei o que me pode fazer o homem". No versículo 10: "Todas as nações me cercaram, mas no nome do Senhor as despedacei". E, no 12: "Cercaram-me como abelhas, mas apagaram como fogo de espinhos. Pois no nome do Senhor as despedacei".

Tudo pode se levantar contra nós, mas é só confiar em Deus e em Suas palavras e Ele nos dará a vitória. Mesmo quando parecer que Ele nos deixou, devemos lançar a nossa fé e desfrutar da benção de Deus na nossa vida.

Por Serikako Hiroshi

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Terra Está Cheia de Violência...


"Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra"
Gênesis 6:13

A situação pré-diluviana era dramática - luxúria, fratricídio, blasfêmia, mentira, pecado e mais pecado, de tal maneira que Deus sentiu tristeza (arrependimento) de ter formado o homem. No entanto, não deixou de o amar. Tinha que o julgar, mas criou uma forma de o justificar, fazendo cair todo o pecado da humanidade sobre o Seu amado e querido Filho.

Principiou por agraciar Noé (Génesis 6:8), para, através da arca por ele construída (a arca é um protótipo de Jesus e da salvação que Ele dá), dar início a uma nova "criação". "Aquele que está em Cristo nova criação é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" (II Coríntios 5:17).

Depois condenou a geração antediluviana à morte, pelas águas do dilúvio, salvando apenas aqueles que creram na eficácia da arca para serem salvos (Noé, sua mulher e seus filhos Sem Cam e Jafté, com suas respectivas mulheres). Fidelidade a Deus e aos Seus mandamentos foi e continua a ser vital para a salvação do homem. O anúncio da salvação através da arca de Noé durou cerca de 120 anos, mas tão poucos entraram na arca. Entraram muitos animais irracionais, mas poucas pessoas racionais. A história repete-se nos nossos dias.

Noé ficou sozinho com a sua família, mas valeu a pena!

Não erreis, queridos leitores. Deus não pode deixar passar impune a violência e a devassidão. Deus vai julgar e condenar segundo o "código". Que fizeste de Jesus? Creste n'Ele? Entraste no Seu convénio de salvação, mediante o arrependimento e a fé? Ou desprezaste o eterno plano de Deus para a tua salvação? Fica certo que a sentença de absolvição ou condenação perpétua será de acordo com o que tiveres feito de Jesus, chamado o Cristo.

Creste de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento? Serás salvo. Desprezaste Jesus e a Sua Obra na Calvário? Serás condenado a prisão perpétua.

Por José Luiz Valério

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Maior "Best-Seller" de Todos os Tempos


"Best-seller" é uma expressão da língua inglesa que expressa a popularidade de um livro através da quantidade de exemplares vendidos. A cada semana, jornais e revistas indicam uma lista com os sucessos editoriais daquele período.

No entanto, mesmo sendo um ranking em constante mudança, existe um livro que nunca sai do topo e é um best-seller permanente: a Bíblia.

A Escritura Sagrada é o impresso mais vendido do Planeta, tendo sido traduzido para cerca de 900 idiomas.

Desde 1549, o “Dia da Bíblia” é comemorado no segundo domingo de dezembro, em referência à importância da leitura do Livro Sagrado.

Atualmente, o “Dia da Bíblia” é celebrado por cristãos de todo mundo. No nosso país, solidificou-se a data com a criação da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em 1948.

Não posso terminar este texto sem agradecer a Deus por ter enviado a nós a Sua Palavra viva e poderosa. “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12).

Por André Soares

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Aos Sábios, Prudência!


Uma das maiores causas em que pessoas se metem em situações complicadas e difíceis na vida; e muitas delas infelizmente sem volta, é a falta de prudência. Quando ainda novo convertido, aprendi que é necessário sempre avaliarmos as situações antes de tomarmos decisões, principalmente se tal decisão pode mudar totalmente a vida de uma pessoa.

O que é prudência? Prudência é a virtude que leva o homem a conhecer e a evitar perigos ou inconveniências.

