terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Um Momento

Tudo aconteceu num momento, um momento dos mais notáveis.

No que se refere a momentos, esse não parecia diferente dos outros. Se você pudesse de alguma forma tirá-lo da linha do tempo e examiná-lo, ele pareceria exatamente igual àqueles que passaram enquanto você lia estas palavras. Ele veio e foi embora. Foi precedido e sucedido por outros justamente como ele. Foi um dos incontáveis momentos que marcaram o tempo desde que a eternidade pôde ser medida.

Mas, na realidade, esse momento particular não foi como nenhum outro. Porque através desse segmento de tempo ocorreu algo espetacular. Deus tornou-se homem. Enquanto as criaturas da terra andavam descuidadas, a Divindade chegou. Os céus se abriram e colocaram seu bem mais precioso num útero humano.

O onipotente, em um instante, se tornou frágil. O que fora espírito se tornou palpável. Ele que era maior que o universo veio a ser um embrião. E aquele que sustém o mundo com uma palavra decidiu depender para sua nutrição de uma jovenzinha.

Deus como um feto. A santidade adormecida num ventre. O criador da vida sendo criado.

Deus ganhou sobrancelhas, cotovelos, dois rins e um baço. Ele se esticou contra as paredes, e flutuou no líquido amniótico da mãe.

Deus se aproximara.

Ele veio, não como um lampejo de luz ou como um conquistador inacessível, mas como alguém cujos primeiros gritos foram ouvidos por uma camponesa e um carpinteiro sonolento. As mãos que o sustentaram pela primeira vez eram calosas e sujas, mal cuidadas.

Nenhuma seda. Nenhum marfim. Nenhuma festa. Nenhuma pompa.

Se não fosse pelos pastores, não teria havido recepção. E se não fosse por um grupo de contempladores de estrelas, não haveria presentes.

Os anjos olhavam enquanto Maria trocava as fraldas de Deus. O universo observava maravilhado enquanto o Todo-poderoso aprendia a andar. Crianças brincaram na rua com ele. Ah, se o líder da sinagoga em Nazaré soubesse quem estava ouvindo os seus sermões...

Jesus talvez tenha tido espinhas. Ele quem sabe não tinha boa voz. Uma garota da mesma rua pode ter-se interessado por ele e vice-versa. É possível que seus joelhos fossem ossudos. Uma coisa é certa: Embora completamente divino, Ele era completamente humano.

Durante trinta e três anos ele sentiu tudo que você e eu já sentimos. Sentiu-se fraco. Cansou-se. Temeu o fracasso. Gostava do sexo oposto. Pegou resfriados, teve problemas com o estômago e transpirava. Seus sentimentos ficavam feridos. Seus pés se cansavam e sua cabeça doía.

Pensar em Jesus dessa forma parece até quase irreverente, não é? Não é algo que gostemos de fazer, sentimo-nos pouco confortáveis. E muito mais fácil manter a humanidade fora da encarnação. Limpar a sujeira em volta do estábulo. Limpar o suor dos seus olhos. Pretender que ele nunca roncou, limpou o nariz ou bateu com o martelo no dedo.

E mais fácil aceitá-lo desse modo. Há alguma coisa sobre mantê-lo divino que o conserva distante, acondicionado, previsível.

Mas não faça isso. Por favor, não faça. Permita que ele seja humano como pretendeu ser. Deixe que entre na sujeira e no lixo de nosso mundo. Pois só se o deixarmos entrar é que ele pode tirar-nos dele.

Ouça suas palavras.

"Ame seu próximo" foi dito por um homem cujos vizinhos quiseram matá-lo (Marcos 12:30; Lucas 4:29).

O desafio para deixar a família em favor do evangelho foi feito por alguém que despediu-se da mãe com um beijo na porta de casa (Mc 10:29).

"Ore pelos que o perseguem" veio dos lábios que logo estariam suplicando que Deus perdoasse seus assassinos (Mt 5:44; Lc 23:34).

"Estarei sempre com você" são as palavras de um Deus que num instante fez o impossível, a fim de tornar tudo possível para você e para mim (Mt 28:20).

Tudo aconteceu num instante. Num momento... um momento memorável. O Verbo se fez carne.

Haverá outro. O mundo verá outra transformação instantânea. Veja bem, ao tornar-se homem, Deus possibilitou ao homem ver Deus. Quando Jesus foi para casa ele deixou aberta a porta de trás. Como resultado "transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos" (1 Cor 12:51-52).

O primeiro momento de transformação não foi notado pelo mundo. Mas pode estar certo que isso não acontecerá com o segundo. Da próxima vez em que disser "um momento...", lembre-se que esse é todo tempo que vai ser necessário para mudar o mundo.

Por Max Lucado

sábado, 7 de dezembro de 2013

Me Chame Apenas de Jesus

Muitos dos nomes na Bíblia que se referem ao Senhor são imponentes e augustos: Filho de Deus, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, A Ressurreição e a Vida, Estrela da Manhã, Aquele que Devia Vir, Alfa e Omega.

Essas são frases que esticam os limites da linguagem humana num esforço para capturar o que é incapturável, a grandeza de Deus. E por mais que tentem elas nunca satisfazem. Ouvi-las é quase que ouvir uma banda do Exército de Salvação tocar na esquina o "Messias" de Handel por ocasião do Natal. Uma boa tentativa, mas não funciona. A mensagem é majestosa demais para o meio de comunicação.

O mesmo acontece com a linguagem. A frase "Não há palavras para expressar..." é a única que pode ser honestamente aplicada a Deus. Nenhum nome lhe faz justiça.

Mas existe um nome que recorda uma qualidade do Mestre que confundiu e compeliu aqueles que o conheceram. Ele revela um lado dele que, quando reconhecido, é suficiente para fazer com que você se prostre.

Ele não é pequeno nem grande demais. E um nome que se ajusta como o sapato se ajustou ao pé de Cinderela: Jesus.

