segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Cuidado com as Dúvidas

Mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14.23).

Quando os discípulos chamaram a atenção do Senhor Jesus para o fato de que a figueira que Ele havia amaldiçoado secara das raízes até as folhas (Mateus 21.20,21), Ele aproveitou para ensinar os passos necessários que devem ser dados para fazer a obra divina: ter fé em Deus e não duvidar.

Jesus ordenou que tivéssemos fé em Deus (Marcos 11.22). Essa é a orientação divina para todos os nossos atos. Quem conclui que não possui a fé necessária precisa dar ouvidos à pregação da Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Romanos 10.17). Mas o que é a fé? A Bíblia declara que ela “é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11.1). Colocar a razão da sua esperança na igreja ou no pregador é um erro. 

A fé tem de estar depositada somente no Senhor. A dúvida, que é o oposto da fé, leva à condenação qualquer pessoa que a deixa existir em seu coração. Portanto, tenha cuidado para que a incerteza não esteja em seu interior, pois qualquer coisa que você faça duvidando irá condená-lo. Exemplo disso é a pessoa que se casou, mas não tinha certeza de que era a vontade do Senhor que se unisse àquele cônjuge. Também podemos ampliar esse entendimento para quem abre um estabelecimento comercial ou parte para qualquer empreendimento com dúvidas. Tudo o que fizermos com incerteza irá levar-nos à condenação. Havendo dúvida no coração, não faça, pois ela conduzirá você à derrota.

Ao nos advertir acerca dessa verdade, Deus mostra-nos o caminho único para as realizações verdadeiras – agir com fé. Alguém pode perguntar o que fazer para deixar de duvidar. O rei Davi disse que havia escondido a Palavra de Deus no coração para não pecar contra o Senhor (Salmo 119.11). Quem também fizer isso verá que a dúvida não mais residirá em seu coração.

Se você deseja ter fé, dê ouvidos à Palavra de Deus, tanto na pregação como na leitura das Escrituras. Assim, você conseguirá ouvir Deus, e, desse modo, uma certeza surgirá em seu interior. Isso é o que a Palavra de Deus diz que é a fé. 

Em seguida e sem duvidar, dê a sua ordem determinando que aquilo se torne real para você ou em você.

Em qualquer situação, leve o assunto a Ele em oração e espere Sua direção, a qual virá pela Palavra de Deus. Se a “lâmpada vermelha” for acesa, não vá. Se a “verde” acender, então, siga em frente em seu propósito. Se deixarmos, o Senhor irá guiar-nos em tudo. Tendo orado, não decida mais por você; deixe que o sinal de Deus o oriente. Com Ele, você acertará 100%.

O texto bíblico nos informa ainda que tudo o que não é proveniente da fé é pecado. Então, considere-se avisado e não mais caia nas armadilhas do inimigo. Se a certeza não lhe for dada, não assuma coisa alguma. Sem a fé presente, o melhor a fazer é esperar. Deixe que o Senhor lhe revele Sua vontade, Seu amor e lhe dê Sua sábia direção. Agindo assim, você jamais será parte do grupo dos condenados.

Por R.R. Soares

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ouvindo a Voz de Deus

"E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me." (Gênesis 3:10).

Ouvir a voz de Deus é a coisa mais doce que existe. Foi assim com Abraão (Gênesis 12:1-3), com Moisés (Êxodo 3:4; 20:1-12), com Samuel (I Samuel 3:4, 8, 10), com Saulo de Tarso (Atos 9:4-5). Quantas mensagens, quantos desafios, quanta orientação, quanto conforto e quanto amor demonstrados.

É bom estarmos alerta para ouvirmos a voz de Deus, que pode vir a nós de várias maneiras. Particularmente, lendo e meditando na Palavra. Deus tem projetos para nós. É preciso estarmos atentos.

Adão ouviu a voz de Deus porque a sua consciência já não estava em paz com o Pai. Adão tinha pecado. No seu íntimo, ele já não tinha paz com Deus. Foi aí que o Senhor veio ao seu encontro. "Adão, Adão, onde estás?" Deus bem sabia onde ele estava. Sabia que ele estava tolhido pelo pecado. Tinha-se escondido em meio às árvores, como se isso o pudesse esconder de Deus.

Deus sabe sempre onde estamos. Na verdade, só há dois lugares onde podemos estar - escondidos entre as folhas do pecado (nas árvores que mostram ainda mais a nossa nudez, o nosso estado de miséria) ou, então, estamos libertos, salvos, livres em Cristo, o Salvador.

Tu, onde estás? Na lama do pecado ou na liberdade que Cristo dá? Onde estás? Morto no pecado (Romanos 3:23; 6:23) ou salvo em Cristo e por Cristo Jesus, o Salvador? (Tito 2:4-5)

Adão estava em pecado (no pecado) e, por isso, quando ouviu a voz de Deus, pela viração da tarde, fugiu e escondeu-se. Teve medo de Deus. Tomou a pior opção. Aquela que, infelizmente, ao longo dos tempos, milhões e milhões têm tomado. Deus é um Pai misericordioso, pronto a perdoar e a abraçar-nos de novo. Não precisamos de ter medo. Temos que nos chegar a Ele, confessar-Lhe os nossos pecados, arrependidos e contritos, e crer no seu amor. Ele nos vestirá. Não com vestes de  peles de animais do campo, mas com vestes de glória, para podermos viver na Sua presença.

Não tema pelo pecado que te atormenta. Vá ao Pai pelo único Mediador entre Deus e os homens. Confesse seus pecados, arrepende-te, crê na graça de Cristo e medo do erro de ti se afastará, pois Cristo já venceu o pecado e a morte na Sua cruz de redenção.

Por Luís José Valério

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Deus Nos Propõe a Escolha Certa

A certeza de que Deus é a nossa salvação não é apenas teoria, é fato.

Deus toma por testemunha a própria criação, obra das suas mãos, para fazer uma maravilhosa afirmação: “Neste dia chamo o céu e a terra como testemunhas contra vocês. Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e morte, entre a benção e a maldição. Escolham a vida, para que vocês e seus descendentes vivam muitos anos.” (Deuteronômio 30:19 - NTLH). Ele ainda prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8).

Deus já fez a sua parte no que diz respeito a nossa salvação. Veja como: ele age fazendo uma proposta “[…] que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a maldição […] (RC)." 

Deus dá a possibilidade de escolha. Deus não aflige o homem para que escolha a vida, mesmo sendo a melhor opção, mas ao mesmo tempo mostra que só existem duas opções. Propostas e escolhas – aceitar ou não aceitar, o homem decide.

Para que possamos fazer uma escolha há sempre uma proposta. Alguém ou uma circunstância sempre vai ser o agente para que o homem decida por esta ou por aquela, e sabemos que o sucesso ou o insucesso depende da escolha feita, logo o SENHOR deixa claro que o seu sucesso ou o seu insucesso depende da escolha feita.

No princípio o homem não fez a escolha certa, foi desobediente ao Senhor e isso lhe custou muito caro: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Toda a descendência de Adão hoje sofre as consequências do erro de um.  Mas Deus lhe deu a oportunidade de escolha, a tradução da Bíblia Viva traduz os versículos 23 e 24 de Romanos 3 da seguinte maneira: “Sim, todos pecaram; todos fracassaram, e não puderam alcançar o glorioso ideal de Deus; no entanto, Deus nos declara agora “sem culpa” das ofensas que Lhe fizemos se confiarmos em Jesus Cristo, aquele que em sua bondade tira os nossos pecados gratuitamente”. Portanto: “escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente” (RC).

Deus como escolha certa: Isaías disse: “eis que o Senhor é a minha salvação” (Isaías 12:2). Josué fez escolha certa, ele disse: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais.” “Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15). No Salmo 119.11 está escrito: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti”.

O mundo como a escolha errada: Na palavra de Deus está escrito que há duas escolhas para o homem (Mateus 7.13 e 14) nos fala de duas portas e dois caminhos: a porta estreita e a larga, o caminho espaçoso e o apertado.

