As Razões Para a Fé

"De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus"

Romanos 10:17

A fé nunca nasce por nossa "compaixão". A fé nunca nasce por nossa "piedade". A fé nunca nasce por conversarmos com as pessoas sobre suas dores e sofrimentos, fraquezas e enfermidades. A fé é pelo ouvir... pela palavra de Deus (Rm 10:17). A fé nasce quando ouvimos a Palavra da Verdade.

Muitos reconhecem o fato da cura divina, mas não tem conhecimento pessoal de Jesus como o Salvador do corpo. Percebem que outros são curados, mas questionam se a cura é a vontade de Deus para eles. Esperam uma revelação particular da vontade de Deus quanto ao seu caso e, enquanto isso, fazem tudo ao alcance da capacidade humana para sarar por meios naturais. Desse modo, não se dão conta de que podem estar frustrando a vontade de Deus.

A Bíblia revela a vontrade de Deus acerca da cura. Deus não precisa dar nenhuma revelação especial de Sua vontade sobre um ponto que já revelara plenamente em Sua Palavra.

Um estudo atento das Escrituras mostrará claramente que Deus tem declarado Sua vontade de curar Seus filhos. Ele mesmo cura seu povo.

Não duvide de Deus. Se você precisa duvidar de alguma coisa, duvide de suas próprias dúvidas, porque são elas que não merecem confiança, mas jamais duvide de Deus e de Sua Palavra.

Quando Deus tirou os israelitas do Egito, deu-lhes um estatuto e uma ordenação acerca da cura:

"E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara" (Êxodo 15:26).

Os hebreus interpretam literalmente: "Não permitirei que nunhuma dessas doenças venham sobre vocês, dentre as que eu permiti que viessem sobre os egípcios".

Satanás, o deus desse mundo é o agente da doença - os males nunca podem ser atribuídos à vontade de Deus, o Autor da Vida. Essa aliança foi repetida ao encerrar os 40 anos de peregrinação de Israel.

Ao longo de toda a sua história, quando eram atingidos por doenças e pestes, os israelitas voltavam para Deus com arrependimento e confissão e recebiam cura em resposta às orações. Se a cura em resposta à oração foi o que Deus deu ao homem sob a antiga dispensação, muito mais será sob a nova.

"E acompanhou-o uma grande multidão de gente e ele curou a todos" (Mateus 12.15b).

O ministério de cura de Cristo não foi somente para provar sua divindade, como alguns acham, mas cumprir Sua comissão, para cumprir a vontade de Deus -  seja em relação à restauração da comunhão com o Pai, seja na realização de curas, milagres, libertações:

"Eis que aqui venho (...), para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hebreus 10:17).

"Se for a Tua Vontade"

Quando Jesus impunha as mãos sobre cada um deles, os curava (Lucas 4:40b), estava revelando e fazendo a vontade de Deus para todas as pessoas: "Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou" (João 6:38).

Tudo o que Jesus fazia pela humanidade necessitada durante Seu ministério terreno era uma revelação direta da perfeita vontade de Deus para a raça humana.

Os estudiosos da Igreja Episcopal, criaram uma comissão designada para estudar o assunto da cura espiritual para o corpo e, após três anos de estudo e pesquisa tanto na Bíblia, quanto na História, apresentou o seguinte resumo à Igreja: Jesus realizava curas como uma revelação da vontade de Deus para o homem. Ao atestarem que Sua vontade foi plenamente revelada, logo acrescentaram: A Igreja não pode mais orar pelos doentes com aquela frase que destrói a fé: "Se for a Tua vontade".

Dentre os que buscaram a cura em Cristo durante seu ministério terreno, lemos apenas de um que orou por cura com estas palavras: se quiseres. Foi o pobre leproso rejeitado que não conhecia a vontade de Cristo de curar.

A primeira coisa que Cristo fez foi corrigir esta incerteza, assegurando-lhe: Quero. Não se trata mais de se for a Tua vontade - é a vontade de Deus.

O leproso de Marcos 1.40 disse: Se queres, bem podes. Jesus respondeu: Quero.

Com a certeza da vontade de Deus, não precisamos orar: "Senhor, sara-me, se for a Tua vontade". Se indica dúvida, e a dúvida anula a fé.

Um certo deficiente físico me disse: "Creio na oração para Deus me curar, se for a Sua vontade". E para ilustrar o pensamento acrescentou: "Um filho pode pedir algo ao pai, e o pai lho dará se achar que for para o bem do filho; e assim eu oro pedindo a cura."

Respondi que se o pai tivesse prometido dar ao filho uma certa coisa, o filho teria direito de esperá-la. Nosso Pai nos prometeu a cura, e temos o direito de esperar que Ele cumpra sua promessa.

Sem saber a vontade de Deus acerca de um determinado assunto, podemos orar com fé pedindo a Deus que faça isso por nós, se é a Sua vontade; e Ele o fará. Mas quando Deus já revelou a Sua vontade, prometendo fazer determinda coisa, não podemos ignorá-la ou duvidar dela.

A fé que vem de Deus se baseia na certeza de Sua vontade. Conhecer a Sua vontade é a base da nossa certeza. Definitivamente, não poderemos adquirir a cura pela fé se houver qualquer dúvida se é para nós ou não.

Devemos conhecer a vontade de Deus; então, podemos tomar pela fé, tudo o que Ele prometeu em Sua Palavra, crendo que, quando pedirmos, receberemos. Nossa vontade também tem uma parte na questão da cura: Reivindicaremos aquilo que Deus desejou para nós?

"Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverdes em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito" (João 17:7).

Por T.L. Osborn

Adaptado por Gabriel Ferraz

Leia os outros capítulos deste estudo:

"Cristo, Aquele Que Cura" (Parte I)

"As Razões Para a Fé" (Parte II)
"O Poder do Nome de Jesus" (Parte III)