Nos evangelhos é o seu nome mais comum — usado quase 600 vezes. E era mesmo um nome comum. Jesus é a forma grega de Josué, Jesua e Jeosua — todos nomes familiares no Velho Testamento. Houve pelo menos cinco sumo sacerdotes conhecidos como Jesus. Os escritos do historiador Josefo se referem a cerca de vinte pessoas chamadas Jesus. O Novo Testamento fala de Jesus, o Justo (Colossensses 4:11), amigo de Paulo,  e o feiticeiro de Pafos é chamado Bar-Jesus (Atos 13:06). Alguns manuscritos dão Jesus como o primeiro nome de Barrabás. "A quem quereis que eu vos solte, a Jesus Barrabás ou a Jesus, chamado Cristo?" (Mateus 27:17)*

Qual é o ponto? Se Jesus viesse hoje, o seu nome poderia ser João, Beto ou Carlos. Se ele estivesse aqui hoje, é duvidoso que se distanciasse com um nome elevado como Reverendo Santo Divindade Angelical III. Não, quando Deus escolheu o nome que seu filho teria, ele escolheu um nome humano (Mateus 1:21). Preferiu um nome tão típico que aparecesse duas ou três vezes em qualquer chamada de escola.

"O Verbo se fez carne", disse João, em outras palavras.

Ele era palpável, acessível, alcançável. E, mais ainda, ele era comum. Se estivesse aqui hoje você provavelmente não o notaria quando estivesse em meio a uma multidão fazendo compras. Ele não faria as cabeças se voltarem por causa das roupas que usava ou pelas jóias com que se adornava.

"Me chame apenas de Jesus", quase se podia ouvi-lo dizer.

Ele era o tipo de pessoa que você convidaria para assistir um jogo de futebol em sua casa. Ele brincaria no chão com seus filhos, cochilaria no seu sofá, e faria churrascos em sua grelha. Ele riria das suas piadas e contaria algumas das dele. E quando você falasse, ele ouviria como se tivesse todo o tempo da eternidade.

Uma coisa é certa, você o convidaria de novo.

Vale a pena notar que os que o conheciam melhor se lembravam dele como Jesus. Os títulos, Jesus Cristo e Senhor Jesus só aparecem seis vezes. Os que andaram com ele, não se lembravam dele com um título ou designação, mas com um nome — Jesus.

Pense nas implicações. Quando Deus decidiu revelar-se à humanidade, qual o meio que usou? Um livro? Não, isso foi secundário. Uma igreja? Não. Isso foi uma conseqüência. Um código moral? Não. Limitar a revelação de Deus a uma lista fria de "faça" e "não faça" é tão trágico como olhar para um mapa rodoviário e dizer que você viu as montanhas.

Quando Deus decidiu revelar-se, ele fez isso (surpresa das surpresas) através de um corpo humano. A língua que ressuscitou os mortos era humana. A mão que tocou o leproso tinha sujeira debaixo das unhas. Os pés sobre os quais a mulher chorou eram calosos e empoeirados. E suas lágrimas... oh, não se esqueça das lágrimas... elas vieram de um coração tão quebrantado como o seu ou o meu jamais o foram.

"Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas" (Hebreus 4:15).

As pessoas se aproximavam então dele. Puxa, como o procuravam! Elas surgiam à noite; tocavam nele quando caminhava pelas ruas; seguiam-no até o mar; convidavam-no para suas casas e colocavam seus filhos aos pés dele. Por quê? Porque ele se recusou a tornar-se uma estátua numa catedral ou um sacerdote num púlpito elevado. Ele escolheu em vez disso ser Jesus.

Não há sequer uma sugestão de alguém que temesse aproximar-se dele. Havia alguns que o ridicularizavam. Havia outros que o invejavam. Outros ainda que não o compreendiam. E outros que o reverenciavam. Mas não havia ninguém que o considerasse santo demais, divino demais, ou celestial demais para ser tocado. Não houve uma pessoa sequer que relutasse aproximar-se dele com medo de ser rejeitada.

Lembre-se disso. Lembre-se disso da próxima vez que ficar surpreso com suas próprias falhas.

Ou da próxima vez em que acusações ácidas fizerem buracos em sua alma.

Ou da próxima vez em que olhar para uma catedral fria ou ouvir uma liturgia sem vida.

Lembre-se. É o homem que cria a distância. É Jesus quem constrói a ponte.

"Me chame apenas Jesus."
Por Max Lucado

* William Barclay, Jesus As They Saw Him (Grand Rapids, Mich: Wm. B. Eerdmans).

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Simplicidade da Graça de Deus

Que receita simples foi aquela que Eliseu prescreveu para a cura de Naamã, o general sírio - "Vai, e lava-te sete vezes no rio Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado" (2 Reis 5:10). Era uma receita tão simples, tão fácil e tão gratuita que Naamã nem pôde acreditar. Ele achava que os rios de Damasco eram muito mais limpos e próprios para a sua cura. Teria ele vindo de Damasco para se banhar nas águas lodosas do Jordão? Jamais...

É interessante como, de alguma forma, a história se repete nos nossos dias - Que hei-de fazer para me salvar? A Bíblia responde com clareza: "crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo" (Atos 16:31).

- Só isso de crer num judeu crucificado há mais de dois mil anos? Que absurdo! Não seria melhor pedir à senhora de Fátima, a "gloriosa santa", carregada de diamantes, coroada de ouro e com fama mundial, para fazer um milagre? Não seria melhor fazer boas obras, dar dinheiro para os pobres, construir uma capela para cultuar a Deus, dar dízimos e ofertas alçadas? Não seria muito mais eficiente seguir uma vida retirada do mundo e em auto-contemplação? Ou mesmo uma vida como missionário no meio dos papuas, dos índios da amazônia ou outros povos?

Tudo isso podia ser mais lógico, mais atrativo, de mais impacto mundial e mais próprio para satisfazer o nosso "ego". Contudo, não é isso que Deus diz pelo Seu Espírito Divino: "crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo". É simples, fácil e gratuito. Basta confessares os teus pecados, arrependeres-te deles e aceitar, pela fé, Jesus, como teu Salvador e Senhor.

Naamã ridicularizou a receita do profeta Eliseu e foi preciso que os seus subordinados lhe fizessem ver que era pouco, mas porque não fazê-lo? Se fosse necessário pagar uma grande quantia para ficar curado da sua lepra, ele não o faria? Porque não obedecer à ordem de Eliseu, descer ao Jordão e banhar-se sete vezes nas águas e ver os seus efeitos?