Jesus apresenta a porta estreita e o caminho apertado como sendo ele próprio. Ele disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida…” (João 14:6) - disse mais: “Eu sou a porta” (João 10:9).

Ele apresenta também a porta larga e o caminho espaçoso como sendo o mundo, ou o que ele oferece. Olhando para muitas coisas que o homem pode ter acesso nesse mundo, aparentemente, não se vê nada de errado que possa ser maléfico ao homem, mas a Bíblia diz: “Há certos caminhos que parecem perfeitos, mas quem segue por eles acabará encontrando a morte” (Provérbios 14:12).

Já sabemos qual é a escolha errada. E também o que ela pode causar. Segundo a palavra de Deus, ela pode causar a morte, a perda da salvação, lembre-se o que ele diz em Deuteronômio 30:19 “escolhe”. O que pode acontecer se a escolha for errada?

Jesus diz que a escolha errada leva à perdição (Mt 7:13) “porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição”. É importante entendermos que em alguns casos, ou na maioria deles, as escolhas erradas não trazem morte física imediatamente, mas sim, longos momentos de dor e sofrimento pelo sentimento de culpa. Às vezes, o homem pode pegar caminho sem volta.

O resultado da escolha certa: Não poderia ser outro senão desfrutar das graças de Deus em toda a sua plenitude. A começar pelo próprio contexto desta palavra. O Senhor deixa claro que, como o céu e a terra que você vê durante todos os dias da sua vida, assim é a sua promessa, quando ele diz: “escolhe a vida para que vivas.

Jesus disse que a escolha certa leva à vida, (Mateus 7:14), uma vida abundante.  “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10:10).

Em Deuteronômio 28, Deus fez promessas ao seu povo. Promessas de bênçãos em diversas áreas da vida. A palavra diz no versículo primeiro que você precisa ouvir a voz do Senhor, tendo o cuidado de guardar todos os seus mandamentos.

Portanto, meus amados, se seguirmos os conselhos do Mestre, a Bíblia diz no versículo 2 de Deuteronômio 28 que todas estas bênçãos virão sobre nós e nos alcançarão, quando fizermos a escolha certa. Lembrando: o principal propósito da escolha certa é para que você viva para sempre, é para que, além das bênçãos presentes, você possa desfrutar da plenitude do amor de Deus no reino vindouro.

Que o Espírito Santo que Deus enviou a nós por intermédio do Senhor Jesus Cristo lhe dê sabedoria para fazer a escolha certa nos momentos de decisões importantes.

Por Carlos Roberto Azevedo

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Medo da Morte

Conta-se uma história no Brasil sobre um missionário que descobriu uma tribo de índios numa área remota da floresta. Eles moravam perto de um grande rio. A tribo era amigável e carecia de atenção médica. Uma doença contagiosa estava devastando a tribo e pessoas morriam diariamente. Havia uma enfermaria localizada numa outra parte da floresta e o missionário percebeu que a única esperança para a tribo era se deslocarem até a enfermaria para tratamentos e vacinações. Para chegar ao hospital, porém, os índios teriam que atravessar um rio – uma façanha que eles não estavam dispostos a realizar.
Os índios acreditavam que o rio era habitado por maus espíritos. No entendimento deles, entrar na água seria morte certa. O missionário se dedicou à tarefa difícil de convencê-los a entrarem no rio.

Ele explicou como ele havia atravessado o rio e chegou tranquilo. Os índios não acreditaram. Ele levou o povo ao rio e colocou sua mão na água. As pessoas ainda não acreditaram nele. Ele andou nas águas do rio e jogou água em seu rosto. As pessoas olharam atentas, mas ainda hesitaram. Finalmente, ele virou e mergulhou na água. Ele nadou debaixo da superfície até que saíu do outro lado. Tendo provado que o poder do rio era uma farça, o missionário socou o ar com punho triunfante. Ele havia entrado na água e escapou. Os índios clamaram em alegria e o seguiram para o outro lado do rio.

Jesus viu pessoas escravizadas pelo medo de um poder falso. Ele explicou que o rio da morte não era nada para se temer. As pessoas não acreditaram. Ele tocou um menino e o chamou de volta à vida. Os seguidores ainda não foram persuadidos. Ele sussurrou vida para o corpo de uma menina morta. As pessoas ainda continuaram céticas. Ele deixou um homem morto passar quatro dias no túmulo e daí, o chamou para sair. Será que foi o suficiente? Aparentemente não. Pois era necessário que ele entrasse no rio, submergisse nas águas da morte, até que as pessoas acreditassem que a morte havia sido derrotada. 

Mas, depois que ele o fez, depois que ele saiu do outro lado do rio da morte, era hora de cantar... Era hora de celebrar.

Por Max Lucado

terça-feira, 1 de julho de 2014

Um Amigo de Fato

"Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo." (Mateus 26:38)

Você sabia que, às vezes, a melhor coisa que se pode fazer por alguém que está sofrendo é estar com ela?

Quando eu era um jovem pastor, tinha algum sermão para todo mundo. Mas de lá para cá estive com muita gente que passou por alguma tragédia ou perda e percebi que nem sempre essas pessoas precisam de sermão.

Muitas vezes, elas precisam é de um amigo. Não precisam que alguém diga: "Sei pelo que está passando", ou "Talvez o motivo seja o seguinte..." Precisam de alguém que as ame, que ore por elas, e que chore com elas por causa da grande sensação de perda que estão experimentando.

Jesus experimentou a solidão. Experimentou angústia. No Jardim do Getsêmane, pediu a Pedro, Tiago e João que simplesmente estivessem lá com Ele.

Mas Mateus 26:56 nos conta que pouco tempo depois "todos os discípulos, deixando-o, fugiram". Daí, no que foi talvez o momento mais solitário de Sua vida, Ele clamou da cruz: "Eli, Eli, lemá sabactâni?" que significa: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27:46).

Muitos acreditam que nesse momento Deus derramou os pecados da humanidade sobre Seu Filho impecável. Quando o Pai Celeste, que é santo, virou a Sua face, Jesus ficou momentaneamente separado d'Ele. Nessa hora, Jesus experimentou uma solidão profunda como jamais experimentamos.

Por isso, da próxima vez que você se sentir deprimido, que se sentir incompreendido, da próxima vez que parecer que seus amigos o abandonaram, saiba disto: Jesus passou por isso. Ele sabe como é. E Ele nunca lhe deixará nem lhe abandonará.

Por Greg Laurie

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Um Toboágua Chamado Insanidade

Em Fortaleza está localizado o maior parque aquático da América Latina e nele está o maior toboágua do mundo, o qual possui 41 metros de altura e se chama “Insano”. Não poderia se ter dado nome melhor para esse brinquedo, pois os 41 metros equivalem a um prédio de 14 andares, nele a pessoa desce a 105 km/h. É muita adrenalina. Lá do topo você enxerga uma piscina minúscula te esperando e durante a queda seu corpo descola da prancha.

Tem muita gente que quando chega lá em cima se desespera, quer voltar, mas o incentivo dado pelas outras pessoas da fila – que estão preocupadas mais com a queda do que com o estado psíquico da pessoa – faz com que em meio aos gritos a mesma se jogue. Depois de 5 segundos, quando já estão dentro da piscina,  muitos querem ir de novo, outros dizem que não vão nunca mais, mas muitos que foram uma vez, voltam sempre.

Não vim fazer propaganda de parque aquático, mas vim falar sobre insanidade. O sinônimo de insano é loucura e insensatez, é se opor à razão e agir deixando de lado o bom senso. Isso acontece com quem desce o toboágua, deixa a razão de lado e se entrega à adrenalina. Mas sabia que existem outros toboáguas iguais ou maiores do que esse em cada um de nós?

Todos enfrentamos dificuldades em alguma área de nossa vida. Cometemos pecados que nos afastam de Deus, pecados que não queremos cometer, mas de forma insana os repetimos sempre.

