quarta-feira, 25 de junho de 2014

Um Toboágua Chamado Insanidade

Em Fortaleza está localizado o maior parque aquático da América Latina e nele está o maior toboágua do mundo, o qual possui 41 metros de altura e se chama “Insano”. Não poderia se ter dado nome melhor para esse brinquedo, pois os 41 metros equivalem a um prédio de 14 andares, nele a pessoa desce a 105 km/h. É muita adrenalina. Lá do topo você enxerga uma piscina minúscula te esperando e durante a queda seu corpo descola da prancha.

Tem muita gente que quando chega lá em cima se desespera, quer voltar, mas o incentivo dado pelas outras pessoas da fila – que estão preocupadas mais com a queda do que com o estado psíquico da pessoa – faz com que em meio aos gritos a mesma se jogue. Depois de 5 segundos, quando já estão dentro da piscina,  muitos querem ir de novo, outros dizem que não vão nunca mais, mas muitos que foram uma vez, voltam sempre.

Não vim fazer propaganda de parque aquático, mas vim falar sobre insanidade. O sinônimo de insano é loucura e insensatez, é se opor à razão e agir deixando de lado o bom senso. Isso acontece com quem desce o toboágua, deixa a razão de lado e se entrega à adrenalina. Mas sabia que existem outros toboáguas iguais ou maiores do que esse em cada um de nós?

Todos enfrentamos dificuldades em alguma área de nossa vida. Cometemos pecados que nos afastam de Deus, pecados que não queremos cometer, mas de forma insana os repetimos sempre.

Às vezes eu me sinto no topo do toboágua, olhando para o pecado e pensando se me jogo ou não. Aí, nessa hora, eu não consigo dar ouvidos à minha razão e não consigo olhar para Deus que está acima, mas só consigo olhar e dar ouvidos às pessoas que estão ao redor, pessoas insanas que irão se jogar depois de mim, pessoas que não querem que eu recue, elas querem ver minha queda, pois precisam dela para justificar sua insanidade.

Muitas vezes sabemos o erro que iremos cometer, mas não temos força para vencê-lo e mostrar aos outros que recuar é a melhor saída. Preocupamo-nos tanto com a nossa aparência para agradarmos quem está ao lado, que deixamos de lado quem está acima de nós. É aquela dose a mais na mesa, aquela experimentada no cigarro ou no pó, aquela olhada na mulher que está passando ou no site proibido, enfim, são várias as situações que sabemos que não vão dar certo se continuarmos, mas insistimos.

Certa vez estava com a minha esposa dirigindo em uma rodovia quando levei um “tranca” de um caminhão, de forma insana e vingativa eu coloquei meu pequeno carro na frente e freei, só para fazer raiva ao motorista. Insano não? E se ele não freia?

E quando não há ninguém do lado incentivando? E quando não se há motivo? E quando estamos sozinhos? Porque mesmo assim me jogo do toboágua?

Existe uma outra definição para insano que li em um manual do Celebrate Recovery, escrito por Rick Warren e John Baker, que diz que Insanidade é fazer a mesma coisa repetidas vezes, esperando que o resultado seja diferente.

Isso acontece muito quando estamos sozinhos. Olhamos para o pecado e achamos que pela nossa própria força poderemos vencê-lo, aí arriscamos mais uma vez e justificamos dizendo para nós mesmos que essa será a última vez. Será mesmo?

O apóstolo Paulo nos ensina que se estamos em Cristo somos nova criatura, as coisas velhas passaram e tudo será novo, mas se é assim, porque as coisas velhas ainda permanecem? O problema é que queremos que tudo seja novo, mas não queremos estar em Cristo, não deixamos ele ser a roda do nosso carro, mas o deixamos como estepe, e só corremos até Ele quando precisamos mesmo, quando não há nem borracharia ao lado para socorrer.

Gosto muito de uma frase de Rick Warren que diz: “Sempre haverá uma luta entre a carne e o espírito; vencerá aquele que for melhor alimentado.”

Em 1 Coríntios 10:13 Paulo diz: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.”

Deus nos traz à memória o escape, que é Ele mesmo, o único que pode nos dar força para recuar, para desistir do toboágua e naquele dia não se jogar.

Quer fugir da insanidade e manter uma vida sensata? Confie em Deus e se jogue nEle, pois é Ele quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele (Filipenses 2:13). E somente Ele pode ser o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxiliando-nos sempre na adversidade (Salmos 46:1).

Portanto, quando estiver no topo do toboágua, não olhe para baixo (pecado), não olhe para o lado (os insanos), olhe para cima (Deus) e confie nEle. Somente nEle.