A Bíblia diz que o general sírio acabou por ceder ao bom senso e lavou-se sete vezes. O resultado não apareceu na terceira vez, nem na quarta, quinta ou sexta vez; mas, quando Naamã já abria a sua boca para amaldiçoar os que o tinham feito se expor a aquele banho ridículo, mergulhou a sétima vez e o milagre aconteceu - estava curado!

Será assim com o que respeita a própria salvação. Podes ter escrúpulos por ser tão simples, fácil e de graça, mas humilha-te debaixo da poderosa mão de Deus! Confesse os teus pecados a Deus, arrependa-se e abandona-os, lançando-os, pela fé, sobre a cruz de Jesus. Crê n'Ele e serás salvo!

Por Luís José Valério

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Por Que Muitos Evangélicos Não Conhecem as Doutrinas Básicas do Cristianismo?

Recentemente o Instituto LifeWay Research divulgou o resultado de uma pesquisa que apontou que boa parte dos evangélicos não conhecem as doutrinas básicas da Igreja. O levantamento concluiu que temas como a salvação, a Bíblia e a natureza de Deus podem confundir os fiéis. De acordo com a publicação, quando perguntados "Quando você morrer irá para o céu, pois confessou seus pecados e aceitou Jesus Cristo como seu Salvador?", 19% disseram que não tem certeza. Cerca de 26% dos entrevistados (todos membros batizados de suas igrejas) acreditam que "se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, poderá obter a vida eterna através de outras religiões além do cristianismo".

O resultado dessa triste pesquisa poderia ser uma exceção; mas não é. Outros estudos comprovam a falta de conhecimento bíblico de uma parcela considerável de cristãos, prova disso é que no final de 2011 o Instituto de Pesquisas Barna apontou, como uma das seis principais tendências do Cristianismo na América, que a igreja está se tornando menos alfabetizada teologicamente. O que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o Cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de crentes.

Outro levantamento do mesmo instituto também indicou que 70% dos norte-americanos não são capazes de citar cinco dos dez Mandamentos e 50% dos jovens do último ano do ensino médio pensam que Sodoma e Gomorra eram casados. Mas não para por aí. Pesquisa realizada com os “americanos nascidos de novo” conclui o seguinte: 31% acreditam que se uma pessoa é suficientemente boa pode ganhar um lugar no céu; aproximadamente a metade (47%) pensa que Satanás “não é um ser real senão um símbolo do mal”; 24% pensam que quando Jesus viveu na Terra ele pecou, tal como as demais pessoas; aproximadamente um em cada quatro pessoas (26%) dos cristãos creem que não importa a fé que pessoa siga, porque todas ensinam o mesmo.

Embora boa parte dessas investigações tenha sido realizada nos Estados Unidos, elas servem de alerta para a igreja evangélica brasileira. Não estamos falando de conhecimento teológico avançado, mas de doutrinas elementares e de um discernimento bíblico basilar da vida cristã.

A falta de conhecimento das Escrituras Sagradas é um problema grave e pode resultar em consequências trágicas para o cristão e para a igreja. O Senhor Jesus foi enfático ao dizer “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mateus 22:29), e em outra oportunidade ele advertiu: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5.39).

Talvez, um dos principais motivos do analfabetismo bíblico entre os cristãos seja a falta de conhecimento doutrinário do próprio pastor. Lembro-me que uma pesquisa realizada pelo editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana, Oswaldo Paião, revelou que mais de 50% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez na vida. A principal justificativa apresentada para tamanha omissão era a falta de tempo.

Ao comentar o resultado do estudo, Paião afirma que “a falta de uma disciplina pessoal para determinar uma leitura sistemática, reflexiva e contínua das escrituras sagradas e pressão por parte do povo, que hoje em dia cobra por respostas rápidas, positivas e soluções instantâneas para problemas urgentes, sobretudo os ligados a finanças, saúde e vida sentimental”, seriam alguns fatores ensejadores deste cenário
.
Ele ainda destaca que hoje em dia a maioria dos pastores corre o dia todo para resolver os problemas práticos e urgentes dos membros de suas igrejas e os pessoais. Outros precisam complementar a renda familiar e acabam tendo outra atividade, fora a agenda lotada de compromisso, por isso os ministros da atualidade, em geral, segundo Paião, são mais temáticos, superficiais, carregam na retórica, usam (conscientemente ou não) elementos da neurolinguística, motivação coletiva, força do pensamento positivo e outras muletas didáticas e psicológicas.

Evidentemente que a situação não pode ser generalizada. Deus sempre mantém o seu remanescente fiel. Entretanto, as palavras de Paião colocam em evidência uma realidade assombrosa e ao mesmo tempo ignorada por muitos obreiros. Como teremos cristãos conhecedores das doutrinas fundamentais da fé cristã se boa parte dos líderes não possui o conhecimento suficiente para instruir, edificar e fornecer alimento sólido para suas ovelhas?

Ovelhas que são criadas sem os nutrientes necessários para a jornada cristã são inconstantes e presas fáceis para caírem no engodo de qualquer vento de doutrina (Ef 4.14). Essa situação é agravada ainda mais quando dos púlpitos provém somente mensagens de autoajuda com forte apelo emocional, sem qualquer palavra de ensinamento para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.17).

Entretanto, apesar do encargo do obreiro (Hb 13.17), o cristão também é o responsável pelo seu próprio alicerce espiritual. Estar preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe 3.15) e ser mestres pelo tempo (Hb 5.12) é uma obrigação de todo o crente. Isso porque, as verdades bíblicas não estão disponíveis somente aos obreiros, mas a toda e qualquer pessoa, principalmente porque o acesso direto ao conhecimento das Escrituras sem qualquer intermediário é um dos pontos fundamentais da igreja cristã a partir da reforma protestante.

Isso no leva a concluir que cada pessoa deve ser consciente e responsável pelo cumprimento do seu papel. O obreiro deve valorizar e efetivamente cumprir o seu chamado, oferendo alimento saudável e fortalecido para as suas ovelhas, sem a desculpa de não possuir o ministério do ensino, afinal, todo obreiro tem o dever de apresentar-se a Deus aprovado, que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).

Por Valmir Nascimento
Originalmente publicado no Jornal Mensageiro da Paz (Julho de 2013)

sábado, 13 de julho de 2013

“O Que Eu Posso Fazer Por Você Agora?”