Às vezes eu me sinto no topo do toboágua, olhando para o pecado e pensando se me jogo ou não. Aí, nessa hora, eu não consigo dar ouvidos à minha razão e não consigo olhar para Deus que está acima, mas só consigo olhar e dar ouvidos às pessoas que estão ao redor, pessoas insanas que irão se jogar depois de mim, pessoas que não querem que eu recue, elas querem ver minha queda, pois precisam dela para justificar sua insanidade.

Muitas vezes sabemos o erro que iremos cometer, mas não temos força para vencê-lo e mostrar aos outros que recuar é a melhor saída. Preocupamo-nos tanto com a nossa aparência para agradarmos quem está ao lado, que deixamos de lado quem está acima de nós. É aquela dose a mais na mesa, aquela experimentada no cigarro ou no pó, aquela olhada na mulher que está passando ou no site proibido, enfim, são várias as situações que sabemos que não vão dar certo se continuarmos, mas insistimos.

Certa vez estava com a minha esposa dirigindo em uma rodovia quando levei um “tranca” de um caminhão, de forma insana e vingativa eu coloquei meu pequeno carro na frente e freei, só para fazer raiva ao motorista. Insano não? E se ele não freia?

E quando não há ninguém do lado incentivando? E quando não se há motivo? E quando estamos sozinhos? Porque mesmo assim me jogo do toboágua?

Existe uma outra definição para insano que li em um manual do Celebrate Recovery, escrito por Rick Warren e John Baker, que diz que Insanidade é fazer a mesma coisa repetidas vezes, esperando que o resultado seja diferente.

Isso acontece muito quando estamos sozinhos. Olhamos para o pecado e achamos que pela nossa própria força poderemos vencê-lo, aí arriscamos mais uma vez e justificamos dizendo para nós mesmos que essa será a última vez. Será mesmo?

O apóstolo Paulo nos ensina que se estamos em Cristo somos nova criatura, as coisas velhas passaram e tudo será novo, mas se é assim, porque as coisas velhas ainda permanecem? O problema é que queremos que tudo seja novo, mas não queremos estar em Cristo, não deixamos ele ser a roda do nosso carro, mas o deixamos como estepe, e só corremos até Ele quando precisamos mesmo, quando não há nem borracharia ao lado para socorrer.

Gosto muito de uma frase de Rick Warren que diz: “Sempre haverá uma luta entre a carne e o espírito; vencerá aquele que for melhor alimentado.”

Em 1 Coríntios 10:13 Paulo diz: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.”

Deus nos traz à memória o escape, que é Ele mesmo, o único que pode nos dar força para recuar, para desistir do toboágua e naquele dia não se jogar.

Quer fugir da insanidade e manter uma vida sensata? Confie em Deus e se jogue nEle, pois é Ele quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Filipenses 2:13). E somente Ele pode ser o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxiliando-nos sempre na adversidade (Salmos 46:1).

Portanto, quando estiver no topo do toboágua, não olhe para baixo (pecado), não olhe para o lado (os insanos), olhe para cima (Deus) e confie nEle. Somente nEle.

Quem teme ao homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro” (Provérbios 29:25).

Por Euriano Sales

terça-feira, 24 de junho de 2014

A Fé Verdadeira

Muitos querem uma fé que lhes deixem imunes dos problemas, das provações e das lutas, mas não foi isso que o mestre Jesus Cristo prometeu aos Seus discípulos.

"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33). 

Por termos uma visão errada da funcionalidade da fé, perdemos em cada adversidade a oportunidade de nos tornar pessoas estáveis, constantes e confiantes. 

Nunca esqueça: a sua fé é mais preciosa do que o ouro e pelas provações é provada e fortalecida.

Por Irismar Oliveira

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Cruz é uma Coisa Radical

"Disse-lhes Jesus: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me" (Marcos 8:34).

A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Depois que Cristo ressurgiu dos mortos, os apóstolos saíram a pregar a Sua mensagem, e o que pregaram foi a cruz. E por onde quer que fossem pelo mundo, levavam a cruz, e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de perseguidor dos cristãos em um terno crente e um apóstolo da fé. Seu poder transformou homens maus em bons. Sacudiu a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo ocidental.

Fez tudo isso, e continuou a fazê-lo enquanto se lhe permitiu permanecer como fora originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudado de uma coisa de morte para uma coisa de beleza. Quando os homens fizeram dela um símbolo, penduraram-na nos seus pescoços como ornamento ou fizeram o seu contorno diante dos seus rostos como um sinal mágico para protegê-los do mal, então ela veio a ser, na sua melhor expressão, um fraco emblema, e na pior, um inegável feitiço. Como tal é hoje reverenciada por milhões que não sabem absolutamente nada do seu poder.

A cruz atinge os seus fins destruindo o modelo estabelecido, o da vítima, e criando outro modelo, o seu próprio. Assim, ela tem sempre o seu método. Vence derrotando o seu oponente e lhe impondo a sua vontade. Domina sempre. Nunca se compromete, nunca faz barganhas, nunca faz concessão, nunca cede um ponto por amor da paz. Não se preocupa com a paz; preocupa-se em dar fim à sua oposição tão depressa quanto possível.

Com perfeito conhecimento disso tudo, Cristo disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”. Assim a cruz não só põe fim à vida de Jesus; termina também a primeira vida, a velha vida, de cada um dos seus seguidores verdadeiros. Ela destrói o velho modelo, o modelo de Adão, na vida do cristão, e lhe dá fim. Então o Deus que levantou a Cristo dos mortos levanta o cristão, e uma nova vida começa.

Isto, e nada menos que isto, é o cristianismo verdadeiro, embora não possamos senão reconhecer a aguda divergência que há entre esta concepção e a sustentada pelo tipo comum de cristãos hoje. Mas não ousamos qualificar nossa posição. A cruz ergue-se muito acima das opiniões dos homens e a essa cruz todas as opiniões terão que vir afinal para julgamento. Uma liderança artificial e mundana gostaria de modificar a cruz para agradar os homens maníacos por entretenimento, que querem divertir-se até mesmo com coisas santas; fazê-lo, porém, é cortejar a tragédia espiritual e arriscar-se à ira do Cordeiro feito Leão. 

Temos que fazer alguma coisa quanto à cruz, e só podemos fazer uma destas coisas: fugir ou morrer nela. E se formos tão temerários que fujamos, com esse ato estaremos pondo fora a fé vivida por cristãos no passado e faremos do cristianismo uma coisa diferente do que é. Neste caso, teremos deixado somente o vazio linguajar da salvação; o poder se irá juntamente com a nossa partida para longe da verdadeira cruz. 

Se somos sábios, faremos o que Jesus fez: suportaremos a cruz e desprezaremos a sua vergonha pela alegria que está posta diante de nós. Fazer isto é submeter todo o esquema da nossa vida, para ser destruído e reconstruído do poder de uma vida que não se acabará mais. E veremos que é mais que poesia, mais que doce hinologia e elevado sentimento. A cruz cortará fundo as nossas vidas onde fere mais, não nos poupando nem a nós mesmos nem as nossas reputações cultivadas. Ela nos derrotará e porá fim às nossas vidas egoístas. Só então poderemos elevar-nos em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida totalmente novo, livre e cheio de boas obras.

A modificada atitude para com a cruz que vemos na ortodoxia moderna prova, não que Deus mudou, nem que Cristo afrouxou a sua exigência de que levemos a cruz; em vez disto, significa que o cristianismo corrente desviou-se dos padrões do novo testamento. Para tão longe nos desviamos que nada menos que uma nova reforma restabelecerá a cruz em seu lugar certo na teologia e na vida da Igreja.

Por A. W. Tozer

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cicatrizes

Há alguns anos, em um dia quente de verão um pequeno menino decidiu  ir nadar no lago que havia atrás de sua casa.

Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água.

Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro. Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia.

Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro sua mãe.
Mas era tarde. Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.

A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés. Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixa-lo ir.

Um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré.

De forma impressionante, após semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava.

Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés.