Quem teme ao homem cai em armadilhas, mas quem confia no Senhor está seguro” (Provérbios 29:25).

Por Euriano Sales

terça-feira, 24 de junho de 2014

A Fé Verdadeira

Muitos querem uma fé que lhes deixem imunes dos problemas, das provações e das lutas, mas não foi isso que o mestre Jesus Cristo prometeu aos Seus discípulos.

"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33). 

Por termos uma visão errada da funcionalidade da fé, perdemos em cada adversidade a oportunidade de nos tornar pessoas estáveis, constantes e confiantes. 

Nunca esqueça: a sua fé é mais preciosa do que o ouro e pelas provações é provada e fortalecida.

Por Irismar Oliveira

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Cruz é uma Coisa Radical

"Disse-lhes Jesus: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me" (Marcos 8:34).

A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens. Depois que Cristo ressurgiu dos mortos, os apóstolos saíram a pregar a Sua mensagem, e o que pregaram foi a cruz. E por onde quer que fossem pelo mundo, levavam a cruz, e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de perseguidor dos cristãos em um terno crente e um apóstolo da fé. Seu poder transformou homens maus em bons. Sacudiu a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo ocidental.

Fez tudo isso, e continuou a fazê-lo enquanto se lhe permitiu permanecer como fora originalmente, uma cruz. Seu poder se foi quando foi mudado de uma coisa de morte para uma coisa de beleza. Quando os homens fizeram dela um símbolo, penduraram-na nos seus pescoços como ornamento ou fizeram o seu contorno diante dos seus rostos como um sinal mágico para protegê-los do mal, então ela veio a ser, na sua melhor expressão, um fraco emblema, e na pior, um inegável feitiço. Como tal é hoje reverenciada por milhões que não sabem absolutamente nada do seu poder.

A cruz atinge os seus fins destruindo o modelo estabelecido, o da vítima, e criando outro modelo, o seu próprio. Assim, ela tem sempre o seu método. Vence derrotando o seu oponente e lhe impondo a sua vontade. Domina sempre. Nunca se compromete, nunca faz barganhas, nunca faz concessão, nunca cede um ponto por amor da paz. Não se preocupa com a paz; preocupa-se em dar fim à sua oposição tão depressa quanto possível.

Com perfeito conhecimento disso tudo, Cristo disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”. Assim a cruz não só põe fim à vida de Jesus; termina também a primeira vida, a velha vida, de cada um dos seus seguidores verdadeiros. Ela destrói o velho modelo, o modelo de Adão, na vida do cristão, e lhe dá fim. Então o Deus que levantou a Cristo dos mortos levanta o cristão, e uma nova vida começa.

Isto, e nada menos que isto, é o cristianismo verdadeiro, embora não possamos senão reconhecer a aguda divergência que há entre esta concepção e a sustentada pelo tipo comum de cristãos hoje. Mas não ousamos qualificar nossa posição. A cruz ergue-se muito acima das opiniões dos homens e a essa cruz todas as opiniões terão que vir afinal para julgamento. Uma liderança artificial e mundana gostaria de modificar a cruz para agradar os homens maníacos por entretenimento, que querem divertir-se até mesmo com coisas santas; fazê-lo, porém, é cortejar a tragédia espiritual e arriscar-se à ira do Cordeiro feito Leão. 

Temos que fazer alguma coisa quanto à cruz, e só podemos fazer uma destas coisas: fugir ou morrer nela. E se formos tão temerários que fujamos, com esse ato estaremos pondo fora a fé vivida por cristãos no passado e faremos do cristianismo uma coisa diferente do que é. Neste caso, teremos deixado somente o vazio linguajar da salvação; o poder se irá juntamente com a nossa partida para longe da verdadeira cruz. 

Se somos sábios, faremos o que Jesus fez: suportaremos a cruz e desprezaremos a sua vergonha pela alegria que está posta diante de nós. Fazer isto é submeter todo o esquema da nossa vida, para ser destruído e reconstruído do poder de uma vida que não se acabará mais. E veremos que é mais que poesia, mais que doce hinologia e elevado sentimento. A cruz cortará fundo as nossas vidas onde fere mais, não nos poupando nem a nós mesmos nem as nossas reputações cultivadas. Ela nos derrotará e porá fim às nossas vidas egoístas. Só então poderemos elevar-nos em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida totalmente novo, livre e cheio de boas obras.

A modificada atitude para com a cruz que vemos na ortodoxia moderna prova, não que Deus mudou, nem que Cristo afrouxou a sua exigência de que levemos a cruz; em vez disto, significa que o cristianismo corrente desviou-se dos padrões do novo testamento. Para tão longe nos desviamos que nada menos que uma nova reforma restabelecerá a cruz em seu lugar certo na teologia e na vida da Igreja.