Amar o próximo... (Lucas 10.29). Sabe a definição de próximo no dicionário? [...] "o que está perto".

Notei que muitos não amam o próximo porque geralmente não se aproximam, nem mesmo se for necessário.

Qual foi a última vez que você ajudou o próximo, mesmo que com uma pequena atitude? Quando carregou as sacolas para alguém ou cedeu seu assento no ônibus...?

Quando ajudou alguém que não sabia ler ou que não tinha dinheiro para pagar o que havia comprado? Quando ajudou alguém a descer do ônibus ou... deu carona em seu guarda-chuva?

Geralmente "evitamos" as pessoas a nossa volta; nos fechamos em nossa concha, em nosso próprio mundinho particular, onde as pessoas consideradas "estranhas" passam de largo em nossa vida, nem mesmo as notamos. A menos que pisem no seu pé, ou passem à sua frente na fila...

Sabe, gosto de observar as atitudes das pessoas. E vejo coisas interessantes.

Outro dia eu tossia demais, e a senhora ao meu lado pegou um papel e, em meio ao sacolejar do ônibus, anotou em letra toda tremida o nome de um remédio: "tiro e queda" (disse ela pra mim)... Amei!

É difícil encontrar gente assim hoje em dia!

A maioria são indiferentes aos outros, eu as encontro por aí... Pessoas que fingem estar dormindo só pra não levantar do ônibus - ainda mais se houver grávidas e senhoras de idade (aí até roncam!).

Pessoas se acotovelando para entrar no trem, cortando fila, empurrando, chutando... Sempre apressadas, sempre ocupadas... Cada uma preocupada apenas com sua própria vida.

Seus afazeres, seus compromissos, seus prazos a cumprir... e os "próximos"? Ficam esquecidos, ignorados...

Você esbarra neles todos os dias mas não os vê como próximos, mas como estranhos. Afinal, já que você não os conhece, provavelmente nunca mais voltará a vê-los.

Hoje, desafio você a verdadeiramente amar o seu próximo, aqueles a sua volta, conhecidos ou não, e não só praticar o amor ao próximo quando for um dia especifico, tipo: "no dia tal do mês tal vou doar uma cesta básica e mostrar meu amor ao próximo"... Não!

Desafio você a ir além disso! Desafio você a amar o próximo no seu dia-a-dia e praticar este mandamento diariamente. Pelo resto de sua vida aqui: "Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade" (1 João 3:18).

Quer amar o próximo? Olhe em volta!

Veja só a história abaixo... É de uma pessoa que resolveu amar o próximo. Tenho certeza que esta atitude fez mais bem a ela do que aos outros:

Vivemos na geração da rapidez. Há sempre pressa, estamos sempre atrasados, há sempre algum motivo para corrermos.

No meio de tanta correria, fica difícil parar por alguns momentos para observar o outro e as suas necessidades. Será que o senhor sentado ao meu lado no ônibus está precisando de algo? Como anda a vida daquela menina de olhos tristes que acabou de passar por mim? Como eu poderia deixar o dia daquele menino melhor? Esse tipo de pergunta raramente passa por nossas cabeças.

Renata Quintella resolveu fazer algo a respeito. Criou assim o projeto A Jornada, e saiu pelas ruas conversando com as pessoas e perguntando o que poderia fazer por elas naquele momento. Ela ouviu desabafos de amor, ajudou a carregar sacolas, ajudou a empurrar carroça de sucatas, deu abraços e até organizou uma festa de aniversário. No meio do caminho, outras pessoas ficaram tocadas com o gesto de Renata e participaram também.

Veja algumas das pessoas que foram tocadas por esse projeto (que merece muito ser replicado):
jornada-sacola
Sra Dona Eidiná precisou de ajuda para carregar uma sacola pesada.

jornada-sucata
Sr. Paraná precisou de ajuda para empurrar a carroça de sucata.

jornada-vassoura
Sr. Zé Bezerra precisava vender sua primeira vassoura do dia. Ela comprou.

jornada-aniversario
Era aniversário da moça. Renata ajudou a preparar uma festa e alegrar o dia da moça 
(ao lado, a vassoura que comprou).

jornada-loja
Ela precisava de ajuda para varrer a loja.

jornada-abracos

Eles todos precisavam de abraços...
E você, já fez alguma coisa por alguém hoje?

"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35).

Por Fernanda Medeiros

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Divórcio Segundo a Bíblia



O divórcio foi autorizado pela lei mosaica segundo uma perspectiva. Era permitido que o marido israelita repudiasse sua mulher. Com a vinda de Cristo, esta perspectiva tornou-se outra. Jesus foi enfático e somente autorizou o divórcio em caso de adultério. "Foi dito: Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério" (Mateus 5.31-32).

A Lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher, mas os motivos pelos quais ele podia tomar tal deliberação tinha algumas restrições:

As vítimas de violência sexual e o divórcio na Lei de Moisés: Na cultura judaica, a reputação arruinada de uma virgem era pior que o estupro. O estuprador israelita era obrigado a pagar o dote ao pai da vítima, o mesmo valor que ele receberia quando ela se cassasse em cerimônia convencional, e depois de casado dar-lhe a proteção do casamento sem a possibilidade de divórcio, sendo obrigado a cuidar da vítima e das crianças resultantes dessa união. A obrigação de casar-se com a vítima estuprada garantia a ela não ficar solteira, rejeitada por não ter a virgindade, e também servia como meio de desmotivar o sexo sem compromisso conjugal (Deuteronômio 22.19, 29; 24. 1-4).

Divórcio e novo casamento no Código Mosaico: Eram tidos como problemas graves na sociedade israelita a mulher ser incapaz de gerar filhos, possuir defeito físico, fluxo irregular de sangue durante a menstruação, proceder com descuido durante o período menstrual e no descuido outras pessoas ter contato com o sangue. A pessoa que tivesse contato era considerada cerimonialmente impura, o que impelia a todos a exigir cuidados redobrados (Levíticos 15.19, 27).