E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter: "Mas olhe em meus braços. Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também. Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir."

Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática. Mas as cicatrizes de um passado doloroso.

Algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor. Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir. E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando.

Se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando- lhe suas unhas para não te deixar ir.

Lembre-se do jacaré e muito mais Daquele que, mesmo em meio a tantas lutas, nunca vai te abandonar e, certamente, vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.

Autor Desconhecido

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sábia Escolha

Há jovens que pensam que vão ser sempre jovens. Sempre fortes, sempre prontos para uma resposta rápida, sempre na plenitude de todas as suas faculdades, sempre capazes de tudo. A verdade, contudo, é bem diferente. Hoje aparecerão umas rugas, amanhã uns cabelos brancos, mais tarde esquecimentos esporádicos e, quando ainda pensam na juventude, já passaram pela maturidade e estão entrando na velhice.

O tempo voa. Passa tão rapidamente que nós nem damos pela sua passagem, tão ocupados estamos com as coisas desta vida - o curso universitário, o emprego, o casamento, com todas as suas alegrias e problemas; a chegada dos filhos, e mais alguns problemas. O tempo passou, vieram os netos, nós sempre ocupados e às vezes, esquecidos do principal - lembrarmo-nos do nosso Criador para adorar, amar e O servir.

O sábio Salomão, consciente de como a vida é breve, exortou: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento" (Eclesiastes 12:1).

Jovem, lembra-te do teu Criador enquanto és novo, pois amanhã serás velho, irás morrer e, olhando para trás, nada verás. A mocidade é o tempo oportuno para lembrarmos do Criador e investirmos a sério nossa comunhão - para a glória do Seu Nome. 

Levante-se, lance "o teu pão sobre as águas" (Eclesiastes 11:1), faça o que é bom e escolha - como guia da sua vida - Deus, o teu Criador. Ele sabe o que você deve fazer e como fazer. Busque agora a Sua orientação, antes que seja tarde! Antes de tremerem as "colunas da casa" (pernas), antes que cessem os moedores (dentes), antes que se escureçam os teus olhos, antes que se quebre a "cadeia da porta" (cérebro), antes que o pó volte ao pó, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu (morte). Faça a tua obra com alegria e entrega completa, conforme o Pai quer.

Aproveite sua juventude, sua maturidade e a sua vida para servir ao Senhor com todo o teu coração e no tempo próprio. Ele te dará a recompensa!

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Coríntios 15:58).

Por Luís José Valério

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Conhecendo a Vontade de Deus

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:1-2).

Em Romanos 12:1-2 encontramos uma das chamadas "promessas condicionais". A promessa ali contida é a de que você pode saber qual é a perfeita vontade de Deus para sua vida. E, as condições são: apresentar-se a Deus; e, não se conformar com este mundo.

Observe bem a ordem estabelecida ali. Primeiro, você tem que se oferecer como um sacrifício vivo; para, em seguida, conhecer a vontade de Deus. Temos a tendência a querer fazer exatamente o contrário: primeiro saber a vontade de Deus, para depois decidir se queremos ou não nos entregarmos a Ele.

Isso me faz lembrar de quando o meu filho Jonathan era pequeno. Minha esposa costumava perguntar a ele: "Jonathan, você está com fome?"

Muitas vezes, a resposta era: "O que você está cozinhando?" Se fossem legumes, ele não estaria com fome naquele momento em particular. Mas, se fosse sorvete, ele estava sempre morrendo de fome.

Da mesma forma nós dizemos muitas vezes,: "Senhor, qual é a Sua vontade? Antes que eu me entregue a ela, gostaria de saber no que é que estou me metendo." Mas Deus pode dizer-lhe algo que você não goste de ouvir. A questão é:

- Você ainda assim faria o que Ele manda?

A condição de uma mente iluminada é um coração entregue. Se você quer saber a vontade de Deus, deve ter um coração entregue. Apresente-se a Ele. Depois, aceite a Sua vontade, não importando o que lhe aconteça.

Por Greg Laurie

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pela Alegria Que Lhe Estava Proposta

"Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" (Hebreus 12:2).

Ao ler este versículo e a expressão "pelo gozo que lhe estava proposto", ou simplesmente "pela alegria que lhe estava proposta", eu pensei em quão vergonhosa a cruz deveria ser e quanto Jesus deve ter desprezado o que ele ia ter de suportar. Perguntei a mim mesmo como Ele poderia ter alguma alegria na própria morte. Descobri três razões pelas quais creio que, pela alegria que estava proposta, ele sofreu por nós.

1. Ele se alegrou em nos tirar da servidão maligna: "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue [eu e você], também ele participou das mesmas coisas [fazendo-se Deus carne], para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão." (Hebreus 2:14-15).

2. Em Lucas 15:4-7, Jesus conta a parábola da ovelha perdida e sobre o pastor que deixou suas noventa e nove ovelhas em busca da centésima, que havia sumido. Quando o homem achou a ovelha que havia se perdido, ele chamou todos os seus amigos e parentes para que pudessem se alegrar com ele. Jesus simbolizou este ato como o sentimento que o Pai tem ao perder um de seus filhos, e a alegria que sente por um pecador que se arrepende. Em seguida, sem perder o ritmo e no mesmo fôlego, em Lucas 15:8-10, Jesus contou a parábola da mulher das dez moedas de prata. A mulher da parábola, que havia perdido uma de suas moedas, procura diligentemente até encontrá-la; e, quando a encontra, chama seus amigos para se alegrarem com ela. Ele fala ainda sobre o regozijo que acontece na presença dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. 

Duas parábolas foram utilizadas para ilustrar uma mesma coisa: a alegria no céu (onde Jesus está agora) sobre todos aqueles que se tornam cristãos.

3. No Salmo 23, Davi dispõe sobre a comunhão e a alegria eterna que teremos quando encontrarmos com Deus. No versículo 6, o salmista diz que moraremos na casa do Senhor por todos os dias de nossas vidas (NTLH). A "casa do Senhor" é o céu, Jesus é o "Senhor", e "todos os dias de nossas vidas" é para sempre. Você já se perguntou que tipo de alegria seria essa? Davi responde a essa questão no Salmo 16, versículo 11, onde ele escreve: "Na tua presença há fartura de alegrias." 

Quando pensamos sobre o céu, imaginamos o presente maravilhoso que receberão os corpos glorificados no retorno de Cristo. Maravilhoso será o dia em que desfrutaremos da presença do Deus Todo-Poderoso!

E então, qual o motivo da alegria de Jesus? A alegria de acabar com a escravidão do Império da morte, a alegria por cada alma que é adicionada à sua Igreja e a alegria que nós - Jesus e todos nós - dividiremos para sempre e por toda a eternidade. Esta é a alegria que lhe estava proposta!

Na cruz onde Ele sofreu, Ele derramou Seu sangue. Foi nessa mesma cruz, aparentemente vergonhosa, mas não para Ele, que Cristo ofereceu seu corpo. E é na mesa do Senhor que Ele nos oferece a oportunidade de participar do Seu corpo e sangue para a remissão dos nossos pecados (1 Coríntios 10:16; Mateus 26:28). 

Diga-me: "Quem pode recusar um convite como este?"

Por Stan Butler

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Amor de Deus e o Amor de Mãe

Mães: Por que vocês amam seus recém-nascidos? Eu sei, eu sei; é uma pergunta boba, mas me desculpem. Por quê?

Durante meses, esse bebê lhe trouxe sofrimentos. Ele lhe deixou cheia de espinhas e a fez gingar como uma pata. Por causa dele, você suspirou por sardinhas e torradas, e saiu devolvendo tudo pela manhã. Ele lhe chutou a barriga. Ele ocupou um espaço que não era dele, e comeu alimentos que não preparou.

Você o manteve aquecido. Você o manteve seguro. Você o manteve alimentado. Mas será que ele agradeceu?

Você está brincando? Mal saiu da barriga, já começou a chorar! O quarto é muito frio, o cobertor é muito áspero, a babá é muito ruim. E quem ele quer? A mamãe.