Porque será que as pessoas agem sem pensar? “Por não haver reflexão pode surgir um problemão”. Já soube de cada caso.... dos mais simples aos mais complexos: marido que compra um carro do nada sem comunicar a esposa, aparece com o carro e depois entra em dividas porque se precipitou; adolescentes que por necessidade de alguns minutos de prazer fornicam e aí então surge uma gravidez ou, em outros casos, alguma doença sexualmente transmissível, como a AIDS e a gonorréia... Muitos entram no mundo das drogas e não conseguem voltar; e a partir daí poderíamos citar muitas outras histórias. Quem sabe você poderia citar casos dentro de sua própria família, com amigos ou talvez uma experiência pessoal.

Há uma frase que diz: “A prudência é a irmã da sabedoria”. Está dito inclusive na bíblia: "Eu, a prudência, habito com a sabedoria..." (Provérbios 8:12). Outras frases e ditados populares também nos fazem refletir a respeito de quem toma decisões errôneas: “Viu? Isso que dá ficar dando murros em pontas de faca”; “Não disse? Agora não adianta chorar pelo leite derramado.” Jesus disse para Paulo que ainda era Saulo: “Saulo, Saulo, porque me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (Atos 26:14). E aí quero completar o que Tiago escreveu de forma tão simples em Tiago 1:5: “Se alguém necessita de sabedoria, peça-a a Deus...”.

Lembre-se, nosso coração é enganoso, portanto, se estiver precisando tomar uma decisão importante, ou se está prestes a entrar numa “roubada”, ainda há tempo. Pare, Pense. Reflita, depois tome a decisão. Claro que há decisões que são óbvias e você simplesmente deve evitar os maus caminhos, mas para não errar use a prudência. Seja sábio. Peça a Deus sabedoria para não tomar a decisões que podem prejudicar sua vida e a de terceiros no presente e no futuro.

"Não é bom proceder sem refletir, e peca que é precipitado" 
Provérbios 19:2

Por Paulo Berberth

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nós Somos Aquilo Que Comemos


Você já deve ter notado que há, ao seu redor, pessoas de todos os tipos de tamanhos e formas. Algumas pessoas usam roupas maiores com cores diferentes para tentar esconder ou disfarçar a forma pela qual eles olham nos olhos daqueles que os cercam. Alguns comem tudo o que querem, e parecem nunca mudar sua aparência, o seu tamanho; enquanto há outros que fazem um esforço imenso para cumprir um regime alimentar que deveria levá-los a perder peso, o que não acontece. Assim, a próxima vez que você ver uma pessoa obesa e começar em pensamento, a julgá-los, lembre-se, nem sempre podemos julgar um livro pela sua capa.
 
A comida com que nos alimentamos para nos mantermos vivos, no sentido físico, não é o assunto que quero abordar neste momento, pois a saúde espiritual de um cristão mais importa do que o seu ser físico. A menos que o Senhor volte, todos nós iremos morrer e a forma física que mantivemos aqui nesta terra, durante o tempo em que vivemos, não importará nem um pouco. Deus diz em 1 Samuel 16: 7; "O homem vê a aparência externa, mas o Senhor olha para o coração." É a manutenção do nosso coração, nosso bem-estar espiritual, que devemos estar preocupados. Tem sido dito: "Você é o que você come." Esse ditado pode se encaixar muito bem no reino espiritual.

Primeiro, nós devemos nos alimentar espiritualmente banqueteando-nos com a Palavra de Deus, a Bíblia. Em 2 Timóteo 2:15, lemos que devemos procurar apresentar-nos aprovados a Deus.

Se você quer a aprovação de Deus, estude a Sua palavra. Apenas certifique-se que você é aquele que age segundo a Palavra, e não apenas o ouvinte. Assim, você terá a aprovação do Senhor.

Se você quer uma dieta realmente espiritual, leia as palavras de Jesus que coloquei em amarelo. Tenha certeza de que estas palavras não são aquelas dietas da moda que não lhe satisfazem. Quando você fechar o livro, você se sentirá completo, mas você terá fome de mais, porque essa é a dieta que faz você se sentir e parecer melhor conforme você a vai digerindo. Jesus diz em João 6:63, que suas palavras são espírito e que elas são vida. Aí está o alimento espiritual que mantem o homem espiritual vivo!

Se você quiser ser um cristão exemplar, estude e faça o que a Bíblia ensina. Você se tornará o construtor do seu ser espiritual, você será forte, você terá resistência, e você atrairá pessoas até você. As pessoas vão querer saber o que você está comendo!