Se um israelita casasse com uma mulher com este perfil poderia assinar um documento de divórcio e mandá-la embora de casa. E se depois de divorciada essa mulher viesse a se casar com outro israelita e neste segundo casamento ela ficasse viúva novamente ou se tornasse divorciada, o primeiro marido era impedido de reatar laços matrimoniais com a ex-esposa. 

Nestes casos, entre os judeus não era errado a mulher casar outra vez. A mulher israelita divorciada de dois maridos  não tinha impedimento algum para casar-se de novo, desde que não fosse com seu primeiro marido (Deuteronômio 24.1-2). O veto ao primeiro marido era uma maneira de coibir aos homens agirem impetuosamente contra suas esposas e de proteger a reputação das mulheres, que poderia ser vista com alguém imoral e de más intenções.

Divórcio e novo casamento na perspectiva de Jesus: Sobre a questão do divórcio, o ensino de Jesus está registrado em Mateus 5.31-32; Marcos 10.2-12; e Lucas 16.18. Jesus reconheceu que em caso de adultério o divórcio possa ser uma triste medida necessária em caso do cônjuge adúltero ter coração endurecido e não se arrepender de sua infidelidade e manter-se infiel, ou de a parte ofendida ter seu coração endurecido e não ser capaz de perdoar o cônjuge adúltero que se arrependeu e se dispõe a voltar a dedicar-se de maneira correta ao laço conjugal.

Jesus deixou claro reprovar a atitude masculina de desprezar a mulher simplesmente por desagradá-lo, mostrou que não era de acordo com a pouca proteção legal que tinham elas. Lembrou aos judeus que o divórcio é contrário à vontade de Deus, sendo o objetivo divino que o matrimônio perdure por toda a vida. 

Aos rabis que procuraram Jesus preocupados apenas com a letra da Lei, perguntando sobre divórcio e novo casamento, disse-lhes: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera, e aquele que casar-se com a repudiada comete adultério" - Mateus 5.32. A resposta esclarece a necessidade de se entender o  propósito da Lei e o plano original de Deus acerca do casamento para a raça humana: um homem e uma mulher casados por toda a vida. A intenção do Senhor permanece inalterada ao passar dos anos, não pode ser ignorada por circunstâncias banais, como por exemplo um lapso quanto ao asseio físico individual feminino, a doença, a infertilidade, o ronco durante a noite, o envelhecimento (Lucas 16.16-18).

O divórcio e o novo casamento pela perspectiva do apóstolo Paulo: Paulo, em 1 Coríntios 6.18, abordando as relações sexuais ilícitas nos faz entender que, espiritualmente, o adultério  não é um pecado pior do que outros. Porém, produz um bojo de questões ao casamento que os outros pecados não produzem. Paulo esclarece que os outros pecados não atingem o corpo da pessoa, enquanto a prática da imoralidade sexual sim. Em suma, descrevendo isso no vocabulário do século 21, a infidelidade conjugal além de ferir o coração da pessoa traída, também a coloca em risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, e porque é preciso cuidar do corpo como templo do Espírito Santo, a pessoa vítima da infidelidade tem toda liberdade de analisar a situação em que se encontra e divorciar-se se considerar necessário. 

Paulo tratou de outra situação em 1 Coríntios 7.15, quando um cônjuge crente é abandonado por outro, que é descrente. Existem duas correntes interpretativas a respeito. A primeira entende que se o cônjuge descrente simplesmente se afastar, o crente deve permitir que vá embora. No caso dele voltar deve recebê-lo, considerando o pacto matrimonial. O crente desprezado não deveria casar-se outra vez. A segunda interpretação explica que o cônjuge descrente é livre para ir embora, o cristão é livre para conceder-lhe o divórcio e também para casar-se outra vez em outro relacionamento.  

Conclusão: Deus concebeu o casamento como exemplo de harmonia e interdependência. Assim como Cristo reúne muitos indivíduos com personalidades e dons distintos como membros do Corpo de Cristo, que formam a Igreja, o casamento combina duas pessoas num vínculo de compromisso duradouro de fidelidade. A sentença "uma só carne" (Mateus 10.8) acentua a união sexual na intimidade da vida a dois, representa também uma profunda fusão espiritual, à medida que duas pessoas unem tempo, recursos, emoções e objetivos debaixo da mesmo teto (1 Coríntios 12.12-13; Efésios 5.21-33).

Por Eliseu Antônio Gomes
Com notas de Gabriel Ferraz

sábado, 11 de maio de 2013

Graça Filmes Prepara Nova Película


Depois do sucesso de Três Histórias, Um Destino, a Graça Filmes já está dando os primeiros passos para começar a rodar seu mais novo longa-metragem. Júlia é o título provisório da película, cujo roteiro está em fase de desenvolvimento e será produzido em parceria com a empresa norte-americana PureFlix Entertainment. Segundo o diretor executivo da produtora, Ygor Siqueira, o argumento é assinado pelo Missionário R. R. Soares e trata de questões relacionadas a vida conjugal. 

"Vamos falar sobre relacionamento e os obstáculos que os casais enfrentam na atualidade", adianta Siqueira. "Queremos atingir dois objetivos: edificar o Corpo de Cristo e abrir os olhos daqueles que vivem dominados pelas ciladas do mal", complementa ele, feliz com o avanço da empresa rumo a essa nova empreitada. "No primeiro longa , aprendemos a dar os primeiros passos; agora podemos começar a andar e, em breve, correremos", brinca.

Assim como o filme anterior, o novo será totalmente rodado nos Estados Unidos, com atores norte-americanos. A PureFlix Entertainment, parceira da Graça Filmes na produção da nova obra, já é bastante conhecida dos fãs do cinema evangélico no Brasil: Encontro de Casais (EUA, 2011), Missão Secreta (EUA, 2010), e Num Piscar de Olhos (EUA, 2009) são alguns de seus sucessos lançados aqui.

O novo longa-metragem ainda esta está em fase de pré-produção e não tem qualquer previsão de estreia ou definição quanto a forma de lançamento (se nos cinemas ou apenas em DVD).

Por Élidi Miranda
Revista Graça Show da Fé - Ano 14 - N° 165

sábado, 30 de março de 2013

Que Tipo de Pessoa Você é?