Você nunca tira uma folga? Quer dizer, quem fez todo o trabalho nos últimos nove meses? Por que o papai não pode assumir? Mas não, papai não vai assumir. O bebê quer a mamãe.

Ele nem lhe disse que estava chegando. Simplesmente veio. E que chegada! Ele a transformou numa selvagem. Você gritou. Você praguejou. Você cerrou os dentes e rasgou os lençóis. E veja só como você está agora. Suas costas doem. A cabeça lateja. Seu corpo está molhado de suor. Todos os músculos retorcidos e estirados.

Você devia estar brava. Mas está?

Longe disso. Em seu rosto, há um amor maior que a eternidade. Ele não fez nada por você; mas você o ama. Ele trouxe sofrimento para seu corpo e náuseas para suas manhãs, mesmo assim, é o seu tesouro. O rosto dele é enrugado e os olhos turvos; apesar disso, você só consegue falar da boa aparência e do futuro brilhante dele. Ele vai acordá-la todas as noites nas próximas seis semanas, mas isso não importa. Vejo isso no seu rosto. Você é louca por ele.

Por quê?

Por que a mãe ama o recém-nascido? Por que o bebê é dela? Mais que isso. É o sangue dela. É a carne dela. Os tendões dela e a espinha dela. É a esperança dela. É o legado dela. Não importa que o bebê não dê nada a ela. Ela sabe que o bebê recém-nascido é indefeso, fraco. Ela sabe que os bebês não pedem para vir ao mundo.

E Deus sabe que também não pedimos.

Somos ideia dele. Somos dele. Seu rosto. Seus olhos. Suas mãos. Seu toque. Olhe bem no rosto de cada ser humano sobre a terra, e você verá que é semelhante a Ele. Embora alguns pareçam parentes distantes, não o são. Deus não tem sobrinhos, só filhos.

Somos, por incrível que pareça, o corpo de Cristo. E mesmo que não ajamos como o Pai, não há maior verdade que esta: somos d'Ele. Inalteravelmente. Ele nos ama. Infinitamente. Nada pode separar-nos do amor de Cristo (Romanos 8:38-39).

Se Deus não tivesse dito essas palavras, eu seria louco, escrevendo-as. Mas já que Ele o disse, eu seria um louco se não as cresse. Nada pode separar-nos do amor de Cristo.

Por Max Lucado

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Se Não Mexer, Endurece!

Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” (Hebreus 3.13).

Sabemos que vivemos em um mundo que jaz no maligno (1 João 5.19). Sendo assim, o cristão precisa se cuidar diariamente para não ser levado pela correnteza que é contrária. E o que fazer? Segundo o autor de Hebreus, precisamos a cada dia exortar - cuja tradução mais simples é advertir - um ao outro a fim de não endurecermos. Ora, entendo que ninguém gosta de ser advertido todos os dias. Se tivermos um amigo, um pastor ou líder, que todos os dias nos fala a mesma coisa; geralmente somos tentados a evitar esta pessoa, mas precisamos entender que muitas vezes, Deus usará tais pessoas para nos advertir, a fim de que não endureçamos.

Um dia sem correção, sem meditação, sem contato com a Palavra, será suficiente para tornar nosso coração mais rígido, e quanto maior for a ausência, mais duro ele se tornará. É semelhante ao mingau de aveia que a dona de casa faz no fogo; um minuto sem mexer, criará bolhas ou pelotas, estragando assim o resultado final. Tem de mexer o tempo todo. Um dos grandes males que assolam as igrejas em nossos dias, é a aversão que as pessoas tem de serem exortadas. Nossa sociedade tem se tornado amante apenas de palavras agradáveis, mas rejeitam tudo o que é correção, tornando assim os corações endurecidos. Portanto meu querido leitor, não se revolte contra as advertências, antes creia que, quanto mais a Palavra fala consigo, mais maleável e mais tratável seu coração se tornará ao Espírito Santo.

"Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade." (2 Pedro 1 : 12).

Por Leandro Machado

terça-feira, 20 de maio de 2014

Seguindo a Deus de Perto

"A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta" (Salmos 63:8).

Procuramos a Deus porque, e somente porque, Ele primeiramente colocou em nós o anseio que nos lança nessa busca. “Ninguém pode vir a mim”, disse o Senhor Jesus, “se o Pai que me enviou, não o trouxer” (João 6:44), e é justamente através desse trazer proveniente, que Deus tira de nós todo vestígio de mérito pelo ato de nos achegarmos a Ele. O impulso de buscar a Deus origina-se em Deus, mas a realização do impulso depende de O seguirmos de todo o coração. E durante todo o tempo em que O buscarmos, já estamos em Sua mão: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o SENHOR o sustém com a sua mão” (Salmos 37:24).

A doutrina da justificação pela fé – uma verdade bíblica, e uma bênção que nos liberta do legalismo estéril e de um inútil esforço próprio – em nosso tempo tem-se degenerado bastante, e muitos lhe dão uma interpretação que acaba se constituindo um obstáculo para que o homem chegue a um conhecimento verdadeiro de Deus.

O milagre do novo nascimento está sendo entendido como um processo mecânico e sem vida. Parece que o exercício da fé já não abala a estrutura moral do homem, nem modifica a sua velha natureza.
É como se ele pudesse aceitar a Cristo sem que, em seu coração, surgisse um genuíno amor pelo Salvador. Contudo, o homem que não tem fome nem sede de Deus pode estar salvo? No entanto, é exatamente nesse sentido que ele é orientado: conformar-se com uma transformação apenas superficial.

É uma tragédia que, nesta época de trevas, deixemos só para os pastores e líderes a busca de uma comunhão mais íntima com Deus.

Agora, tudo se resume num ato inicial de aceitar a Cristo, e daí por diante não se espera que o convertido almeje qualquer outra revelação de Deus para a sua alma. Estamos sendo confundidos por uma lógica espúria que argumenta que, se já encontramos o Senhor, não temos mais necessidade de buscá-lo.

Quando o Senhor dividiu a terra de Canaã entre as tribos de Israel, a de Levi não recebeu partilha alguma. Deus disse-lhe simplesmente: “Eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel” (Números 18:20b), e com essas palavras tornou-a a mais rica que todas as suas tribos irmãs, mais rica que todos os reis e rajás que já viveram neste mundo. E em tudo isto transparece um principio espiritual, um principio que continua em vigor para todo sacerdote do Deus Altíssimo.

O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas n'Ele. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa - Deus de maneira pura, legítima e eterna.

Por A.W. Tozer

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Pela Excelência

"E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo" (Filipenses 3:8).

Conheci Jesus há 63 anos. Deixei para trás todas as coisas que poderiam tornar feliz um jovem de 16 anos, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, e estou felicíssimo. Jesus nunca me faltou com nada. É certo que sofri tentações, provações de toda a ordem, mas, em todas elas, Jesus supriu as minhas faltas, tornando-me vencedor pelo Seu Nome (Filipenses 4:13).

Nós, os cristãos de fato (não por tradição), temos a mensagem mais importante a respeito da vida presente e da vida futura. Temos a excelência do conhecimento de Cristo. Sabemos que Ele é Deus conosco, Deus que veio buscar e salvar os que se haviam perdido. Sabemos que Ele consumou a nossa salvação na cruz, morrendo pelos nossos pecados. Sabemos que Ele ressuscitou dos mortos e que está vivo para salvar os que n'Ele crerem.  Sabemos que Ele voltará para levar para Si os que são Seus filhos, pela lavagem da regeneração do Espírito Santo.

Que conhecimento tão excelente este que temos de Cristo Jesus, nosso Senhor! Sabemos que Ele é Deus eterno, santo, poderoso, omnipresente, omnisciente, auto-suficiente, verdade, justiça e amor. Ele é amor. Gosto de pensar neste atributo do meu Deus, que não significa que Ele passa pelo pecado, mas que Ele ama a ponto de perdoar todo tipo de pecado.