Por A. W. Tozer

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Cicatrizes

Há alguns anos, em um dia quente de verão um pequeno menino decidiu  ir nadar no lago que havia atrás de sua casa.

Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água.

Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro. Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia.

Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro sua mãe.
Mas era tarde. Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.

A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés. Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixa-lo ir.

Um fazendeiro que passava por perto, ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré.

De forma impressionante, após semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava.

Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés.

E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter: "Mas olhe em meus braços. Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também. Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir."

Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática. Mas as cicatrizes de um passado doloroso.

Algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor. Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir. E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando.

Se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando- lhe suas unhas para não te deixar ir.

Lembre-se do jacaré e muito mais Daquele que, mesmo em meio a tantas lutas, nunca vai te abandonar e, certamente, vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.

Autor Desconhecido

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sábia Escolha

Há jovens que pensam que vão ser sempre jovens. Sempre fortes, sempre prontos para uma resposta rápida, sempre na plenitude de todas as suas faculdades, sempre capazes de tudo. A verdade, contudo, é bem diferente. Hoje aparecerão umas rugas, amanhã uns cabelos brancos, mais tarde esquecimentos esporádicos e, quando ainda pensam na juventude, já passaram pela maturidade e estão entrando na velhice.

O tempo voa. Passa tão rapidamente que nós nem damos pela sua passagem, tão ocupados estamos com as coisas desta vida - o curso universitário, o emprego, o casamento, com todas as suas alegrias e problemas; a chegada dos filhos, e mais alguns problemas. O tempo passou, vieram os netos, nós sempre ocupados e às vezes, esquecidos do principal - lembrarmo-nos do nosso Criador para adorar, amar e O servir.

O sábio Salomão, consciente de como a vida é breve, exortou: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento" (Eclesiastes 12:1).

Jovem, lembra-te do teu Criador enquanto és novo, pois amanhã serás velho, irás morrer e, olhando para trás, nada verás. A mocidade é o tempo oportuno para lembrarmos do Criador e investirmos a sério nossa comunhão - para a glória do Seu Nome. 

Levante-se, lance "o teu pão sobre as águas" (Eclesiastes 11:1), faça o que é bom e escolha - como guia da sua vida - Deus, o teu Criador. Ele sabe o que você deve fazer e como fazer. Busque agora a Sua orientação, antes que seja tarde! Antes de tremerem as "colunas da casa" (pernas), antes que cessem os moedores (dentes), antes que se escureçam os teus olhos, antes que se quebre a "cadeia da porta" (cérebro), antes que o pó volte ao pó, de onde veio, e o espírito volte a Deus, que o deu (morte). Faça a tua obra com alegria e entrega completa, conforme o Pai quer.

Aproveite sua juventude, sua maturidade e a sua vida para servir ao Senhor com todo o teu coração e no tempo próprio. Ele te dará a recompensa!

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1 Coríntios 15:58).

Por Luís José Valério

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Conhecendo a Vontade de Deus

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:1-2).

Em Romanos 12:1-2 encontramos uma das chamadas "promessas condicionais". A promessa ali contida é a de que você pode saber qual é a perfeita vontade de Deus para sua vida. E, as condições são: apresentar-se a Deus; e, não se conformar com este mundo.

Observe bem a ordem estabelecida ali. Primeiro, você tem que se oferecer como um sacrifício vivo; para, em seguida, conhecer a vontade de Deus. Temos a tendência a querer fazer exatamente o contrário: primeiro saber a vontade de Deus, para depois decidir se queremos ou não nos entregarmos a Ele.

Isso me faz lembrar de quando o meu filho Jonathan era pequeno. Minha esposa costumava perguntar a ele: "Jonathan, você está com fome?"

Muitas vezes, a resposta era: "O que você está cozinhando?" Se fossem legumes, ele não estaria com fome naquele momento em particular. Mas, se fosse sorvete, ele estava sempre morrendo de fome.

Da mesma forma nós dizemos muitas vezes,: "Senhor, qual é a Sua vontade? Antes que eu me entregue a ela, gostaria de saber no que é que estou me metendo." Mas Deus pode dizer-lhe algo que você não goste de ouvir. A questão é:

- Você ainda assim faria o que Ele manda?

A condição de uma mente iluminada é um coração entregue. Se você quer saber a vontade de Deus, deve ter um coração entregue. Apresente-se a Ele. Depois, aceite a Sua vontade, não importando o que lhe aconteça.

Por Greg Laurie