"O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos." Provérbios 14.15

Quem é de Deus está fechado para qualquer filosofia religiosa, pois alcançou a Verdade. Para ele, não importa o que dizem os sábios deste mundo, mas, sim, aprender do Criador. Achar que há uma verdade que ainda não foi descoberta é chamar de mau o verdadeiro Autor de tudo, pois, se assim fosse, Ele teria deixado a Sua criatura tatear nas trevas e ser enganada.

É preciso ter muito cuidado para não cair no mesmo conto que Eva caiu. Ela deu ouvidos ao enganador-mor e, com isso, foi contaminada por ele, passando a ver que o fruto que o Senhor havia proibido que fosse comido tinha suas virtudes. A mulher viu que ele era bom para se comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, mas acabou pecando e levando Adão ao erro também (Gênesis 3.6).

Como é triste ver cristãos achando que vão endireitar o mundo pela política ou pela educação secular. Essas coisas são necessárias, e devemos ter verdadeiros filhos de Deus nelas; porém, os que foram salvos sabem que somente em Jesus o homem se redimirá. O pior é que essas pessoas acompanharão o anticristo quando ele vier. Com atitudes similares, elas provam que não servem mais ao Senhor.

O cidadão simples procura a verdade onde não existe. Dessa forma, ele será facilmente enganado pelo mentiroso, pois dá crédito a tudo o que ouve. Ora, mesmo as pessoas usadas pelo Altíssimo, quando falarem em desacordo com o que está escrito na Bíblia, não devem ser levadas a sério. O simples nunca se porta de modo sábio no meio dos perdidos e, por isso, jamais é usado pelo Senhor.

O filho de Deus tem à sua disposição a prudência e, com ela, evita os laços do maligno, atentando para os passos que dá – suas decisões. Para que saiamos bem em tudo, devemos sempre orar a respeito do que temos de decidir. Agindo assim, fechamos a porta para o diabo, que, a todo custo, quer levar-nos ao pecado. Ao sentir que alguma resolução que você tomou é má, arrependa-se imediatamente.

Quem prossegue no erro jamais será bem-sucedido. Por um espaço de tempo, o diabo pode até “ajudar” essa pessoa, mas, quando ele perceber que ela já não lhe traz mais perigo, puxará o laço, e ela ficará presa às garras dele.

O Senhor sempre nos conduzirá em triunfo, desde que não neguemos a Ele o direito de nos dirigir. Quem aprende e não assume o que lhe é ministrado perde a proteção divina; por isso, Satanás consegue tocar nele. Contudo, os prudentes sempre alcançam sucesso.

Por R.R. Soares

sábado, 9 de março de 2013

A Comodidade de Ser Invisível



Pode ser que sejamos aqueles que preferem ocupar as últimas cadeiras de nossas igrejas, ou essas que estão perto da porta, para fugir assim que termina o culto.

Pode ser que, na hora da mensagem, estejamos pensando em quem deveria estar escutando aquela palavra, ou ainda que somos os que têm a vida mais ocupada do que os outros para se envolver em algum ministério.

Talvez sejamos aqueles que há tanto tempo estão na mesma igreja, e que, na verdade, não há nada de novo debaixo do sol e muito pouco para se aprender. É que temos muitos anos de experiência!

Somos os do fundo da Igreja? Somos os invisíveis de sempre? Somos nós, definitivamente, os mornos (Apocalipse 3:16)?

"E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito" (Tiago 1:22-25).

Ser um dos invisíveis é simplesmente um engano, porque a vida cristã é radical: ela é a dos praticantes. Os ouvintes vivem a mentira de viver como um reflexo, sem ser ou viver a plenitude da obra que Deus nos tem preparado. 

Para que escutamos se não vamos ouvir a voz de Deus em Sua palavra? Nos enganamos de que o ir a Igreja, levantar as mãos ou fazer atos de presença é ser cristão. Mas vamos desmascarar-nos: nós estamos enganados, e somente de ouvir tem ficado em nosso coração.

A atitude de um praticante é a de olhar atentamente à perfeita Lei; examinando o interior e morrendo para o eu a cada momento, ruminando com sua inteligência e deixando atuar o Espírito para compreender aquele que resulta inacessível para a pequenez humana.

Esta é a atitude comprometida e sacrificada de perseverar naquilo que escutou e, reconhecendo que Deus deve fazer a obra, abandonar a si mesmo para entregar-se nas mãos do Criador, para que Ele faça da forma que deve ser.

E não permita esquecer-se disto, se não, retenha e reflita diariamente em suas obras, buscando agradar ao Senhor e glorificá-lo com sua vida.

Sem dúvida nenhuma, a invisibilidade de um ouvidor resulta mais cômoda. Mas não fomos feitos para isso! Deus nos deu dons, capacidades, inteligência e recursos para que estejamos sempre à Sua disposição e assim sermos praticantes bem-aventurados. Sejamos crentes radicais e visíveis! Vivamos o reino!

Por Pra. Regiane

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Que Devo Fazer Para ser Salvo?

"E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?" Atos 16:30

Há, de acordo com as Escrituras; cinco coisas necessárias a se fazer para que possamos desfrutar da vida eterna que o Senhor nos concedeu:
  1. Crer no evangelho de Cristo Jesus, o qual morreu por nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia (1 Coríntios 15:3-4; Marcos 16:16).
  2. Confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus (Romanos 10:9-10).
  3. Arrepender-se de seus pecados (Lucas 13:3)
  4. Ser batizado em Cristo para que haja a remissão de todos os seus pecados (Atos 2:38 e 22:16).
  5. Ser fiel até a morte (Mateus 10:22; Apocalipse 2:10).
A salvação é resultado da Graça de Deus (Efésios 2:8). Jesus viveu uma vida sem pecado e nos ama tanto que morreu pelos nossos pecados, tomando sobre Si o castigo que nós merecemos. Se você realmente crê e confia nisso de coração, e então escolhe receber a Jesus como o seu único Salvador, declarando que Ele é o seu Senhor, você será salvo do julgamento e passará a eternidade com Deus no céu. 

"E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casaAtos 16:31

Por Gabriel Ferraz

segunda-feira, 4 de março de 2013

Entendes Tu o Que Lês?


"E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?Atos 8:30

O ministro das finanças da rainha Candace da Etiópia estava voltando para casa, depois de ter ido adorar o Deus dos deuses, na cidade de Jerusalém. Não viu, nem ouviu Jesus, mas levava consigo um manuscrito do livro do profeta Isaías, que lia e no qual meditava (Isaías 53:7).