Ele ama a todos os homens e mulheres e quer salvar a todos, mas, verdadeiramente, só salva os que n'Ele crerem, porque foi por isso que Ele morreu na cruz. Ele é o salvador dos que n'Ele creem. Você crê nisto?

Também temos o conhecimento de que devemos espalhar por todo o mundo que Ele já consumou, pela Sua morte, a salvação de todos os homens. Nada mais há a fazer, basta que creiamos.

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim"(Gálatas 2:20).

Por Luiz José Valério

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Preço do Comprometimento

"Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia" (1 Reis 19:21).

Quando Elias jogou seu manto, ou sua capa sobre Eliseu, foi um gesto simbólico querendo dizer: "Estou passando o meu chamado para você."

A partir de algumas informações encontradas em 1 Reis 19, descobrimos algumas coisas sobre Eliseu. Em primeiro lugar, sabemos que ele era um homem relativamente rico e veio de uma familia rica.

Como sabemos isso? Porque a Bíblia diz que ele tinha 12 juntas de bois. Naqueles dias, possuir um par de bois significava que você estava muito bem de vida. Para ter 12 significava que você tinha uma considerável área cultivada. Para Eliseu, seguir a Elias não significava uma vida fácil.

O convite de Elias não era para uma vida de lazer ou de um caminho fácil. A vida de Elias era dura. Ele tinha muitos inimigos. Tinha pessoas que o odiavam, sendo a mais conhecida delas a rainha Jezabel. Para Eliseu seguir a Elias significaria que ele teria os mesmos inimigos. As mesmas pessoas que odiavam Elias agora o odiariam.

Muitas pessoas ficam surpresas ao descobrir que a vida cristã não é um parque, mas um campo de batalha. O dia em que você decide seguir a Jesus Cristo, você começa a enfrentar a oposição do diabo. Ele não quer que você cresça espiritualmente. Ele não quer que você ande para a frente. Por isso, ele vai usar todas as cartas que tem na manga para tentar puxá-lo para trás.

Devemos reconhecer que, para seguir a Cristo há um preço a se pagar. Podemos perder alguns amigos. Podemos ter que desistir de algumas coisas. Pode ser difícil às vezes; mas, certamente vale a pena.

Por Greg Laurie

terça-feira, 6 de maio de 2014

Refúgio

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da manhã" (Salmos 46:1-5).

Começamos mais um dia como? Mal abrimos os olhos e já vem a nossa mente a enxurrada de obrigações e afazeres. Horários, noite mal dormida, compromisso que requer atenção, filhos... Não digo para fazer de conta que não temos nada a fazer, mas você se lembrou de agradecer, assim que acordou; pela sua vida, pela noite de sono, pelo teto que te abrigou, e por mais um dia, por os pés no chão e levantar?

Este mundo doido fatalmente nos condiciona a viver no 'automático': acordamos, nos arrumamos correndo, tomamos café, deixamos os filhos na escola, vamos falando ao celular no trânsito, almoçamos... E quando vemos, foi-se mais um dia.

E Deus? No meio de tantos afazeres, lembramos dEle em alguma parte de tantas obrigações? Ele estava ao seu lado por todo o dia, em tudo, mas sequer, em algum período do dia, você se aquietou, sem que fosse pra pedir alguma coisa ou se achar merecedor de pena ou piedade, somente pra ouvir a Sua voz, sentir o Espírito Santo ministrar ao seu coração, e simplesmente conversar com o Pai? Será que estamos dando o tempo e atenção devidas a quem realmente merece?

Crer que Deus é o nosso refúgio, fortaleza, auxílio, braço forte... é uma situação. Nada nos impede de esperar isso de Deus. Deixar realmente Ele ser isso é outra coisa totalmente diferente. Não se lembre de Deus somente quando a batata estiver assando pro seu lado. Não se lembre de orar e esperar alguma coisa no momento de desespero ou quando você não vê solução pra alguma situação.

É aí que está a diferença. Ter Deus como seu tudo, em primeiro lugar, te mostrará que o 'grande problema' não é nada quando estamos com o Senhor em primeiro lugar. O resto, passa a ser resto, literalmente. O que era importante, passa a ser secular, pois Deus, esse sim, tem de ser o seu primeiro fôlego, o seu primeiro sorriso, o seu primeiro impulso de força.

Louve a Deus ao seu primeiro abrir de olhos pela manhã, ao último ao se deitar á noite. Você terá a certeza de viver um Deus que realmente é o seu refúgio e a sua fortaleza.

Por Marcelo Targon

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Volte Para Casa

A prática de usar coisas terrenas para esclarecer verdades celestiais não é uma tarefa fácil. Todavia, ocasionalmente, encontramos uma história, uma lenda ou fábula que transmite uma mensagem tão exatamente como centenas de sermões e com uma criatividade dez vezes maior. Esse é o caso da leitura abaixo. Eu a ouvi contada pela primeira vez por um pregador brasileiro em São Paulo. Embora a tivesse repetido inúmeras vezes, sua mensagem me aquece e me dá nova segurança sempre que faço uma recapitulação da história.

A casinha era simples mas adequada. Ela consistia de um quarto amplo numa rua empoeirada. Seu telhado de telhas vermelhas era um dentre os muitos naquele bairro pobre na periferia da cidade. Era uma casa confortável. Maria e sua filha, Cristina, haviam feito o possível para acrescentar cor às paredes cinzentas e calor ao chão de terra batida: um velho calendário, uma fotografia desbotada de um parente, um crucifixo de madeira. A mobília era modesta: um catre em cada lado do quarto, uma pia e um fogão a lenha.

O marido de Maria morrera quando Cristina era criança. A jovem mãe, recusando teimosamente casar-se de novo, arranjou um emprego e criou a filha do`melhor modo que pôde. Agora, quinze anos mais tarde, os piores anos tinham passado. Embora o salário de doméstica recebido por Maria não lhes permitisse muitos luxos, ele era certo e fornecia às duas alimento e roupas. Cristina tinha também chegado a uma idade em que poderia arranjar um emprego e ajudar a mãe.

Alguns diziam que Cristina puxara à mãe em sua independência. Ela repelia a idéia de casar-se cedo e criar uma família, embora pudesse escolher entre vários pretendentes. Sua pele morena e olhos castanhos atraíam uma série de candidatos à sua porta. Ela tinha um jeito especial de jogar a cabeça para trás e encher o ambiente de riso. Tinha também aquela magia rara que algumas mulheres têm de fazer com que o homem se sinta um rei só por estar a seu lado. Mas a sua maneira irônica de tratar as pessoas mantinha todos os homens a uma certa distância.

Cristina falava muito de ir para a cidade. Ela sonhava em trocar seu bairro poeirento por avenidas suntuosas e a vida citadina. Essa idéia horrorizava a mãe. Maria imediatamente lembrava Cristina dos males das cidades grandes. "As pessoas não conhecem você. Os empregos são difíceis de achar e a vida é cruel. Além disso, se fosse para lá, como iria viver?"

Maria sabia exatamente o que Cristina faria, ou teria de fazer para sustentar-se. Foi por isso que seu coração partiu-se ao acordar certa manhã e ver vazio o leito da filha. Maria soube na mesma hora para onde ela havia ido e sabia também o que deveria fazer para encontrá-la bem depressa. Jogou algumas roupas na mala, reuniu todo o dinheiro que tinha e saiu correndo de casa.

A caminho do ponto de ônibus entrou numa lojinha para a última compra. Fotos. Ela sentou-se na cabine de fotografia, fechou a cortina e tirou fotos suas, gastando quanto pôde. Com a bolsa cheia de fotografias preto-e-branco de si mesma, ela tomou o primeiro ônibus que saía para o Rio de Janeiro.

