domingo, 11 de julho de 2010

“Partiu, pois, dele e fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam os vasos, e ela os enchia” (2 Reis 4.5).


Um dos profetas nos dias de Eliseu era irresponsável, pois fez dívidas, morreu e, por causa disso, sua esposa ficou em dificuldades e seus filhos seriam vendidos como escravos para que o débito fosse quitado. Diante desse quadro, aquela mulher foi ao profeta Eliseu, a fim de pedir-lhe ajuda. Se este fosse também irresponsável, pegaria o dinheiro da obra do Senhor, ou faria uma campanha entre os outros profetas para ajudar a viúva e seus filhos a não passarem por aquela tremenda humilhação e por tamanho sofrimento. Por viver na presença do Altíssimo, o profeta sentiu o que deveria ser feito e deu o recado de Deus para ela. Aquela viúva recebeu as instruções como palavra inspirada – não como desculpa de quem não queria ajudar – e agiu exatamente conforme ordenado.
Ela, então, pegou as vasilhas emprestadas, que não foram poucas, e, com os filhos, entrou em casa e fechou a porta. Note que, normalmente, um milagre não acontece em meio a curiosos e incrédulos, pois o fato de contar o que lhe foi mandado fazer pode atrapalhar o agir de Deus. Muitos ímpios mostram-se amigos, mas, como não servem ao Senhor, podem ser dirigidos pelo inimigo, o qual irá usá-los para fazer certos comentários e plantar as sementes malignas. Com isso, aqueles que devem ser usados pelo Altíssimo poderão se atrapalhar e não crer.
Quem deseja a intervenção divina precisa crer que milagre é algo além da capacidade do homem, e o que é possível não precisa da operação do Senhor. Para uma bênção ser operada, tem de ser somente com a pessoa que crê e com seus filhos – aqueles que acreditam da mesma forma. Muitas vezes, até os familiares precisam estar fora da aliança, pois, quando dois concordam na terra, as coisas são feitas nos Céus (Mateus 18.19). Não se engane, aquele parente seu que não se entrega verdadeiramente a Deus não serve para concordar em oração. O simples fato de ser um familiar não dá a ninguém a unção para colocar o poder divino em operação.
Se necessário, busque a cooperação de alguém. Aquela viúva já devia ter orado, mas não entendeu o plano de Deus. Dessa forma, ela foi ao profeta e, ao receber a palavra dele, não duvidou e se pôs em ação. Aquela mulher precisou usar a fé diante dos filhos, aos quais, naturalmente, ensinara que o Altíssimo não iria abandoná-los. Ao serem orientados a pedirem vasos emprestados à vizinhança, eles cumpriram tal ordenança. Pode até ter havido alguma recusa da parte daquelas pessoas, mas, até nesses casos, o Senhor socorre quem põe nEle a confiança.
Naquele momento, a mulher não podia duvidar, por isso pegou a botija, levantou-a e deixou um filete escorrer para dentro do recipiente vazio. Aquele líquido não parou de pingar até que o último vaso estivesse cheio. Quando ela pediu que levassem outro vasilhame e recebeu a resposta de que não havia mais nenhum, o azeite parou de fluir, pois Deus não faz nada para ser desperdiçado.

Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

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