Filipe, o diácono, aproximou-se do seu carro e, vendo-o, perguntou-lhe: "Entendes tu o que lês?" O eunuco respondeu: "Como poderei entender, se alguém me não ensinar?" (Atos 8:30-31).

Filipe, subiu para o carro e, começando a ler o texto, anunciou-lhe Cristo, o Servo sofredor, que foi morto na cruz e que como Cordeiro, não abriu a Sua boca. Filipe explicou-lhe que esta passagem se referia ao profeta Redentor, que haveria de vir dar a Sua vida pelos homens. Esse profeta era Jesus, que fora morto, crucificado pelos nossos pecados.

O eunuco encontrou o que foi procurar - Jesus, o Redentor. Agora era aceitá-lO, crer n'Ele e viver a salvação trazida por Ele. O eunuco de Candace só precisava entender a Bíblia para ser salvo. Creu que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, foi batizado e seguiu, alegre, o seu caminho.

Não basta ler a Bíblia. É preciso meditar nela e compreender o que Cristo é para nós. Se aceitarmos Cristo como o nosso Messias e o nosso Salvador, podemos partir alegres, felizes e salvos para a nossa terra prometida.

Não deixes o teu texto sem o ler e meditar com o coração, até compreendê-lo completamente.

Por José Luiz Valério

sábado, 2 de março de 2013

A Mansidão


Hoje, ouvi alguém chamar de "manso", no sentido pejorativo, a outrem, que não gritou, nem protestou indecentemente ante a violação dos seus direitos, antes, delicadamente, passou adiante, evitando, com essa sua atitude, um confronto que poderia acabar mal.

"Manso..." disse alguém que assistia de perto à cena. "Se fosse comigo tinha que vomitar o que disse com língua de palmo. É covarde, medroso e manso que nem um boi castrado".

Tenho refletido sobre a cena e penso que a pessoa atingida não é assim tão fraca e medrosa como foi dito. Pelo contrário, ele demonstrou força de carácter, domínio próprio, coragem, perseverança, bom senso e muita educação. Ser forte não é gritar, forçar, impor pela blasfêmia o que não se consegue pelo amor e pela razão. Também na manifestação da mansidão, face à calúnia e à injustiça, se mostra força, coragem e se alcança vitória.

A mansidão, infelizmente, não é muito bem entendida nos nossos dias, mas é uma graça que vale a pena aceitar e praticar, pois controla o ódio, a malícia, a injustiça e também nos livra das consequências das palavras ditas a "quente".

A mansidão faz o homem feliz, porque lhe dá paz e ainda a oportunidade de promover a paz, evitando a guerra.

"Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mateus 5:5). "Assim, revesti-vos de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade e mansidão, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, como Cristo vos perdoou..." (Colossenses 3:12-13).

A mansidão não é covardia, nem pequenez, mas força para uma vitória diferente.

Por José Luiz Valério

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A Raiz de Todos os Males


Ser rico é a ambição primeira da grande maioria dos homens na terra. De fato, não é mal possuir ouro, bens, riquezas; o grande mal é ser possuído pelas riquezas. Os seus bens passam a ser o seu deus, o seu ídolo e neles têm o coração.

Um dia Jesus contou uma linda parábola (Lucas 12:13-21) e chamou a atenção para o perigo da avareza e a loucura de confiar nas riquezas. É louco aquele que vive para ajuntar tesouros na terra e não é rico para com Deus. Tal situação é uma terrível armadilha, sem compensação imediata, perigosa e frustrante, tanto no presente, como no futuro.
Há pouco tempo sentimos bem essa loucura quando todo mundo estava atrás dos duzentos e tantos milhões de reais da Mega Sena. Ah, se ganhasse:
  • eu comprava uma bela mansão...
  • eu comprava ouro, jóias...
  • eu comia, bebia até fartar...
  • eu nunca mais trabalhava...
  • eu... eu... eu...
Que loucura... engordaram os promotores do jogo, um recebeu "uma bagatela" em comparação com o realizado e, depois, ficou tudo na mesma: os pobres continuaram pobres e os ricos mais ricos.
Não sejais escravos das riquezas, porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e, nessa cobiça, muitos se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores. Os que querem ser ricos caiem em muitas tentações e laços, em muitas concupiscências nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína (I Timóteo 6:5-10).
Quereis ser ricos?... Então, dai. Dai a Deus, dai aos pobres, dai ao próximo, pois se as vossas riquezas aumentam não podeis pôr nelas o vosso coração.
Quereis ser ricos?... Espalhai a vossa riqueza à direita e à esquerda, porque só sois pobres quando dais pouco das vossas riquezas. Lembrai-vos que tudo o que possuís será, um dia, dado (quer queira, quer não), portanto, dai agora, para que sejais ricos para com Deus.

Por José Luiz Valério

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Medo da Morte


O medo da morte está roubando a sua alegria de viver? Aos 37 anos, Florence disse aos seus amigos que a vida dela estava por um fio. Então ela foi para a cama. E ficou lá... por 53 anos. Ela morreu, no entanto, aos 90 anos!

Ela se acovardou diante do gigante da morte; exceto por três anos. Durante esses anos, Florence se transformou em uma personagem, não no personagem de uma pessoa sofrida, mas o de uma amiga daqueles que sofriam. Ela foi a enfermeira mais famosa da história. No entanto, Florence Nightingale viveu como uma escrava da depressão e da morte.

E quanto a você? Jesus veio para libertar aqueles que viveram as suas vidas como escravos do medo de morrer. A morte está na jurisdição dEle.

Salmos 139:16 diz, “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.

O medo da morte acaba quando você sabe que o céu é o seu verdadeiro lar.

Das vezes em que viajei de avião, nunca vi um passageiro chorar quando o avião pousava. Nunca! Ninguém agarrava a poltrona e implorava: “Não me faça sair. Deixe-me ficar e comer mais amendoins!” 

Nós sempre estamos dispostos a sair porque o avião não tem endereço postal permanente. Assim como o mundo. Filipenses 3:20 diz: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Por que você não faz isto? Entregue sua morte a Deus. Imagine o seu último suspiro, visualize os seus últimos momentos. E ofereça-os a ele, deliberadamente. Regularmente.