Maria tinha certeza que Cristina não conseguiria ganhar dinheiro com facilidade. Sabia, entretanto, que ela era teimosa demais para desistir. Quando o orgulho se encontra com a fome, o ser humano faz coisas que jamais pensava fazer antes. Tendo conhecimento disto, Maria começou suas busca. Bares, hotéis, boates, qualquer lugar onde pudesse haver uma meretriz ou prostituta. Foi a todos. E em cada lugar deixou sua foto — colada no espelho do banheiro, pregada num quadro de avisos de hotel, presa numa cabine telefônica. E no verso de cada uma escreveu uma nota.

Não demorou muito para que o dinheiro e as fotografias acabassem e Maria teve de voltar para casa. A mãe cansada chorou enquanto o ônibus iniciava sua longa jornada de volta para sua cidadezinha.

Algumas semanas depois a jovem Cristina desceu as escadas do hotel. Seu rosto mostrava-se pálido. Seus olhos castanhos não dançavam mais, alegres e buliçosos, mas falavam de sofrimento e medo. Seu riso se fora. Os sonhos que tivera se transformaram em pesadelo. Mil vezes quisera trocar aqueles inúmeros leitos por seu catre seguro. Todavia, a cidadezinha em que vivera se tornara de muitas formas distante demais.

Ao chegar ao pé da escada, seus olhos notaram um rosto familiar. Ela olhou de novo e ali no espelho do saguão estava uma fotografia da mãe. Os olhos de Cristina queimaram e sua garganta contraiu-se, enquanto atravessava o salão e removia a pequena foto. Escrita no verso da mesma, achava-se este convite atraente: "O que quer que você tenha feito, o que quer que se tenha tornado, não importa. Por favor, volte para casa."

Foi o que ela fez.

"Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28).

Por Max Lucado

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Um Professor Pasmo

Uma pessoa que pensava que a ressurreição era simplesmente um mito, mas que mudou de opinião, foi um dos maiores estudiosos do mundo, Dr. Simon Greenleaf. Greenleaf ajudou a colocar a Faculdade de Direito de Harvard no mapa. Ele escreveu a obra prima de três volumes “Um Tratado da Lei da Evidência”, a qual tem sido chamada de “a maior autoridade em procedimento legal de toda a literatura”. O sistema Judiciário americano atualmente ainda se baseia nas leis da evidência estabelecidas por Greenleaf.

Enquanto ensinava Direito em Harvard, Professor Greenleaf declarou à classe que a ressurreição de Jesus Cristo era apenas uma lenda. Como ateu, considerava milagres impossíveis. Num confronto , três dos seus alunos de Direito o desafiaram a aplicar suas leis aclamadas de evidência à narrativa da ressurreição.

Depois de muita insistência, Greenleaf aceitou o desafio de seus alunos e começou uma investigação das evidências. Aplicando sua mente brilhante nos fatos da história, ele tentou provar que a ressurreição era falsa.

Mas, quanto mais Greenleaf investigava a história, mais pasmo ele ficava com a evidência poderosa de que Jesus de fato havia levantado do túmulo. A incredulidade de Greenleaf estava sendo desafiada por um evento que havia mudado o curso da história humana.

Greenleaf não conseguiu explicar várias mudanças dramáticas que ocorreram pouco tempo depois da morte de Jesus, a maior delas sendo a transformação no comportamento dos discípulos. Não foi apenas um ou dois discípulos que insistiram que Jesus havia ressuscitado; foram todos eles. Aplicando suas próprias leis de evidência de fatos, Greenleaf chegou ao seu veredicto.

Numa mudança de posição chocante, Greenleaf aceitou a ressurreição de Jesus como a melhor explicação para os eventos que ocorreram após a sua crucificação. Para este brilhante Professor e ex-ateu, teria sido impossível para os discípulos persistirem com sua convicção de que Jesus havia ressuscitado se de fato eles não tivessem visto o Cristo ressurrecto.

Em seu livro, O Testemunho dos Evangelistas, Greenleaf documenta as evidências que fizeram com que ele mudasse de opinião. Em sua conclusão ele desafia os que buscam a verdade sobre a ressurreição a examinarem as evidências com honestidade.

Greenleaf foi tão persuadido pelas evidências que se tornou um cristão comprometido. Ele acreditou que qualquer pessoa sem preconceito que examinasse honestamente as evidências como num tribunal concluiria o que ele concluiu – que Jesus Cristo verdadeiramente ressuscitou.

Mas a ressurreição de Jesus Cristo levanta a questão: O que o fato de Jesus ter derrotado a morte tem a ver com a minha vida? A resposta a esta pergunta é o tema central do Novo Testamento cristão.

Se Jesus verdadeiramente derrotou a morte, como as evidências indicam, então apenas Ele poderia responder à pergunta: “Para onde iremos quando morrermos?” E, de fato, esta foi a grande declaração de Jesus antes de ressuscitar Lázaro dos mortos. Ele disse essas incríveis palavras:

Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (João 11:25-26). Jesus disse que aqueles que depositarem sua fé nEle viverão eternamente com Ele após sua a morte física. Foi esta mensagem que transformou os seguidores de Jesus. É esta mensagem que pode transformar você também quando você depositar sua fé em Jesus Cristo.

Por Larry Chapman

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quando foi que te vimos?

E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. 

E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:31-40).

A grande dúvida que esta passagem deve provocar entre nós não é se esta pessoa ou aquela, este grupo ou aquele deve ser ajudado ou não. A grande questão é – estamos ajudando?

A bênção do convite para o Reino não girou em torno de questões complicadas de doutrina ou hermenêutica.

O fator determinante não tinha nada a ver com o nome na placa do prédio onde as pessoas se reuniam, muito menos com o que elas faziam ou evitavam de fazer na hora “oficial” de adorar a Deus.

O fator determinante foi o que elas faziam com as outras horas e dias durante a semana quando não estavam servindo a Deus e deviam estar servindo ao seu próximo.

Sem dúvida há questões de doutrina que podem ser determinantes para a salvação. Se alguém acreditar e pregar que Jesus não veio na carne ou que algo fora do Evangelho como circuncisão é determinante para a comunhão em Cristo, essa pessoa pode estar colocando em risco sua própria salvação.

Entretanto, acertar nestas questões de doutrina, enquanto ignoramos o amor ao próximo e as necessidades das pessoas ao nosso redor, também podem levar à condenação eterna. Vamos não só crer no que Jesus ensinou, mas viver o que ele viveu.

Você gostaria de ver Jesus? Segundo ele mesmo, você já o viu. Ele estava sentado naquela lata debaixo do viaduto ontem à noite. Ele estava pedindo esmola na calçada ontem à tarde. Foi ele quem lavou o parabrisa do seu carro agora de manhã no sinal... Ele está aqui, diante dos nossos olhos, apenas esperando para ver se vamos reconhecê-lo. "Quando foi que te vimos, Jesus", perguntaremos um dia. "Ah, você me viu todos os dias..." Ele dirá. 

Oremos: Pai nosso, seu filho Jesus, o próprio Rei, serviu tantas pessoas de tantas maneiras aqui. Não nos falta exemplos nem modelo a seguir. E não nos falta ensino objetivo porque esta passagem é clara. O que nos falta é vontade. Ajude-nos a querer servir como Jesus. O resto o Senhor já nos deu. Em nome de Jesus oramos. Amém.

Por Dennis Downing

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A Quem e Como Devemos Orar?

Talvez você já tenha se perguntado: "A quem devo orar, a Deus ou a Jesus?". É provável que, em razão dessa dúvida, você já tenha orado para Deus "em nome de Jesus" e até mesmo para Jesus "em nome de Jesus". No início de nossa caminhada, é comum que dúvidas e erros como esses existam, o que não significa que Deus tenha anulado tal oração. O ato de orar, no entanto, tem regras e deve ser sempre feito de acordo com a vontade de Deus. Assim como se aprende a andar, falar ou cantar, assim também devemos aprender a orar.

Toda a Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) está envolvida em nossas orações. O apóstolo Paulo, na carta aos Efésios, capítulo 2, versículo 18 nos diz que, por meio de Jesus, "tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito". Deste texto, podemos entender como deve ser feita a nossa oração.