E falando em comer, frente à mesa do Senhor nós comemos o único alimento físico conhecido pelo homem que pode e nos nutri espiritualmente. Vamos nos ater a essas "palavras em amarelo", que mencionamos anteriormente e veja como. Em Mateus 26:26-28; Jesus, segurando o pão diz: "Tomai, comei, isto é meu corpo." E enquanto segura a taça, diz: "Bebei dele todos; porque isto é meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados." Fale sobre nutrição. Ter seus pecados remidos fazem você se sentir de que forma, e como você olha isso espiritualmente? Como obedecer a ordem do "faça isso" faz você se sentir, e como você olha isso espiritualmente? Como a sua confissão e o seu arrependimento, quando você examina a si mesmo, fazem você se sentir, e como você olha isso espiritualmente?

Em João 6:55, Jesus diz: "porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida." Sabemos que este alimento e essa bebida reais nos nutrem verdadeiramente de forma espiritual, porque Jesus também disse, no versículo 53, que: "se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos." É com alimento que nos mantemos vivos e, é esta verdadeira comida, Sua carne, e esta verdadeira bebida, o Seu sangue, que nos mantém vivos espiritualmente. Vamos lembrar que, deleitar-se em Sua palavra e sentar-se à Sua mesa de jantar andam de mãos dadas, ambas devem ser praticadas em sua vida espiritual. Precisamos ler o livro que vai junto com a dieta. Para que não esqueçamos que... Nós somos aquilo que comemos!

Por Stan Butler

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mas Nós Somos Homens!

Desde a morte do naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), a ciência tem-se multiplicado prodigosamente, inclusive no campo da Biologia. Entretanto, com a ciência também multiplicou-se o descrédito nas Escrituras Sagradas. 

O que ocorreu certa ocasião, no ministério de um missionário evangélico, ilustra bem essa realidade. Ao perguntar a dois estudantes se não queriam entregar-se a Jesus, recebeu uma resposta direta e repleta de arrogância: 
- Não, pastor, nós somos darwinistas; cremos na doutrina da evolução e não cremos no Evangelho. Cremos que descendemos do macaco. Mas o pastor não ficou devendo a resposta. Ele disse em alta voz:
-  Desculpem, desculpem, meus senhores! Deus me enviou a pregar aos homens, não aos macacos!

O que aconteceu aos estudantes? De noite, foram perturbados em sonhos com a aparência dos macacos. Os "parentes" revelaram-se no subconsciente. Começaram a meditar sobre sua genealogia. No culto seguinte, os dois não mais se sentaram na galeria do templo, mas no meio dos que piedosamente escutavam a pregação. Quando o missionário ia passando por eles, eles o chamaram:
- Que desejam os senhores? - perguntou o pregador.
- Queremos que o senhor ore por nós.
- Não posso. Deus me enviou a pregar o evangelho aos homens não aos macacos.
- Mas nós somos homens! - apressaram-se a dizer.

Logo o pastor estava ao lado dos estudantes, ajoelhado, em oração pela salvação deles. E Deus os salvou porque eram homens. A redenção feita por Jesus no Gólgota é válida para todos os homens.

É verdadeiro o ditado popular: "Quem semeia vento colhe tempestade". O mundo tem colhido, em abundantes safras, os maus frutos de todas as aberrações semeadas no passado, fatos que, no plano político, resultaram nos grandes males do comunismo e do nazismo.

A reação de uma estudante: O conceituado professor universitário Dr. Kenyon A. Palmer, por crer na possibilidade de ser uma pessoa cristã e, ao mesmo tempo, acreditar na Teoria da Evolução, foi, certo dia, diante da classe, vigorosamente contestado por uma aluna. Ele relata:

Era uma tarde, enquanto lecionava à minha classe, e o assunto da evolução estava a ser discutido, pedi a um dos alunos que fizesse uma leitura do livro que usávamos. Sabeis, é claro, qual a substância do que ele leu: que o homem evolui de uma simples célula, por meio de um processo de séculos, até a sua elevada posição atual.
 Logo que o jovem terminou a leitura e se sentou, ficamos todos eletrificados quando uma das alunas se levantou e disse: "Não acredito em uma palavra que o colega Dwight acaba de ler!".
Deviam conhecer essa menina para melhor poderem apreciar a nossa surpresa. Sem dúvida, ela era a mais acanhada de todas na classe. [...] Após termos nos recuperado do choque que essa trombeta de som bem definido produzira, ouviu-se um murmúrio por toda a classe, que abafei imediatamente. Disse então:
- Espero que todos sejam senhoras e cavalheiros para compreenderem que esta senhora tem tanto direito à sua opinião, como nós temos à nossa. Dirigindo-me, depois, a ela, disse-lhe:
- Talvez nos possa dizer qual a razão por que não acredita no que diz o nosso livro - ao que ela respondeu sem um momento de hesitação:
- Porque eu sou cristã!
- Cristã?! - exclamei, mal acreditando no que ouvia. O que isso tem a ver uma coisa com a outra? Eu creio nessa teoria. Não posso me considerar um cristão?
- Não, desde que o senhor crê em tal, pois não há como ser cristão acreditando nisso.
Aquela fora a primeira vez na vida em que alguém ousava por em dúvida o meu cristianismo, pelo que as palavras da jovem cortaram-me como uma faca afiada.
- Por que você duvida que eu seja um cristão? - perguntei-lhe, sem revelar o menor indício de ressentimento.
- Com as próprias palavras de Jesus Cristo - respondeu ela, sem timidez ou o menor do seu acostumado nervosismo.
- Mostre-me essas palavras! - gritei, zangado.
- Antes de-o fazer - continuou ela -  diga-me, por favor, quem foi que escreveu o livro de Gênesis.
- Moisés escreveu todo o pentateuco - respondi. O que tem uma coisa a ver com a outra?
- Exatamente isso - retrucou ela, imediatamente . O senhor pode pesquisar em cada linha que Moisés escreveu, e não encontrará sequer uma sílaba que ensine a doutrina da evolução. É impossível acreditar no que Moisés escreveu e acreditar, ao mesmo tempo, na evolução, visto que esses ensinos são diametralmente opostos um ao outro como os antípodas. Moisés ensinou que o homem foi criado à imagem de Deus e, devido ao pecado, caiu do seu estado elevado, e o único caminho pelo qual pode ser restaurado à comunhão com Deus é o novo nascimento. [João 3:3,7] 
- O senhor acabou de dizer à classe que acredita na evolução e crê, ao mesmo tempo, nos escritos de Moisés, enquanto o Senhor Jesus Cristo afirma claramente que se o Senhor não aceita Moisés, tampouco pode aceitá-lO [João 5:45b-47]. Assim, como pode o Senhor ser um cristão se não crê em Cristo?
[...] Podeis imaginar que alívio senti ao ouvir o toque da campainha, anunciando o fim da aula!
Mas, naquela noite, não pude dormir. Virei-me de um lado para o outro, a pensar acerca do que ouvira daquela jovem. [...] Foi a ousadia dessa aluna, ligada ao seu conhecimento das Escrituras, o que mais me impressionou. Eu sabia que ela possuía algo que eu não tinha, e como eu anelava por isso!
Assim, iniciei, pela primeira vez, uma verdadeira leitura da Bíblia. Para salvar a minha vida, não podia encontrar um único pilar onde me apoiar, visto que só tinha a meu favor o fato de ser membro da igreja e do serviço social. Quando li em Tito 3.5: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou" [...], caí de joelhos, implorando-Lhe misericórdia e, é claro, ao levantar-me, estava salvo. [Texto reproduzido na edição de março de 1964 da revista Novas de Alegria, Lisboa].

Teoria prejudicial: Evidentemente, não se pode crer na evolução e nas Sagradas Escrituras ao mesmo tempo, porque aquela não precisa de Deus nem para explicar o Universo nem para regenerar o ser humano. Se este, durante milênios, vem-se aperfeiçoando aos poucos, às custas de lentas e imperceptíveis mutações, um dia ele chegará à perfeição almejada dentro do próprio processo evolutivo.

Por tudo o que expusemos, percebe-se o quanto a teoria evolucionista é prejudicial, pelo fato de induzir os homens a rejeitarem, como anticientífica, a Bíblia, na qual a pessoa de Cristo, o Salvador do mundo, é-nos revelada. Essa é a infalível Palavra de Deus, identificada em Si mesma como a verdade (João 10:35; 17:17) divinamente inspirada, que não pode falhar, mas permanece para sempre (1 Timóteo 6:20; 2 Timóteo 3:16; 1 Pedro 1:23).

Por Pr. Abraão de Almeida
Artigo Revista Graça/ Show da Fé