A minha oração pessoal é esta: “Senhor, eu recebo a Sua obra na cruz e na Sua ressurreição. Eu confio ao Senhor a minha partida da terra”.

Com Cristo como seu amigo e o céu como seu lar, o dia da morte torna-se mais doce do que o dia do nascimento!

Por Max Lucado
Adaptado dos devocionais O Medo da Morte e A Morte está na Jurisdição dEle

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Missionário T.L. Osborn morre aos 89 anos

T.L. Osborn atravessou o véu para a eternidade em paz. Em casa, cercado por quatro gerações de sua família amada, no dia 15 de Fevereiro de 2013, pouco depois de pedir ao Senhor Jesus que o levasse para Sua casa, morreu, aos 89 anos de idade.

Um dos primeiros evangelistas a fazer cruzadas em nações não-cristãs, sempre deu ênfase em curas e libertação. Autor de dezenas de títulos, sua obra mais conhecida, Curai enfermos e Expulsai demônios, já vendeu mais de um milhão de cópias no Brasil e foi traduzido para dezenas de línguas.

Aos 20 anos de idade, ele e sua esposa Daisy iniciaram o ministério missionário na Índia. Anunciaram o evangelho em mais de 100 nações, atingindo milhões de pessoas com sua mensagem de fé. Em 1949, criou a Fundação Osborn, que sempre investiu na evangelização e plantação de igrejas. Ele e Daisy tiveram 4 filhos, 6 netos, 22 bisnetos e 3 tataranetos. No início dos anos 2000 visitou o Brasil, onde tinha como amigo o Missionário R. R. Soares.

LaDonna Osborn, única filha do casal ainda viva escreveu o seguinte relato em nome da família:

"Meu pai muito amado, Dr. T.L. Osborn, o homem conhecido em todo o mundo como pai do evangelho entrou em seu descanso eterno nesta quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2013. Ele não estava com dores e não tinha nenhuma doença. Meu pai foi envolvido em amor. A família estava à seu lado quando atravessou o véu para a eternidade. Está agora na presença de Jesus, a quem serviu fielmente durante 77 anos. Podemos apenas imaginar o doce reencontro entre ele e sua amada Daisy, três de seus filhos, uma neta e uma série de crentes que já estão lá, dentre estes, muitos resgatados por ele.
Certamente estão comemorando, porque o ministério de meu pai, durante mais de 65 anos alcançou todos os cantos da terra. T.L. Osborn deixou a sua missão completa em sua “jornada terrena”. Ele ouviu as palavras de seu mestre: “Muito bem, servo bom e fiel… entra no gozo do teu Senhor” (Mateus 25:21)."

Por Gabriel Ferraz
Com informações de Inforgospel e Gospel Prime

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Entusiasmo Como um Presente Para Deus


"Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele" Salmos 118:24

A palavra entusiasmo tem origem no idioma grego e significa "en theos", ou seja, "em Deus". Logo, quem vive com entusiasmo está cheio do Espírito Santo. E quem está no Espírito vive entusiasticamente.

Assim como a fé, viver com esta excitação da alma depende de uma decisão e busca constante. Tarefa fácil quando lembramos que muitos são os motivos para nos alegrarmos. Há o júbilo da vida eterna em Jesus Cristo, a certeza de que Satanás já foi derrotado e a promessa da vida próspera em todas as áreas (João 10:10). Por isso, irmãos, em tudo o que fizerem, ajam com entusiasmo!

Ao passar por uma luta, vocês conseguem imaginar como se sentirão na vitória? Vivam com esta emoção como se já estivessem nesse momento! Além de tomar posse da benção, essa é uma maneira de viver plenamente seus dias, transformando-os em um presente de agradecimento a Deus pelo privilégio da vida.

"Porque o Reino de Deus não é questão de comida ou de bebida, mas de justiça, paz e alegria que o Espírito Santo dá" (Romanos 14:17).

Por André Soares

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Que Passou, Passou!

"Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" Filipenses 3:13b-14

Neste início de ano, devemos refletir sobre nossas conquistas e ações - sejam elas boas ou ruins - do ano que passou. Você já deve ter sido induzido a fazer isto, eu sei, mas faça uma pequena recordação, só por este instante, tudo bem?

Certamente ocorreram muitas coisas boas, mas você deve ter passado por maus bocados também, não é? Pois é. O nosso foco, no entanto, como cristãos; é deixar o que passou (de ruim) para trás. Nós podemos, inclusive, aplicar esta palavra para este conceito: "Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5:21). Examine tudo o que passou, mas disso tudo, guarde para ti somente as coisas boas.

Você pode não se lembrar de tudo o que aconteceu neste ano de 2012, mas de algumas coisas marcantes você deve se lembrar. Parece até, inclusive, que as coisas ruins que aconteceram no passado, te machucam e te influenciam mais do que as boas memórias que você já teve. Porém, amado, nós já somos nova criatura, somos filhos de Deus! O que passou, passou e não volta mais.

Veja bem: "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis?" (Isaías 43:18). Querido, esqueça o seu passado de coisas ruins. Esqueça as decepções, conflitos, pecados, e mágoas. Se você se encontra em pecado com Deus, confesse-os e Ele os lançará nas profundezas do mar (Miqueias 7:19). As amarguras o levarão ao fundo do poço.

Cristo é quem deve tomar o lugar de tudo isso! No decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e  tentações, tais como os cuidados deste mundo e os desejos ímpios, que ameaçam sufocar nossa dedicação ao Senhor (Marcos 4:19; Lucas 8:14). Necessário é esquecer das coisas que atrás ficam e prosseguir! Amado, se as más lembranças ou as atitudes erradas ameaçam permanecer neste ano, afaste-as em nome de Jesus! Declare que você é uma nova criatura, e o que ficou de ruim é passado. Não permita que o maligno tome posse de você mais uma vez. 2012 passou; prossigamos então para uma vida de santidade, rumo ao nosso alvo: Cristo!

O melhor de Deus já veio, basta que você tome posse. Assuma a soberana vocação que Cristo lhe concedeu!

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" 2 Coríntios 5:17

Por Gabriel Ferraz