Toda oração deve ser sempre dirigida a Deus, em nome de Jesus, pelo poder do Espírito Santo. É dessa forma que devemos dirigir nossas orações. O próprio Senhor Jesus nos ensina que devemos sempre invocar o Pai através do Seu nome:

"E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." (João 14:13-14).

"Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra." (João 16:23b-24);

"A fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda." (João 15.16b).

Da mesma forma, em Romanos 8:26, o apóstolo Paulo explica com exatidão qual a tarefa do Espírito Santo na oração: "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis" (ARA). A função do Espírito Santo é atuar como nosso intercessor junto ao Pai. Simplificando mais ainda o entendimento, compreende-se que oramos a Deus, o Pai; oramos em nome de Jesus, sob Sua autoridade, e oramos no Espírito, sendo habitados por Ele, que nos auxilia.

O objetivo principal do homem deve ser de trazer glória a Deus (1 Coríntios 10:31). Orar é um ato de entrega ao Senhor. É importante que nossa oração seja sempre acompanhada de algumas chaves básicas. Lembre-se sempre de incluí-las, pois lhe ajudarão a orientar sua oração:
  • Arrependimento (Salmos 51): por tudo aquilo que você fez e que não agradou a Deus e tudo aquilo que deveria ter feito para o agradar.
  • Adoração (Salmos 95:6-9; Apocalipse 11:17): para louvar e exaltar a Deus por tudo que Ele é.
  • Ação de graças (1 Timóteo 2:1): em agradecimento por tudo o que o Senhor tem feito em sua vida e no seu dia.
  • Petição pessoal (2 Coríntios 12:8): para rogar a Deus por suas necessidades e bençãos, sempre em conformidade com as Escrituras.
  • Intercessão pelos outros (Romanos 10:1): tomando o lugar de alguém numa necessidade ou problema, pleiteando a sua causa como se fosse própria.
Todos os dias devemos oferecer ao Senhor nossa oferta contínua de oração (1 Tessalonicenses 5:17). É através dela que nós colocamos nossas ansiedades e problemas nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para resolvê-los.

Podemos orar em silêncio (1 Samuel 1:13) ou em voz audível (Neemias 9:4; Esdras 3; Ezequiel 11:13). Podemos orar em pé (Neemias 9:4-5), sentados (1 Crônicas 17:16; Lucas 10:13), ajoelhados (Esdras 9:5; Deuteronômio 6:10: Atos 20:36); acamados (Salmos 63:6) ou prostrados (2 Samuel 12:16; Mateus 26:39). Podemos orar com confiança quando procuramos andar no Espírito e não na carne. Fora isso, não há qualquer impedimento. Basta derramar seu coração a Deus.

"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Filipenses 4:6-7).

Por Gabriel Ferraz

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Vivendo Pela Fé

"Porque andamos por fé e não por vista" (2 Coríntios 5:7).

Não é por acaso que a expressão "andar pela fé" é bastante usada nas Escrituras. Observe que as Escrituras não nos dizem para corrermos pela fé; mas sim, andarmos pela fé. Andar é o mesmo que 'dar passos' ou 'caminhar'. A Bíblia diz, por exemplo, que Enoque andou com Deus.

Muitos crentes têm suas explosões de energia. Por alguns meses eles correm, para; depois, entrar em colapso por algum tempo. Essas pessoas ainda estão precisando aprender o que é andar com Deus.

É claro que gostamos de coisas rápidas. Temos jantares de microondas, e-mail, telefones celulares e mensagens instantâneas. Temos tecnologia o bastante para tornar a nossa vida um pouco mais fácil e bem mais rápida, não é mesmo? 

Então, ao chegamos à vida cristã, é quase natural que digamos: "Vamos lá, qual é o caminho? Qual é o atalho?" Eis a resposta: "O justo viverá pela fé" (Romanos 1:17b). Não há atalho. Como se vê, é um processo diário.

Estamos sempre procurando um alvo, um caminho. Mas é muito simples. A Bíblia nos diz que o justo viverá pela fé. Não por sentimentos, não por emoção, tampouco por medo. Também não por preocupações, mas simplesmente pela fé.

Eu sei que às vezes parece que nada acontece quanto ao nosso crescimento espiritual. Há momentos em que realmente não sentimos o quanto estamos mudando. Como olhamos para nós mesmos todos os dias, simplesmente não notamos quaisquer alterações. Mas, conforme caminhamos na fé, dia após dia, mês após mês e ano após ano, somos constantemente transformados.

Colossenses 2:6-7 nos diz: "Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças."

É isso. O justo viverá pela fé.

Por Greg Laurie

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Dias Trabalhosos

Com a aproximação da volta de Jesus, a sociedade se entregará ainda mais às coisas erradas. O que era vergonhoso há algum tempo atrás – tanto que os praticantes se escondiam – produz, hoje, passeatas para mostrar que seus adeptos não tem temor nenhum ao Senhor.

Isso estava previsto. O que a Escritura salientou já ocorre em nosso meio (2 Timóteo 3:1-4). Estamos assistindo a extremos. Enquanto algumas pessoas morrem de fome, outras prosperam tanto, que não sabem o que fazer com o dinheiro acumulado. A mentira é cada vez mais usada. Com isso, mais operações do diabo se mostram por toda a parte.

“Qual é a nossa culpa?”, indagam os que não conhecem a divina Palavra. Para eles, a Bíblia é um livro que fala de assuntos religiosos e, por isso, deve ser evitado. Contudo, a verdade é justamente o oposto: a Escritura condena as práticas religiosas e convida o homem a se reconciliar com seu Criador. O segredo de viver bem e preservar os bons costumes é temer o Autor da vida (Miquéias 6:6-8).

Os que se mantiverem rebeldes, quando ouvirem do Mestre a ordem para que marchem rumo ao lago de fogo e enxofre, protestarão, dizendo que não fizeram mal algum para merecer tal condenação. A palavra adverte que essa é a desculpa da adúltera (Provérbios 30:20), a qual, por estar tomada pelo espírito de prostituição, não vê nada de mais no erro e, ainda por cima, muitas vezes, tenta interpretar a condenação sagrada segundo seus interesses.

Em poucos dias, vai começar o show político. Nos palanques e nas TVs, veremos gente com cara de anjo, jurando defender os bons princípios, com o intuito de conseguir votos para se eleger. Que a sociedade fique atenta, ou jamais teremos um país justo e propício para vivermos. O pior é que o mau exemplo que essas pessoas dão faz com que sejam imitados pelos fracos e oportunistas.

Quanto a nós, cristãos, somos o sal da terra (Mateus 5:13); por isso, não podemos perder essa capacidade dada pelo Onipotente. Se nos tornarmos insossos, para que mais prestaremos, a não ser para sermos lançados fora e pisados pelos homens? Como a luz do mundo, temos de brilhar sempre. Desse modo, ajudaremos muitos a entrarem no Caminho da felicidade (Mateus 5:13).

Não podemos cair na tentação de pensar que temos feito o bastante pelos perdidos, pois isso não é verdade. Temos de fazer mais e buscar do Senhor inspiração para utilizar melhor jornais, livros e revistas. Devemos pedir a Ele que nos revele como realizar sua obra nesses veículos de comunicação. Quando estivermos nas rádios e TVs, necessitaremos de mais unção para transmitir as Boas-Novas como é preciso. As pessoas têm de saber que o tempo se esgota, e, em breve, o Senhor Jesus virá para arrebatar a Sua Igreja. Se elas não estiverem firmes na fé, com as lâmpadas cheias de azeite, ficarão para sempre separadas dEle (Mateus 25:1-13).

É momento de ouvirmos a voz de Deus e sermos fiéis ao que Ele nos fala. Estamos levando o evangelho para milhões em todo mundo e isso não pode parar. Os que cansam de fazer o bem renunciam a tudo o que lhes está preparado por toda a eternidade (Gálatas 6:9; 2 Tessalonicenses 3:13). Não podemos aceitar nenhuma tentação do inferno, pois há muitas almas a serem resgatados do fogo eterno.

Por R.R. Soares